domingo, 27 de março de 2011

A Noite de São Lourenço (1982)

Vencedor do Prêmio Especial do Júri em Cannes em 1982 é um filme brilhante, sim brilhante, emocionante, espetacular. Em minha opinião este é provavelmente o melhor filme da dupla de irmãos italianos, os talentosos Paolo e Vittorio Taviani, de "Pai Patrão", e que aqui recontam fato que aconteceu em sua cidade natal de San Mariano, na Toscana, quando eles eram pequenos.


Na Itália em agosto, à noite com mais estrelas cadentes no céu é conhecida como noite de São Lourenço, é também quando se fazem os pedidos, principalmente amorosos, já que São Lourenço é o padroeiro dos namorados. Seguindo a tradição, uma mulher faz um pedido a uma estrela cadente: contar a um ente querido uma história que ocorreu a muitos anos neste mesmo dia. Em 1944, os habitantes de San Miniato, na Toscana, são reunidos pelos nazistas na igreja local e então massacrados (na vida real, os Taviani escaparam por sorte). Só sobreviveram os que fugiram em direção aos norte-americanos que estão invadindo a Itália naquele instante.

O filme é comovente, com o uso esplêndido de uma trilha sonora casado à edição, fazendo paralelos com conflitos anteriores. Os irmãos têm o hábito de dirigirem cada um deles um plano e assim sucessivamente. É curioso como deu certo neste filme, que utiliza atores quase todos amadores (fora a dupla de protagonistas, que veio de "Pai Patrão"). Funciona como arte, emoção e diversão. Excepcional.

O filme tem aquela coisa em que os italianos são especialistas – o painel, o afresco, o retrato de uma realidade grande, vasta.

domingo, 20 de março de 2011

Jogo do Poder (2010)

Após o fracasso de “Jumper“ (2008), Doug Liman volta à ribalta hollywoodiana com este “Jogo do Poder”, um filme bacana, mas poderia ser ainda melhor caso tivesse tentado incutir um pouco mais de neutralidade a esta obra.


Os conflitos militares entre os Estados Unidos da e o Afeganistão e o Iraque já deram origem a inúmeros livros e a vários filmes sobre os seus acontecimentos mais relevantes e sobre os inúmeros escândalos que deles resultaram, escândalos esses que são abordados em vários filmes hollywoodianos como o ótimo “Zona Verde” (2010).

Jogo do Poder” é baseado nos livros “The Politics of Truth” de Joe Wilson e "Fair Game: My Life as a Spy, My Betrayal by the White House” de Valerie Plame, uma antiga agente secreta norte-americana que se viu envolvida num dos maiores escândalos relacionados com a 2ª Guerra do Golfo.

História real da agente da CIA Valerie Plame (Naomi Watts). A ação começa pouco após os atentados de 11 de setembro de 2001, momento em que o governo Bush precisa partir para o contra-ataque. A agente Valerie faz parte de uma equipe altamente especializada da inteligência americana, que prova que o Iraque não tem armas de destruição em massa. Porém, mesmo com todas as evidências contrárias, os EUA invadem a terra de Saddam, o que provoca a total indignação do ex-embaixador Joe Wilson (Sean Penn), marido de Valerie, que inicia uma campanha de conscientização da população contra os desmandos de Bush. A retaliação da Casa Branca será vingativa e cruel.

A narrativa de “Jogo do Poder” não é politicamente neutra, mas também não se aprofunda no assunto, mas temos aqui um interessante thriller político que nos oferece uma visão dos bastidores da política armamentista de Bush. A história poderia ter rendido bem mais na mão de um diretor mais competente, pois o filme fica muito aquém das expectativas criadas, não só porque nos oferece uma narrativa com uma visão muito unilateral e tendenciosa mas também porque esta não é tão intensa como se previa, no entanto, consegue ainda assim ser um bom thriller sobre o controverso mundo da política norte-americana.

Tiras em Apuros (2010)

O diretor Kevin Smith de “Pagando Bem que Mal Tem“, tentou nesta comédia policial, dar mais uma sobrevida ao gênero “duplas policiais que vivem brigando, mas que na verdade são grandes amigos”, e fazer uma homenagem aos filmes policiais dos anos 80, principalmente a serie “Maquina Mortífera”, mas o resultado é muito fraco.


Estrelado por Bruce Willis e Tracy Morgan, que em minha opinião é um dos comediantes mais chatos de Hollywood, o filme conta as história de 2 policiais que depois de serem suspensos por uma trapalhada, Jimmy (Willis) tem uma figurinha premiada roubada e ao tentar encontrá-la se depara com uma operação de tráfico de drogas que era justo a que os dois policiais estavam investigando antes.

Como eu disse o que era pra ser uma homenagem aos policiais dos anos acabou se tornando um longa irregular com cenas de ação mornas e sem tensão, fazendo Willis passar vexame ao lado do chatíssimo Morgan com poucas piadas engraçadas, o que salva o filme é a atuação do ótimo Seann William Scott de “Faça o que Eu Digo, Não Faça o que Eu Faço“.

Tiras em Apuros” tem uma trama inteligente na maneira como o roteiro liga a figurinha com o tráfico. Mérito de um roteiro até que muito bem escrito.

Tiras em Apuros” teve sua chance de ser uma ótima comédia. Mas pelo visto o diretor Kevin Smith se tornou um diretor de aluguel e o ator Tracy Morgan é um chato.

Decepcionante.

sábado, 12 de março de 2011

Os 100 melhores filmes eleitos pela Revista Cahiers du Cinéma

A Revista Cahiers du Cinéma foi criada em março de 1951 por Jacques Doniol-Valcroze, André Bazin e Joseph-Marie Lo Duca. A revista surge da união entre a originária revista intitulada Revue du Cinéma e a participação dos membros dos cineclubes parisinos: Ciné-Club du Quartier Latin e Objectif 49 (no qual contribuiam nomes como Bresson, Cocteau and Alexandre Astruc, entre outros). Nesta união, foram somados à equipe de edição (que era inicialmente composta por Éric Rohmer e Maurice Scherer) outros colaboradores: Jacques Rivette, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol e François Truffaut. Estes jovens colaboradores estavam recém incursionando à direção de filmes nos fins dos anos 50, depois de terem desempenhado a profissão de roteiristas durante os anos anteriores. Desde 10 de maio de 2007, esta revista, que já conta com edições em vários idiomas, é editada também na Espanha (em espanhol) pela Caimán Ediciones.

Fonte: Wikipedia


Agora vamos a lista dos 100 filmes para montar uma cinemateca ideal

001. Cidadão Kane (Orson Welles, 1941)

002. O mensageiro do diabo (Charles Laughtton, 1955)

003. A regra do jogo (Jean Renoir, 1939)

004. Aurora (F. W. Murnau, 1927)

005. O atalante (Jean Vigo, 1934)

006. M - o vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931)

007. Cantando na chuva (Gene Kelly - Stanley Donen, 1956)

008. Um corpo que cai (Alfred Hitchcock, 1958)

009. O boulevard do crime (Marcel Carné, 1945)

010. Rastros de ódio (John Ford, 1956)

011. Ouro e maldição (Erich Von Stroheim, 1924)

012. Onde começa o inferno (Howard Hawks, 1959)

013. Ser ou não ser (Ernest Lubitsch, 1942)

014. Era uma vez em Tóquio (Yasujiro Ozu, 1953)

015. O desprezo (Jean-Luc Godard, 1963)

016. Contos da lua vaga (Kenji Mizoguchi, 1953)

017. Luzes da cidade (Charles Chaplin, 1931)

018. A General (Buster Keaton - Clyde Bruckman, 1927)

019. Nosferatu (F. W. Murnau, 1922)

020. A sala de música (Satyajit Ray, 1958)

021. Monstros (Tod Browning, 1932)

022. Johnny Guitar (Nicholas Ray, 1954)

023. A mãe e a puta (Jean Eustache, 1973)

024. O grande ditador (Charles Chaplin, 1940)

025. O Leopardo (Luchino Visconti, 1963)

026. Hiroshima, meu amor (Alain Resnais, 1959)

027. A caixa de Pandora (Georg Wilhelm Pabst, 1929)

028. Intriga internacional (Alfred Hitchcock, 1959)

029. Batedor de carteiras (Robert Bresson, 1959)

030. Amores de Apache (Jacques Becker, 1952)

031. A Condessa descalça (Joseph L. Mankiewicz, 1954)

032. O tesouro do Barba Ruiva (Fritz Lang, 1955)

033. Desejos proibidos (Max Ophüls, 1953)

034. O prazer (Max Ophüls, 1952)

035. O franco atirador (Michael Cimino, 1978)

036. A aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)

037. O encouraçado Potemkin (Sergei M. Eisenstein, 1925)

038. Interlúdio (Alfred Hitchcock, 1946)

039. Ivan, o terrível (Sergei M. Eisenstein, 1944)

040. O poderoso chefão (Francis Ford Coppola, 1972)

041. A marca da maldade (Orson Welles, 1958)

042. Vento e areia (Victor Sjöström, 1928)

043. 2001 - uma odisséia no espaço (Stanley Kubrick, 1968)

044. Fanny e Alexander (Ingmar Bergman, 1982)

045. A turba (King Vidor, 1928)

046. 8 1/2 (Federico Fellini, 1963)

047. La Jetée (Chris Marker, 1962)

048. O demônio das onze horas (Jean-Luc Godard, 1965)

049. Le roman d’un tricheur (Sacha Guitry, 1936)

050. Amarcord (Federico Fellini, 1973)

051. A Bela e a Fera (Jean Cocteau, 1946)

052. Quanto mais quente melhor (Billy Wilder, 1956)

053. Deus sabe quanto amei (Vincente Minnelli, 1958)

054. Gertrud (Carl Theodor Dreyer, 1964)

055. King Kong (Mervin C. Cooper, 1933)

056. Laura (Otto Preminger, 1944)

057. Os sete samurais (Akira Kurosawa, 1954)

058. Os incompreendidos (François Truffaut, 1959)

059. A doce vida (Federico Fellini, 1960)

060. Os vivos e os mortos (John Huston, 1987)

061. Ladrão de alcova (Ernst Lubitsch, 1932)

062. A felicidade não se compra (Frank Capra, 1946)

063. Monsieur Verdoux (Charles Chaplin, 1947)

064. O martírio de Joana D'Arc (Carl Theodor Dreyer, 1928)

065. Acossado (Jean-Luc Godard, 1959)

066. Apocalipse now (Francis Ford Coppola, 1979)

067. Barry Lyndon (Stanley Kubrick, 1975)

068. A grande ilusão (Jean Renoir, 1937)

069. Intolerância (D. W. Griffith, 1916)

070. Um dia no campo (Jean Renoir, 1936)

071. Tempo de diversão (Jacques Tati, 1967)

072. Roma, cidade aberta (Roberto Rossellini, 1945)

073. Sedução da carne (Luchino Visconti, 1954)

074. Tempos modernos (Charles Chaplin, 1936)

075. Van Gogh (Maurice Pialat, 1991)

076. Tarde demais para esquecer (Leo McCarey, 1957)

077. Andrei Rublev (Andrei Tarkovsky, 1966)

078. A Imperatriz vermelha (Joseph von Sternberg, 1934)

079. O Intendente Sansho (Kenji Mizoguchi, 1954)

080. Fale com ela (Pedro Almodóvar, 2002)

081. Um convidado bem trapalhão (Blake Edwards, 1968)

082. Tabu (F. W. Murnau, 1931)

083. A roda da fortuna (Vincente Minnelli, 1953)

084. Nasce uma estrela (George Cukor, 1954)

085. As férias do senhor Hulot (Jacques Tati, 1953)

086. America, America (Elia Kazan, 1963)

087. O alucinado (Luis Buñuel, 1953)

088. A morte num beijo (Robert Aldrich, 1955)

089. Era uma vez na América (Sergio Leone, 1984)

090. Trágico amanhecer (Marcel Carné, 1939)

091. Carta de uma desconhecida (Max Ophüls, 1948)

092. Lola (Jacques Demy, 1961)

093. Manhattan (Woody Allen, 1979)

094. Cidade dos sonhos (David Lynch, 2001)

095. Minha noite com ela (Eric Rohmer, 1969)

096. Noite e nevoeiro (Alain Resnais, 1955)

097. Em busca do ouro (Charles Chaplin, 1925)

098. Scarface - a vergonha de uma nação (H. Hawks - R. Rosson, 1932)

099. Ladrões de bicicleta (Vittorio de Sica, 1948)

100. Napoleão (Abel Gance, 1927)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Educação (2009)

A diretora Lone Scherfig de “Italiano para Principiantes”, nos traz agora um drama romântico, que foca o ritual de passagem de uma adolescente para a vida adulta, num filme delicado, cativante e inteligente.


O filme conta o dilema de Jenny (interpretada pela atriz revelação Carey Mulligan), uma estudante brilhante que tem pressa de viver a vida adulta, e que ao conhecer David (interpretado por Peter Sarsgaard), um homem elegante e mais velho põe em xeque seus valores e objetivos. Se por um lado ele a convida para conhecer o seu mundo vibrante de amigos de alta classe, clubes de jazz, e leva Jenny a descobrir a própria sexualidade, do outro lado esta sua família que luta para ela conseguir uma vaga em Oxford. Será que ela vai deixar esse romance atrapalhar os seus planos de estudar em Oxford, confirmando o receio de sua orientadora (interpretada por Emma Thompson)?

A partir desta polêmica relação (baseada em fatos reais) a diretora esmiúça com precisão e com grande sutileza o contraste entre os anseios da juventude e a recatada sociedade inglesa na década de 1960.

Outro ponto positivo é o ótimo roteiro de Nick Hornby, autor dos ótimos “Alta Fidelidade” e “Um Grande Garoto”.

Veja!

terça-feira, 8 de março de 2011

Além da Vida (2010)

Numa primeira analise, o titulo pode dar a impressão de estarmos a frente de um filme de fantasmas ou de fenômenos paranormais, ledo engano. Aos 82 anos de vida, Clint Eastwood dono de um currículo de dar inveja a muito iniciante (são mais de 60 filmes como ator, mais de 30 como diretor, premiações que já ultrapassam uma centena), acerta novamente. Eastwood apenas focaliza o impacto de pessoas que tem que conviver com um fato que aborda a vida após a morte, no belíssimo drama “Além da Vida”.


O filme gira em torno de três pessoas que são afetadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um operário norte-americano que tem um o dom (maldição) da mediunidade. Em outro ponto do planeta, a jornalista francesa Marie (Cécile De France) acaba de passar por uma experiência de quase-morte que muda sua visão diante da vida. E, quando Marcus (Frankie/ George McLaren), um garoto londrino, perde seu irmão gêmeo, começa uma procura desesperada por respostas. Enquanto cada um segue o caminho em busca da verdade, suas vidas se cruzam e são transformadas para sempre pelo que eles acreditam que possa existir, ou realmente exista - a vida após a morte.

Eastwood é diretor de sutilezas, dos tons de cinza, da bela musica (a trilha sonora é assinada por ele), mas o mais prazeroso é ver como ele usa sua total, ampla, absoluta e deliciosa falta de pressa em dirigir suas cenas. Sua calma pode ser apreciada, em contraste aos tempos atuais onde a gigantesca ansiedade e enorme superficialidade,levam as pessoas fazerem tudo ao mesmo tempo, não se dando conta de nada que estão fazendo. Ele conduz seu filme sem pressa, deixando que cada personagem amadureça diante de nossos olhos, com a certeza de atingir seu ponto. Eastwood foge dos tão em voga cortes rápidos, da geração MTV da linguagem clipada, nos servindo um banquete com uma invejável elegância de movimentos e uma utilização minimalista de trilha sonora digna dos grandes mestres que conhecem a importância do silêncio.

È certo que o roteiro de Peter Morgan (A Rainha) ruma para o previsível, mas ainda assim , vale apreciar como ainda existem diretores que ainda sabem, como poucos, como contar uma boa história.

domingo, 6 de março de 2011

DEIXE-ME ENTRAR (2010)

O mercado norte-americano tem uma necessidade imensa de pegar um bom roteiro feito por um país de língua não inglesa,e dar-lhe uma nova roupagem, uma vez que as pesquisas comprovam que os habitantes da terra do Tio Sam detestam não somente ler legendas como também ver filmes sem seus astros conhecidos.

Este é o caso da refilmagem americana do otimo filme sueco Deixa Ela Entrar, elogiado mundialmente (inclusive por aqui) precisava ser apresentado ao público (mercado) norte-americano, e chegou com o título de Deixe-me Entrar,

Não que Deixe-me Entrar seja um filme ruim, nada disso. Mas o original é infinitamente melhor, como quase sempre acontece.

Os estilos são diferentes, mas a história é a mesma, a fotografia é boa e o diretor mantém a ambiência sombria e consegue recriar situações idênticas ao original. O problema maior reside na forçosa troca de gêneros. Sai um pouco de cena o terror psicológico para se enfatizar o drama policial, apenas um pano de fundo antes. Na trama, ambientada na década de 80, o frágil menino Owen (papel do ótimo Kodi Smit- McPhee, de “A Estrada”), de 12 anos, sofre o descaso dos pais separados e, na escola, pena com as agressões físicas e morais dos colegas. Encontra alento, porém, na companhia da garota Abby (Chloe Moretz), sua vizinha de comportamento muito, muito estranho. Por trás da docilidade, a menina tem uma incontrolável sede de sangue, obrigando seu pai (Richard Jenkins) a caçar vítimas pela cidade. Bullying e vampirismo, temas presentes no enredo, ganham um curioso vínculo, mas são tratados de forma dispersiva.

Ou seja, Deixe-me Entrar não faz feio para quem não viu Deixe Ela Entrar. Mas faz, para quem o viu, então fique com o original a não ser que voce tenha preconceito com filme falado em sueco.

Nova invasão Alienigena

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles” (World Invasion: Battle Los Angeles), filme de ação e ficção científica da Columbia Pictures, promete mostrar algo original e inovador sobre o tema “invasão alienígena”

A prévia começa como num filme de guerra tradicional, com a camaradagem da tropa, e logo emenda e muitas imagens dos efeitos da invasão alienígena, via televisão.

A trama acompanha um sargento da Marinha (Aaron Eckhart) e seu novo pelotão tentando impedir que Los Angeles caia, como muitas capitais, diante da invasão alienígena. Ne-Yo, Michelle Rodriguez, Michael Peña, Bridget Moynahan, Ramon Rodriguez, Taylor Handley, Cory Hardrict, Jadin Gould, Bryce Cass e Joey King também estão no elenco.

O filme tem roteiro de Chris Bertolini e direção de Jonathan Liebesman, diretor da fraca sequência do remake de ‘O Massacre da Serra Elétrica’. O diretor rodou algumas seqüências em Los Angeles e ainda adicionou alienígenas em efeitos especiais, para convencer os executivos que ele era o certo para o projeto.


 

The Cabin in the Woods

The Cabin in the Woods, terror escrito por Joss Whedon (Buffy, Firefly) e dirigido por Drew Goddard (roteirista de Cloverfield),parece ser um misto de terror com paródia, como em 'Pânico'. O filme brinca com os clichês clássicos do terror-de-cabana. Na historia cinco pessoas vão passar uns dias numa cabana no meio da floresta sabendo que há algumas regras bem claras a serem cumpridas no local. Tudo, no entanto, leva as pessoas a quebrarem essas regras, o que obviamente garante uma severa punição a eles

Segundo a protagonista do filme a atriz Amy Acker (Dollhouse) revelou ao SCI FI Wire um importante detalhe da história: The Cabin in the Woods será um filme de monstros.

"O filme tem várias criaturas assustadoras. É sobre uma cabana na floresta e usa muito da fórmula dos filmes de terror em que uma galera vai para uma cabana na floresta para passar o fim de semana, sobre as coisas que acontecem e o que você achava que deveria acontecer", disse a atriz, durante a WonderCon.

No elenco também estão Richard Jenkins, Bradley Whitford, Kristen Connolly e Chris Hemsworth. O filme está sendo convertido para 3-D como manda a regra do momento.

Zack Snyder vem aí com uma nova fantasia

Zack Snyder diretor do excelente “Watchmen - O Filme”, e que esta atualmente a frente da direção do novo “Superman”, nos traz agora “Sucker Punch – Mundo Surreal” uma mistura de fantasia, suspense e aventura. “Sucker Punch – Mundo Surreal” é uma fantasia épica de ação que nos apresenta a imaginação fértil de uma jovem garota, cujos sonhos são a única saída para sua difícil realidade em um hospício. Isolada dos limites de tempo e espaço, ela está livre para ir onde sua mente levar, porém, chega o momento em que suas incríveis aventuras quebram o limite entre o real e o imaginário, trazendo conseqüências trágicas.O filme promete ser tão alucinando quanto “Watchmen - O Filme” ou “300”, ou seja uma grande chance de termos um grande filme – com efeitos visuais de tirar o fôlego.

Uma nova visão do classico Chapeuzinho Vermelho

A diretora de “Crepúsculo” Catherine Hardwicke pretende dar um novo foco na clássica história de Chapeuzinho Vermelho em “A Garota da Capa Vermelha”.Como é de se esperar teremos muito romance, trilha sonora com som alternativo e aquele visual de seus longas anteriores. No filme Amanda Seyfried é Valerie, uma bela garota ligada a dois homens. Está apaixonada pelo melancólico forasteiro Peter, porém seus pais a prometeram em casamento ao rico Henry. Inconformados com a situação, Valerie e Peter planejam fugir, até que tomam conhecimento de que a irmã mais velha de Valerie foi morta pelo lobisomem que vaga pela escura floresta que rodeia o vilarejo onde moram.


Ao longo de anos, as pessoas mantiveram uma difícil trégua com a fera, oferecendo-lhe mensalmente um animal em sacrifício. Mas sob uma lua cor de sangue, o lobisomem desrespeita o acordo, tirando uma vida humana. Sedenta de vingança, a população recorre a um famoso caçador de lobisomens, o padre Solomon, com a intenção de matar o monstro. Ocorre que a chegada de Solomon provoca conseqüências inesperadas, pois ele alerta que o lobisomem assume forma humana durante o dia, podendo ser qualquer um deles.

O número de mortes cresce a cada lua, e Valerie começa a desconfiar que o lobisomem pode ser alguém que ela ama. O pânico toma conta de todos e ela descobre que tem uma ligação singular com o monstro - que os une inexoravelmente, tornando-a ao mesmo tempo suspeita...e isca.

O roteiro é de David Leslie Johnson ('A Órfã').

Rango chega este mes aos cinemas

Johnny Depp o homem camaleão, vai para as telas como um Camaleão na animação “Rango”. Nele seu personagem Rango ,com crise de identidade que, ao se ver numa cidade do velho-oeste infestada de bandidos, transforma-se sem querer em herói e é forçado a protegê-la. Naturalmente, acaba enfrentando mais dificuldades do que poderia imaginar.Com direito a cowboys de todas as espécies animais e sotaques “chicanos”. A direção está a cargo de Gore Verbinski.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tela vazia

Autor: GERVÁSIO LUZ

Materia publicada no Jornal de Santa Catarina em 22/02/2011


Blumenau fica sem cinema por dois meses. Foi o que li neste jornal. Custei a acreditar. Parece coisa do arco da velha.

Blumenau – já escrevi neste e em outros espaços – é minha cidade amada, idolatrada, salve, salve. Mas aqui ocorrem fatos que vou te contar. Lembram o dito do compositor, cantor e radialista Almirante: Incrível, fantástico, extraordinário. O impossível acontece.

Sou fã da sétima arte, com algum exagero, desde o berçário. No Cine Rio do Sul, na minha terra natal, curti, garotote, ou seja, de calças curtas, seriados que antecediam o filme principal; musicais da Metro; as aventuras do Capitão Blood e Robin Hood, ambas com Errol Flynn, galã de Hollywood que, entusiasmado com a revolução cubana, trocou a espada e o arco e flecha por armas de fogo para lutar em Sierra Maestra. Enfim, tive direito a todos os gêneros.

Na adolescência e fase adulta, em cidades grandes, assistia aos chamados filmes de arte e aos quase indecifráveis produtos da nouvelle-vague e, nacionalista, ao Cinema Novo.

Culparam o surgimento da televisão pelo fechamento de grande número de casas de espetáculo. Boa parte delas passaram a abrigar templos. O profano cedeu lugar ao religioso.

Era natural que os espectadores trocassem as cadeiras de palha dos cinemas do interior pelos confortáveis sofás em suas residências. Na batalha, a telinha vencia a telona.

O que não faltavam em Blumenau eram salas de projeção. No Centro, dominavam os cines Busch e Blumenau. Nos bairros, existiam nas Itoupavas o Mogk e o Carlitos, que depois se instalou no pequeno auditório do Teatro Carlos Gomes e, mais tarde, ganhou casa própria na Rua Nereu Ramos. Não dá para esquecer o Garcia e, na Vila Nova, o Atlas.

Todos sumiram. As seis salas do Shopping Neumarkt, pequenas, porém confortáveis, passaram a atrair novamente o público.

Nosso cinéfilo-mor, Herbert Holetz, gerenciava o Busch e o Blumenau. Para garantir o seu ganha-pão, acrescentava aos cartazes os dizeres: Este filme só será exibido na televisão daqui a 5 anos! Demorava um pouco para que as fitas do circuito comercial chegassem à TV. Hoje, a realidade é outra. Em poucos meses, do telão pra telinha é um quase já.

Parece coisa de cinema – Blumenau está naquela: Luzes, câmeras e nenhuma ação!
 
Fonte: Jornal de Santa Catarina em 22/02/2011