Este Blog é dedicado ao meu pai,Herbert Holetz. um apaixonado pelo cinema e que deixou-me como herança esta saborosa paixão. "Não me lembro de nada que tenha me dado tanto e tão constante prazer desde a infância quanto o cinema(...)A segunda melhor coisa que você pode fazer no escuro é ver um filme. A primeira é ver um grande filme.Obrigado cinema!" (Luís Fernando Veríssimo)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A Canção de Bernadette (1943)
Este é um dos clássicos do drama religioso, produzido pela Fox, baseado no best-seller de Franz Werfel e conta a vida de Bernadette Soubirous (Jennifer Jones) uma menina de 14 anos, que vive doente, mas tem uma visão de uma "bela senhora" e nunca mais volta a sofrer com sua doença. Além disso, uma fonte aparece repentinamente próxima do local de sua visão e parece ter o poder de curar as doenças de quem se banha nela. Bernadette não muda seu comportamento pelo dom que parece ter recebido, mas sofre preconceito das pessoas à sua volta neste filme extraordinário e inspirador, também estrelado por Vincent Price, Charles Bickford e Lee J. Cobb. O filme rendeu o Oscar para Jennifer Jones em seu primeiro papel no cinema. Uma premiação correta, pois é a verdade e sinceridade de seu retrato da humilde adolescente elevada a santa em vida que torna o filme tão comovente e belo, muito superior a outros similares.
Como cita o critico Rubens Ewald Filho – “O diretor Henry King (1886-1982) soube dar à história o tom correto, nem solene nem banal, dosando a dramaticidade e fazendo Jennifer representar de forma simples e contida a fé de Bernadette, sua luta contra a incredulidade, seu romance com um camponês local, as fraquezas e ambições de seus opositores. Tudo muito sóbrio e digno. “
Além de explorar a abordagem do mito cristão, o filme é um retrato da fé pura e que tornou famosa a máxima para os que crêem nenhuma explicação é necessária, para os que não crêem nenhuma é possível.
É excepcional ainda a Trilha Musical vencedora do Oscar de Alfred Newman, um dos mais brilhantes e prolíficos compositores da história do cinema e que se tornaria a primeira a ser lançada comercialmente em disco.
Curiosamente as pequenas aparições da Virgem Maria no filme obviamente pediam uma atriz desconhecida e não-identificada, mas Darryl Zanuck, o manda-chuva da Fox na época, insistiu em usar a nada santa Linda Darnell (que apesar de geralmente interpretar ingênuas tinha a pior fama possível), provocando estupefação geral e a ira do autor Werfel, que chegou a ameaçar retirar seu nome dos créditos.
É um belíssimo filme, que pode comover até os incrédulos de coração mais duro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário