quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pioneiros do cinema catarinense I

José Julianelli nasceu em São Constantino di Rivoli, na Itália, em 19 de março de 1883, filho de Francisco e de Angela Julianelli. No começo do século chegou ao Rio de Janeiro como mascate em companhia do pai, que retornou pouco tempo depois para a Itália, deixando-o só no Brasil. Julianelli teve que lutar e cedo aprendeu a se virar sozinho e fez de tudo um pouco em sua vida. Iniciou seus empreendimentos comprando um tigre, expondo-o para as multidões que pagavam para ver o animal. Mais tarde com o avanço do negocio Julianelli montou um circo, o “Pavilhão Recreativo”.

Era 1909, visando ampliar seu negócio, o imigrante italiano entrou em contato com a Pathé Frères de Paris e mandou vir um cinematógrafo que passou a funcionar como mais uma atração do Pavilhão, que foi o primeiro no Rio de Janeiro.  Um dos filmes exibidos com frequência por Julianelli foi "A Paixão de Cristo". A fita despertava grande interesse e seu enredo facilitava a compreensão do público através de uma linguagem que estava dando seus primeiros resultados. Tratava-se da projeção de quadros que descreviam os diferentes momentos da vida de Cristo, dividida em sete partes. Alguns anos mais tarde, a Pathé lançou o “Vitaphone”, que já permitia exibir filmes falados, que na verdade era a sincronização do projetor com um gramofone.

Agora o “Pavilhão Recreativo” já era chamado de “Circo de Variedades”, e era iluminada com gás carbureto, uma sensacional novidade para as cidades em que ainda não existia a luz elétrica! Com a aquisição do novo cinematografo, Julianelli resolveu melhorar o sistema de iluminação. Comprou então um motor Aster movido a querosene, com um dínamo de 110 v. Este equipamento era utilizado para iluminar o circo bem como o arco voltaico do projetor.
Foi em Curitiba que Julianelli conheceu e casou-se com a jovem Anna Briss, que seguiu com o companheiro viajando pelo Brasil. Por fim cansado da vida circense,resolveu indenizar os artistas que trabalhavam com ele, entregando-lhes o circo quando se apresentavam em Corupá e partiu para exibições ambulantes nos salões da região.

Com seu espírito empreendedor escolheu para exibir seus filmes o salão da Casa São José, localizado no centro de Blumenau onde hoje está a Loja Havan, mais conhecido como o Castelinho da antiga Loja Moellmann. No início do século, a “Casa São José” (Josephshaus) era um “misto” de salão de baile, bar e hotel.

Com Uma propaganda bem sensacionalista para a época – o convite formulado em português e alemão exibia “Todos ao Teatro São Jose! Ver para crer!”. A exibição de estreia da “Empresa Julianelli” aconteceu no dia 28 de agosto de 1909 quando ele além de exibir filmes alugados de outras empresas fez a exibição de sua própria produção, que filmava e revelava em laboratório que montou para esta finalidade. Munido com uma câmara 35 milímetros, ele passou a documentar eventos sociais, e principalmente, políticos da região do Vale do Itajaí e de Joinville.

Além da Casa São José, o roteiro das sessões de cinema incluía os Salões Hardt de Indaial, Hahn de Timbó, Doell de Passo Manso, Salão Koehler, de Encano e Salão Hoffsess, de Warnow.

As apresentações de Julianelli duraram por muitas décadas, e no dia 11 de dezembro de 1926, ele apresentou em Indaial, o filme de sua autoria onde registrou a inauguração da ponte daquela cidade.
Pena que grande parte da filmografia de Julianelli foi destruída pela má conservação, por fenômenos naturais, como enchentes, ou por questões de natureza política, como deve ter sido a razão da destruição da maioria dos filmes integralistas, queimados na década de 70 pela Polícia Militar de Santa Catarina.

Como cineasta, ele, filmou e deixou para a posteridade memoráveis momentos da história de Blumenau e de Santa Catarina. Fixando residência em Blumenau, cobria os acontecimentos importantes em todo o território catarinense e assim restaram fragmentos em celuloide da inauguração da Ponte dos Arcos em Indaial; os festejos dos 75 anos da fundação de Blumenau, em 1925; de Brusque e Joinville; a inauguração da Ponte Hercílio Luz em Florianópolis; a visita do deputado federal Adolpho Konder a Blumenau, arrolados entre os filmes (cinejornais) mais importantes que ele realizou e que, felizmente, estão preservados. Na época, primeiro quarto do século XX, ninguém mais fazia este tipo de cobertura em Santa Catarina.

Julianelli ficou muito conhecido do Vale do Itajaí, principalmente como cinegrafista ambulante, realizou diversos filmes sonoros na década de 30. Ao que se sabe estes foram vendidos para um paulista, cujo nome se desconhece. Já os filmes mudos foram adquiridos por Marcondes Marchetti, que também adquiriu cartazes, anúncios, fotos e outros objetos da época através dos familiares de Julianelli e conhecidos.

A Cinemateca do Rio de Janeiro possui cópias dos filmes de alguns filmes de Julianelli, que foram restaurados por Valêncio Xavier da Cinemateca de Curitiba, que recuperou filmes originais e os transportou para 16 mm.

Com seu sempre espírito empreendedor  Julianelli transformou a Casa São José na primeira estação rodoviária de Blumenau e montou uma linha de ônibus para transportar passageiros entre Blumenau-Jaraguá e Blumenau-Florianópolis. Adquiriu um caminhão-ônibus Ford D, sem portas e quando havia algum imprevisto ou excesso de passageiros e carga entrava em funcionamento também um Ford-bigode. Às vezes Julianelli fazia uso da garagem do Hotel Holetz para estacionar sua frota.

José Julianelli foi circense, cinegrafista, artista, dono de olaria, dono de fabrica de bebidas e fabricante de remédios a base de ervas, que vendia durante suas andanças como cinegrafista. Mais informações sobre o  empreendedor Jose Julianelli podem ser encontrados em livros da historiadora Edite Kormann e também no livro “Cinema e História” do cineasta catarinense Zeca Pires.


O mascate italiano, naturalizado brasileiro, faleceu em Blumenau aos 88 anos, no dia 18 de maio de 1971, no Hospital Santa Isabel.

filme do julianelli | blumenau 75 anos | 1925

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Herbert Holetz

HERBERT HOLETZ

Com muito pesar, perdemos um grande conhecedor de cinema. Herbert Holetz era um homem que amava o cinema e fez disso a sua vida. Foram anos no Cine Busch, de lanterninha a gerente. Anos depois, passou a promover os filmes no Cine Arte da Fundação Cultural de Blumenau. Me lembro do primeiro filme que vi no Cine Arte – era outubro de 2003. E então passei a compartilhar da amizade com um homem culto e inteligente. Conhecendo o senhor Holetz, me senti aprimorando meus conhecimentos sobre a maravilhosa sétima arte. Muitos grandes nomes do cinema fazem falta e com certeza o senhor Holetz é um deles.

João Cláudio Pereira

Cobrador - Blumenau

sábado, 21 de setembro de 2013

Programa Ver Mais - Herbert Holetz


Morreu Herbert Holetz

“A vida não é como se vê no cinema. A vida é mais difícil”. 
A frase é do projecionista Alfredo, no clássico Cinema Paradiso, mas bem que poderia ser de autoria de Herbert Holetz. Hoje mais do que nunca. Apesar de as despedidas serem inevitáveis, é difícil suportar a dor quando a partida é pra nunca mais voltar.
 Não era apenas a paixão ilimitada pelo cinema que fazia de Holetz aguém admirável. Apesar do vasto conhecimento nesse mundo da ilusão, não gostava de holofotes e insistia em dizer que sabia pouco. Preferia o anonimato e esforçava-se por passar despercebido. Mas aquele homem esguio de cabelos brancos, sempre impecavelmente vestido com calça de prega e camisa social, não conseguia esconder a popularidade no vai-e-vem pela Rua XV de Novembro, em busca de novos filmes ou cartazes para o acervo
. Respirava cinema por todos os poros e tinha na arte o oxigênio da própria vida. Depois que o conheci pessoalmente, numa sessão do Programa Cine Arte, em 2004, tive a certeza de estar diante de uma daquelas raras pessoas extremamente humanas e sensíveis, cujo amor pelo o que fazem as torna difíceis de serem compreendidas aos olhos da multidão.
 Durante toda nossa convivência, ouvi dele a ansiedade com a instalação do Museu de Cinema em Blumenau. Holetz se despede sem ver concluído um sonho, mas deixa uma lição de amor e entusiasmo de quem nunca desistiu da paixão que o fazia se sentir vivo.

Texto ; Magali Moser

Herbert Holetz e as Taras de Helena

Morreu o Herbert Holetz, o sujeito mais apaixonado por cinema que conheci.

Aliás, vamos dizer que seja um dos dois: também conheci e conversei com o Walter Mogk, que criou o Cine Mogk e fez ele mesmo, prensando, uma a uma, uma a cada dia, todas as cadeiras do cine que criou.

Conheci o Herbert ainda quando era repórter policial do Santa, há uns 30 anos. Ele era gerente do Cine Bush.

Holetz era um sujeito sério, como todo bom alemão da época, mas eu fazia piadas com ele sobre as pornochanchadas que o Cine Bush passava nos horários tardios. “Ô Holetz, fui levar minha mãe no cinema à meia noite de sábado e estava passando As Freiras Devassas. Isso é uma afronta à moral e aos bons costumes”.

Holetz sempre vinha me cumprimentar e eu aproveitava para brincar com ele: “Holetz, a gente podia produzir um filme eu e tu. Coisa de altíssimo nível, melhor que os filmes do Ingmar Bergman. Vai se chamar As taras de Helena”.


Acabamos ficando amigos.
Alguns jornalistas da época pediam cortesia para o cinema, ou furavam a fila e entravam com a carteira de imprensa.

Ressalte-se de que isso era como fumar, era algo aceito, visto com naturalidade. Era uma espécie de direito adquirido da imprensa.

Mas eu era burro, meio turrão. Me recusava a fazer isso. Ficava na fila e pagava como todo mundo.

Holetz me dava ingressos de vez em quando. Nunca pedi e acabava passando-os a alguém.
Quando ia ao Cine Bush, eu ficava na fila.

Uma ou duas vezes o próprio Holetz veio me pegar pelo braço no meio da fila: “Já falei que tu não precisa pagar”.

Bem, aí eu entrava, mas a culpa era dele…

Grande Holetz, um sujeito pacato, com grande conhecimento de cinema, mas sem ser esnobe nem chato.


Se eu o reencontrar um dia, o Holetz que se prepare: ainda não desisti de filmar com ele “As Taras de Helena”.

Autor: Carlos Tonet

Personagem Principal

Protagonista do cinema em Blumenau, Herbert Holetz deixa herança de dedicação e amor aos filmes
Quando uma paixão é grande demais, ela pode durar toda uma vida, sem jamais perder o brilho. Foi assim com Herbert Holetz, memória e protagonista do cinema blumenauense. Mesmo nos últimos dias de vida, das forças que encontrava para falar rendiam histórias e lembranças cinematográficas. De olhos fechados, quando o sonho vinha à tona, a imaginação projetava seus filmes e personagens favoritos.

O jornalista e escritor Gervásio Luz conhece, pelo menos, uma dúzia de histórias sobre aquele que considera “uma entidade do cinema em Blumenau”. Com um sorriso triste no rosto, lamenta a morte do amigo:

– O romantismo do cinema morreu com ele. Holetz tomava café, almoçava e jantava cinema. Quando dormia, sonhava com os personagens dos seus filmes favoritos. Os amigos e a família do Holetz, além dos parentes, eram Cary Grant, Greta Garbo, James Dean, Marilyn Monroe... – diz Luz.

Por volta da 1h10min de ontem, a cultura blumenauense ficou órfã: Herbert Holetz foi embora. Aos 78 anos, o cinéfilo mais querido da cidade estava debilitado. Em outubro de 2012, teve diversas quedas e, durante uma cirurgia para reparar o fêmur quebrado, sofreu acidentes cerebrais vasculares (AVC).

Passou os últimos 15 dias internado no Hospital Santa Catarina. Lá, recebia visitas frequentes da esposa, Lori, com quem era casado há mais de 50 anos, e dos três filhos e quatro netos. Segundo o primogênito, Jorge, as conversas sobre cinema eram frequentes, mesmo nos últimos dias de vida do pai:

– Mesmo não conseguindo formar algumas frases direito, por causa das sequelas do AVC, ele ainda encontrava forças para falar dos filmes que amava tanto. Eu gosto de dizer que o meu pai não era um cara teimoso, era um cara obstinado. E ele foi assim até o último instante.

A obstinação nasceu quando ainda era criança, ao ser levado pela mãe a uma sessão pela primeira vez. Assim como o protagonista do clássico filme italiano Cinema Paradiso, Holetz era um menino quando decidiu que o cinema faria parte de sua vida para sempre. Na adolescência, teve contato com Reynaldo Olegário, do Cine Garcia, que o ensinou mais sobre a arte. Persistiu até conseguir trabalhar como lanterninha do Cine Busch, aos 17 anos. Tudo para assistir aos filmes. Por lá, trabalhou por 40 anos, onde foi desde lanterninha até gerente. Depois que o Cine Busch fechou as portas, em 1993, Holetz não foi mais ao cinema em Blumenau.

Sessão de cinema: um ritual

O filho Jorge não chora, por mais que os olhos se encham de lágrimas ao falar do pai. Em vez disso, o sorriso e a voz cheia de orgulho tomam conta dele, enquanto desfia elogios e conta histórias sobre a vida de Holetz:

– O maior desgosto dele foi quando eu trouxe um VHS para casa. Era sempre muito difícil fazer com que ele se adaptasse a essas mudanças do cinema, sabe? A arte corria pelas veias dele, era um amor de outro mundo – diz, emocionado.

Quando o assunto era uma sessão de cinema, conta ele, Holetz era severo: gostava de silêncio, respeito e disciplina. Para o cinéfilo, era como se a exibição do filme fosse um ritual sagrado.

– Ele não gostava, por exemplo, que mascassem chiclete durante o filme. Bagunça, então, nem pensar. Meu pai tinha um respeito muito grande pela sétima arte – relembra Jorge.

A diretora do Patrimônio Histórico e Museológico da Fundação Cultural, Sueli Petry, não hesita: diz que o amigo vai fazer muita falta.


– O Herbert era apaixonado pelo que fazia e também pela Fundação Cultural. Ele doou todo o acervo de filmes para nós, que está à disposição de qualquer pessoa. Para nós, a despedida dele representa a perda do conhecimento, da dedicação e do amor à arte de um grande homem – declara Sueli. (Colaborou Vinicius Batista)

Autora: CAMILA IARA

Fonte: Jornal de Santa Catarina

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Carta aberta a Herbert Holetz

Somente quem conheceu tua sensibilidade e teimosia para saber a falta que farás! Ainda lembro com detalhes de nosso encontro, em 2004, quando propus tua biografia como meu trabalho final de conclusão de curso, transformada em livro dois anos depois. Tua resistência inicial foi difícil de vencer. Somente a delicadeza de tua querida companheira Lori foi capaz de driblar tua desconfiança diante desta então estudante. Dias depois, a confirmação de que havias aceitado o convite chegou com um cartão e uma caixa de bombons. Foi o início de uma convivência ilimitada e única.


Os encontros intermináveis na Fundação Cultural ou na tua casa estarão sempre na minha lembrança, além das várias fitas cassetes que registraram os depoimentos. Tua família me acolheu como integrante. Sou incapaz de esquecer a reação de tua filha Regina quando estavas hospitalizado na UTI, no início deste ano. Indagada pela recepcionista sobre qual meu grau de parentesco contigo, ela respondeu sem titubear: “ela é filha, filha postiça!”. E era assim que eu me sentia e como me sinto agora, órfã de ti.

Por várias vezes, ouvi dizeres que querias ter um milhão de amigos. Bastava caminhar contigo pela Rua XV de Novembro para reconhecer teu carisma. Mas nem sempre foi assim. Pra muita gente foi difícil entender tua paixão obsessiva pela sétima arte. Eu vi tu te desdobrares tantas vezes para atender a vontade de um colega que queria assistir àquele filme raro. Não sabias dizer não.

Hoje, olhando pra trás, eu percebo que há mais semelhanças entre nós do que eu imaginava. E agradeço a ti, admirável Holetz, por teres me permitido abrir a porta de tua memória para que pudesse contá-la. Como já disse o poeta Drummond, “de tudo fica um pouco”. De ti, ficou em mim a dedicação pelo trabalho e a paixão pelo cinema. E acima de tudo uma prática de vida coerente com teus princípios. Ficou também um pouco de ti em cada um dos que tiveram a sorte de te conhecer ou conviver contigo.

Vá em paz, Holetz, com a certeza de que cumpriste uma jornada admirável por aqui!


Com carinho, Magali*

*Magali Moser é jornalista e autora do livro A Vida pelo Cinema: Herbert Holetz entre a Realidade e a Ficção

Fonte: Jornal de Santa Catarina - 20/09/2013 | N° 12991

Mensagens para Herbert Holetz vindas por e-mail

Vimos através do presente solidarizarmos com os familiares de um de nossos melhores colaboradores de todos os tempos. Um exemplo de funcionário e pessoa.
Ele foi, acima de tudo, um apaixonado pelas artes cinematográficas. Ele sempre viveu cinema no seu sentido mais amplo.
Por seu exemplo de vida – homem de família – temos certeza que já está usufruindo das benesses celestiais reservadas aos justos.
Os nossos mais sentidos pesares.

MÁRIO LEOPOLDO DOS SANTOS e família






Tenha a certeza que, sendo o bom homem e exemplo de pai de família que teu pai sempre foi, ele está em um lugar muito melhor agora. Estou com ele e com todos vocês em pensamento e em oração.
Transmita meus votos de pesar à tua querida mãe e às tuas irmãs, em meu nome.

Forte e fraterno abraço,

Georges Rul


Sinto-me privilegiada por ter conhecido seu pai; fechando meus olhos, lembro de um homem de alma generosa, olhar tranqüilo e entusiasta do cinema.
Estamos hoje reunidos num sentimento de saudades, mas de muita fé!
É o mistério da morte que nos leva a meditar sobre a VIDA como passagem para a eternidade.
Só a FÉ em Jesus Cristo é capaz de nos dar o consolo que procuramos.
Diante da morte todos os argumentos terminam.
Somos limitados demais para encontrar a resposta exata que o nosso coração almeja.
A fé convida a valorizar o tempo, fazer o bem, viver a palavra sagrada, amar e amar...

Seu pai HERBERT HOLETZ partiu para Deus e leva todas as pessoas aos quais ele queria bem no coração.
Neste momento estou unida aos famíliares e amigos em oração.
Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. Jo 11,25
“Se morremos com Cristo, com Ele viveremos” 2Tm 2,8-13
Meus sinceros sentimentos,

 Maristela Lúcia Floriani da Silveira


Transmito os pêsames com muito sentimentos, pois seu pai foi um grande amigo e conselheiro meu

Alem do que um grande batalhador.

Carlinhos - Cine Gracher

COMUNHAMOS O  SENTIMENTO DE PESAR PELO FALECIMENTO  DE  SEU PAI,  E  SENTIMOS MUITO ESSA PERDA,  PARA NÓS  CINÉFILOS  ELE VIVERÁ SEMPRE QUE SE FALAR A PALAVRA CINEMA.

Gaspar Eli Severino

NOTA OFICIAL DE FALECIMENTO DO SR. HERBERT HOLETZ

NOTA OFICIAL DE FALECIMENTO DO SR. HERBERT HOLETZ de 78 anos.
Ele era apaixonado por cinema e trabalhou por mais de 40 anos no antigo CINE BUSCH.
A Prefeitura Municipal de Blumenau, por determinação do prefeito Napoleão Bernardes, declara luto oficial de três dias por ocasião do falecimento do senhor Herbert Holetz, em nome da comunidade blumenauense, consternada com o desaparecimento de figura tão conhecida no meio cinéfilo. O decreto foi assinado na tarde desta quinta-feira, dia 19, pelo prefeito Napoleão Bernardes. A bandeira do município, na praça da Prefeitura, está a meio mastro e assim ficará por três dias.

Postado porJAIME BATISTA DA SILVA

Fonte: http://jaimebatistadasilva.blogspot.com.br/

HERBERT HOLETZ - O CINEMA PERDEU UM ENTUSIASTA!

"É com grande pesar que comunico o falecimento de meu pai, Herbert Holetz. O corpo está sendo velado na Igreja Luterana Centro e o sepultamento será às 16h30min".
 A mensagem objetiva chegou coberta de dor a esta página, assinada por Jorge Holetz e Família. Eram 4h15min desta quinta-feira, 19 de setembro de 2013, marcando o fim da trajetória terrena de um grande entusiasta da arte cinematográfica. Ele vivia em Blumenau, Santa Catarina, onde começou como lanterninha em 1953 e chegou à gerência de salas de exibição, e permaneceu nesta função por mais de quatro décadas. Gerenciou cinemas em Blumenau, Joinville e Gaspar. Foi divulgador do cinema brasileiro, como destacou Tessaleno: "O seu Cinearte, 10 anos de existência, fincado na Fundação Cultural de Blumenau, principia todo ano com produções nacionais". Sua vida inspirou a jornalista Magali Moser a escrever a biografia "A Vida Pelo Cinema – Herbert Holetz entre a realidade e a ficção" (Blumenau: Nova Letra, 2006), ponto de partida para o documentário "A história do cinema em Blumenau". Segundo Tessaleno: "Vale a pena. É um registro (sério) provando que também, nós do Vale, fomos pioneiros na Sétima Arte" (Jornal Metas, Gaspar, 23/09/2006).Tive o privilégio de conhecer Herbert Holetz há alguns anos, na Fundação Cultural de Blumenau, levado por meu amigo professor e jornalista Gervásio Tessaleno Luz. Alma generosa, Holetz nos atendeu com simpatia, trocamos experiências e materiais que hoje fazem parte do meu acervo sobre as séries de cinema e TV "O Planeta dos Macacos", e para o Museu do Cinema de Blumenau, que ele estava organizando, levei algumas preciosidades sobre o cinema produzido em Santa Catarina. Vai com Deus, Holetz! Muito obrigado!

Saulo Adami
Escritor

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

HOMENAGEM A HERBERT HOLETZ, DEFENSOR DO CINEMA BLUMENAUENSE

Faleceu nesta madrugada o cinéfilo blumenauense Herbert Holetz. Apaixonado pela sétima arte, foi um dos maiores defensores do cinema em Blumenau, atuando durante toda a sua vida para nutrir e divulgar a paixão da cidade pela cultura. Holetz faleceu esta madrugada, dia 19 de setembro, aos 78 anos.

Ainda criança, descobriu sua paixão ao assistir, acompanhado de sua mãe e seus irmãos, sessões de “O Gordo e o Magro”, “Tarzan” e os desenhos animados de Walt Disney. Já na adolescência, conheceu Reynaldo Olegário, gerente do Cine Garcia, que lhe ensinou os segredos da sétima arte. Para poder assistir ao máximo de filmes possível, fez uma parceria com o cinema: auxiliava o púbico para situá-los em suas poltronas e, em troca, assistia ao longa-metragem.

Esta paixão cresceu se desenvolveu, e se refletiu diretamente em sua vida profissional. De lanterninha, Holetz passou à gerência do Cine Busch, onde atuou por mais de 40 anos. Após o fechamento do cinema, passou a colaborar como voluntário na Fundação Cultural de Blumenau. Doou filmes em película, cartazes, filmadoras e projetores. Para organizá-los, trabalhou voluntariamente no arquivo histórico durante sete anos, até que passou a ser contratado para iniciar o projeto Cine Arte da Fundação Cultural. O projeto segue firme há 10 anos, ainda mantendo a programação idealizada por Herbert Holetz.


Em sua despedida, a Prefeitura de Blumenau e a Fundação Cultural relembram a bela trajetória do querido senhor Holetz, cuja vida foi permeada pelas histórias da grande tela. Fica a lembrança e o agradecimento a este homem que sempre colocou a generosidade e a gentileza em cada pequeno gesto, deixando sua marca na história de Blumenau e compartilhando seu patrimônio mais precioso: a cultura.

Autor: Fábio Ricardo

Familiares e amigos se despedem do cinéfilo Herbet Holetz, que morreu na madrugada desta quinta, em Blumenau

Familiares e amigos se despedem do cinéfilo Herbet Holetz, que morreu na madrugada desta quinta, em Blumenau. O Corpo está sendo velado na capela mortuária da Paróquia Luterana, no Centro, e o enterro será às 16h
Familiares, amigos, colegas de profissão, artistas e figuras da cultura blumenauense prestam uma última homenagem a Herbert Holetz, que morreu na madrugada desta quinta-feira, em Blumenau, aos 78 anos. Na capela mortuária da Paróquia Luterana, no Centro da cidade, as lágrimas se misturam aos sorrisos quando as lembranças do cinéfilo vêm à tona.

_ Ele tomava café, almoçava e jantava cinema. Era um apaixonado. Quando dormia, Holetz sonhava com os personagens dos seus filmes favoritos _ diz o escritor e jornalista Gervásio Luz, amigo de Holetz.

O enterro será às 16h30min, no cemitério da paróquia. Holetz estava internado há 15 dias no Hospital Santa Catarina, depois de sofrer um AVC durante uma cirurgia para reparar a quebra do fêmur. Ele deixa a esposa, Lori, com quem era casado há mais de 50 anos, três filhos e quatro netos.


Fonte: JORNAL DE SANTA CATARINA

Foto:  Gilmar de Souza  /  Agência RBS

Morre Herbert Holetz, defensor da sétima arte em Blumenau

Morreu nesta madrugada, à 1h10min, em Blumenau, Herbert Holetz, aos 78 anos. Defensor da sétima arte na cidade, o corpo está sendo velado na Paróquia Luterana, ao lado do Hospital Santa Catarina, no Centro. O enterro será no mesmo local, às 16h30min.


O cinéfilo blumenauense se dedicava ao Cinearte, na Fundação Cultural de Blumenau, mas estava afastado desde 2012, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), que o deixou bastante debilitado. Ele estava há 15 dias internado no Hospital Santa Catarina. Deixa a esposa, Lori Holetz, com quem era casado há mais de 50 anos, três filhos e quatro netos.


A relação dele com o cinema começou nos anos 1940, no Cine Busch, em Blumenau. De menino apaixonado pelas imagens, Holetz passou a trabalhar no cinema como lanterninha em 1953. Passou por várias funções até chegar à gerência. Escreveu artigos para jornais da região e foi um dos criadores do Cineclube. Mantinha um arquivo com mais de 2 mil fotos e cartazes e 400 livros.

Fonte:JORNAL DE SANTA CATARINA
Foto:  Jandyr Nascimento  /  Agencia RBS