quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como Água para Chocolate (1992)

Baseado em romance do mesmo nome de Laura Esquivel, autora do roteiro e na época esposa do diretor, "Como Água para Chocolate" leva-nos até ás profundezas de um México rural dos princípios do século XX, e relata-nos a história do amor sofrido e profundo entre Pedro e Tita .Tita (Lumi Cavazos) nasceu na cozinha do rancho de sua família, quando sua mãe (Regina Torné) estava cortando cebolas. Mais tarde Pedro e Tita se apaixonam, mas ficam impedidos de concretizar o casamento por um preconceito infundado: Tita é a filha mais nova de três irmãs e não pode casar, porque na família manda a tradição que a filha mais nova se mantenha solteira e cuide da mãe até á hora da morte. A mãe oferece então a mão de Rosaura, a filha mais velha, a Pedro que acaba por se casar com ela para ficar perto do seu amor, Tita. Esta durante o seu infortúnio conta com a criada índia (Nacha) que vai lhe soprando aos ouvidos receitas e conselhos na vida e na morte.Tita passa a expressar seus sentimentos através da comida que prepara.

Podia ser apenas mais uma história de amor, mas trata-se de um dos mais belos filmes do cinema latino-americano em todos os tempos. Foi a produção estrangeira de maior bilheteria nos Estados Unidos em 1993.

Alfonso Arau deu destaque para o cinema mexicano a partir dessa produção, sucesso de público e da crítica. Filme diferenciado, com estética e produção caprichadas. Agrada públicos sensíveis, passíveis de serem conquistados por uma história de amor impossível e aos amantes da mesa.

O DVD tem nos seus extras a receita erótica de codornas com pétalas de rosa.
Esta história é também um brinde ao amor que acredita, que ultrapassa todas as barreiras , que aceita e que sabe o que é importante e verdadeiro.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

HOTEL HOLETZ e o SALÃO HOLETZ

Hoje não vou falar de filmes mas da história do cinema em Blumenau.

O imigrante Moritz Holetz chegou a colônia de Blumenau em 1854. Nas décadas de 1880 e 1890, Moritz Holetz já oferecia hospedagem aos viajantes em sua propriedade, com frente para a atual Alameda Rio Branco e a Rua XV de Novembro e com fundos para o Ribeirão Garcia. O negócio hoteleiro parecia ser a vocação da família Holetz. Anos mais tarde, em 1901, iniciou a construção do Hotel Holetz.

A inauguração do mesmo ocorreu em 1º de Setembro de 1902.  Este empreendimento hoteleiro foi um marco arquitetônico em nossa cidade por quase sessenta anos, muitas vezes denominado “ O Majestoso Hotel Holetz”. Não sem razão foi constantemente citado nas memórias e relatos de viagem de imigrantes recém-chegados e viajantes que nele se hospedaram ou apenas o vislumbraram.

Estrategicamente bem localizado, nas proximidades do porto no qual chegavam os vapores e na entrada da cidade para que se utilizasse o acesso terrestre entre Itajaí e Blumenau, era facilmente visto pelos visitantes. Em março de 1959, começou a demolição daquele hotel que foi durante muitos anos, o principal hotel de Blumenau. Em seu lugar foi edificado dentro dos requisitos modernos o “GRANDE HOTEL BLUMENAU”.

Anexo ao então Hotel Holetz ficava o Salão Holetz, palco de muitas exibições cinematográficas até que em 15 de novembro de 1907 o empresário, Sr. Frederico Guilherme Busch Senior, estabelece-se ali e passa a fazer sessões periódicas. Em 1919, Busch importa equipamentos e filmes da Europa e batiza o local de Busch’s Kino (Cine Busch, em alemão). O local passa a ser ponto de encontro e diversão da sociedade Blumenauense e torna-se um empreendimento de sucesso, o que leva Busch a no fim da década de 30 demolir o salão e erguer o futuro Cine Busch.

Busch transfere então as atividades para o Clube Náutico América, onde hoje esta o prédio inacabado, ao lado do Biergarten. Como no salão do Clube Náutico América o piso era plano e não em declive existia uma recomendação para que as damas não usassem chapéu, senão as pessoas do fundo não veriam nada.

O projeto do novo Cine Busch foi realizado pelo engenheiro Antonio Vitorino Ávila Filho e o arquiteto Francisco Treska Jr. em linhas de Art déco e sua fachada foi baseada no pórtico de Breslau da Alemanha. Mesmo sem estar completamente pronto, no dia 29 de junho de 1940, o Cine Busch era reinaugurado.

O filme exibido na reinauguração foi o alemão “Allianz – Adolescência de Uma Rainha”. Na platéia havia 740 poltronas, a novidade era um balcão com 440 lugares.

Acompanhei com grande tristeza o fim das atividades do Cine Busch, após quase um século divertindo os Blumenauenses, em 1993.  Este pode ser considerado uma das primeiras salas fixas do Brasil. Junto com ele foi o meu mundo de sonhos e aventuras.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Laços de Ternura (1983)

Laços de Ternura tem uma história interessante em minha vida. Em 1983 eu e um grupo de amigos (entre eles Roberto Disse e Georges Rul) não perdíamos uma premiação do Oscar e sempre fazíamos apostas para ver quem acertava o maior número de indicações. Laços de ternura era um dos indicados. Lembro-me que eu e Georges tínhamos apostado em outro filme para vencedor de melhor filme, “ O Fiel Camareiro”. Na noite do Oscar reunidos tivemos uma imensa decepção, Laços de Ternura foi o vencedor. Havíamos criticado muito o filme dizendo que devia ser mais um dramalhão hollywoodiano. Bem, meses depois eu e Georges fomos ver o filme, sim meses, naquela época os filmes chegavam a Blumenau três ou quatro meses depois de lançados no eixo Rio-São Paulo. Fomos ao Cine Busch já com aquela idéia de vamos ver para provar nossa teoria e pasmem, ao final do filme ficamos os dois como dois babacas. O filme superou todas as nossas expectativas e opiniões.


Laços de Ternura, assim como a nós, fascinou o público e a crítica ficando em segundo lugar nas bilheterias dos Estados Unidos e Canadá num ano em que o primeiro lugar foi de ”O Retorno de Jedi”, o terceiro filme da trilogia Guerra nas Estrelas de George Lucas.

Usando um incrível toque de realismo na história de duas mulheres cativantes, mãe e filha, magistralmente interpretadas por Shirley MacLaine e Debra Winger, é uma oportunidade para se ver uma espécie de duelo de interpretações entre duas atrizes das que melhor expressam vulnerabilidade por trás de uma aparência forte. Além disso, a cumplicidade entre dois veteranos, MacLaine e Jack Nicholson. Nicholson traz nesse filme o melhor do seu lado cômico na interpretação de um ex-astronauta beberrão e mulherengo, vizinho de MacLaine.

O filme nos leva de momentos hilariantes ao mais profundo drama. O diretor James L. Brooks habilmente mostra as cenas desse relacionamento ao longo de trinta anos. E, sim, é uma história de gente comum, gente como a gente, relações afetivas, relações familiares, ou seja, o tipo de filme que eu gosto.

Inesquecível também é a musica tema de Michael Gore.

O Filme teve 11 indicações ao Oscar e levou cinco: Melhor Filme, Melhor Atriz - Shirley MacLaine, Melhor Ator Coadjuvante - Jack Nicholson, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado - James L. Brooks.

Prêmios:

- Oscar® (1983):
Vencedor de Melhor Filme, Atriz (Shirley MacLaine), Ator Coadjuvante (Jack Nicholson), Diretor e Roteiro Adaptado.
Indicado a Melhor Atriz (Debra Winger), Direção de arte, Edição, Trilha sonora e Ator Coadjuvante (John Lithgow)

- Globo de Ouro (1984):
Vencedor de Melhor Filme, Atriz (Shirley MacLaine) e A tor Coadjuvante (Jack Nicholson)

- Associação dos Críticos de Nova York (1983):
Vencedor de Melhor Filme, Atriz (Shirley MacLaine) e Ator Coadjuvante (Jack Nicholson)


Dica: Adquiri o filme na Livraria Catarinense do Shopping Neumarkt.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Balzac e a Costureirinha Chinesa (2002)

Este drama Chinês baseado em fatos reais e no livro do próprio diretor, Sijie Dai, se desenrola durante a Revolução Cultural promovida por Mao-Tse Tung na China dos anos 70.


Luo e Ma, dois jovens universitários de Pequim são enviados para as montanhas para a reeducação cultural. Num verdadeiro paraíso de paisagens deslumbrantes (esplendidamente fotografadas pelo premiado Philippe Rousselot) , eles trabalham a terra, descobrem a amizade, tentam se livrar do perigoso chefe local. Lá também conhecem a costureirinha do povoado, com quem iniciam uma amizade e por quem se apaixonam. Num país onde a leitura era proibida, Luo, Ma e a costureirinha vão desafiar as duras regras escondendo livros ocidentais de grandes autores como Balzac.

Indicado ao Globo de Ouro de Filme em Língua Estrangeira é um filme muito intimista, poético e sensível, que vai nos envolvendo na cultura do pequeno povoado com suas crenças e tradições

Singelo e doce, alegre e comovente, Balzac e a Costureirinha Chinesa é uma pequena obra prima do cinema.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Fim da Escuridão (2010)

Mel Gibson andava desaparecido das telas desde que estrelou o ótimo, mas incompreendido “Sinais” (2002), ele deixou de lado a atuação e foi para trás das câmeras, onde fez o polêmico “A Paixão de Cristo”e o violentíssimo Apocalypto.



Foram-se quase oito anos, mas ele está de volta. E mais uma vez encarna um personagem que anda no limite entre o certo e o errado lembrando muito seu personagem de “O Troco”, agindo por sua própria conta e risco baseado em suas crenças pessoais. Em O Fim da Escuridão (Edge of Darkness, 2010), Thomas Craven (Gibson) é um policial do departamento de homicídios de Boston.

Sua Filha vem visita-lo e no caminho para casa ela começa a passar mal. Quando eles estão saindo em direção a um hospital, um furgão para na frente da casa. De lá vêm um grito - "CRAVEN" - e um único tiro, que acerta Emma. Quais os motivos que levaram ao assassinato? Quem ia querer Craven morto? Disposto a vingar a morte da filha, Thomas começa a sua investigação paralela, e do seu jeito.



O grande problema do filme são os roteiristas, que desde o começo dão mais pistas do que deveriam. Talvez por terem que transformar uma premiada minissérie inglesa de 6 horas para os 120 minutos do filme. Deste modo o que era um poderoso suspense cheio de intrigas envolvendo conglomerados gigantes e política vira um filme de vingança.



O filme só funciona, pois conta com uma competente equipe técnica liderada pelo diretor Martin Campbell (Cassino Royale) e, principalmente, pela atuação de Mel Gibson, que fica ainda melhor quando ele divide a tela com Ray Winston no papel de um inglês de fala mansa contratado para "limpar a sujeira" antes que ela se espalhe ainda mais.



Não quero dizer que “O Fim da Escuridão” seja um mau filme, mas tive o sentimento que ficou faltando alguma coisa, tipo uma sensação de que o filme poderia ser muito melhor. Para os fãs de Mel Gibson, aqui esta uma boa oportunidade de ver o velho “Mad Mel” dos anos 80.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um Sonho Possível (2009)

Depois de assistir a “Um Sonho Impossível” fiquei surpreso por sua indicação entre os dez candidatos a Melhor Filme na premiação do Oscar deste ano. Mas refletindo sobre o filme, vi que o mesmo tem uma história que tem sua força própria, talvez por se basear em um fato verídico ou talvez por mostrar-nos aquele lado que acredita no Bem maior, mas não tem a coragem de agir com as próprias mãos. Então é mesmo mais fácil projetar-se em Leigh Anne Toughy as esperanças de uma humanidade caridosa e altruísta e ao final do filme acreditar que realmente é possível ajudar o próximo.


O filme é baseado na história verídica do atual atacante dos Baltimore Ravens, contada no livro The Blind Side: Evolution of a Game.

Big Mike (Quinton Aaron) é negro, obeso e filho de uma mãe viciada.Marcado pela rejeição, Big Mike cresceu pulando de um lar adotivo para o outro sem nunca encontrar acolhimento verdadeiro. Os vários traumas de sua infância fazem com que ele pareça um grande vazio intransponível. Ele finge indiferença e burrice, beirando aparentar deficiência mental - mecanismos de defesa psicológica contra mais traumas. Quanto menos envolvimento ele tiver com o que acontece ao seu redor, menor será a dor, lição que aprendeu com a mãe.

Sua vida começa a mudar quando ele cruza o caminho da família Tuohy, o mais perfeito exemplo do sonho americano: Leigh Anne( Sandra Bullock) é a mãe, uma perua rica, mas consciente e de valores cristãos; seu marido, Sean (Tim McGraw), é um ex-jogador de basquete: e seus dois adoráveis filhos: a insossa adolescente Collins (Lily Collins) e o espevitado S.J. (Jae Head).

Ao encontrar Big Mike sozinho na rua em uma noite fria, Leigh Anne decide simplesmente levá-lo para sua casa e dar-lhe uma cama, comida e basicamente tudo que ele nunca teve: uma família estruturada. Os Tuohy então o acolhem, acreditam em seu potencial e incentivam seu desempenho nos esportes. Como força motriz deste processo de superação está Sandra Bullock, lutando até quando o próprio Big Mike pensa em desistir.

Sandra que até o momento nunca me havia surpreendido como atriz, tendo uma carreira volta para filmes com ônibus desgovernados e comédias românticas histéricas, mas aqui rouba todas as cenas com um desempenho maduro, mas sem deixar de ser Sandra Bullock com seus trejeitos.

Com a direção fraca de John Lee Hancock, o filme é tocante, mas beira o artificial - ele é feito para atingir diretamente o emocional do espectador. Temos aqui uma história de amor, um amor altruísta, que está disposto a se doar ao próximo sem esperar nada em troca.

Veja!

domingo, 13 de junho de 2010

Querido John (2010)

Lasse Hallströn já nos deu ótimos filmes (Minha vida de cachorro e Regras da Vida), mas com Querido John caiu na pieguice total. O Filme baseado no Bestseller de Nicholas Sparks, conta a história de amor entre uma menina boazinha e um soldado, o roteiro se baseia na troca de cartas uma vez que, ele esta de serviço no exterior após os acontecimentos de 11 de setembro. A história é uma releitura do príncipe encantado que é mandado para missões distantes e com isso fica distante de sua amada. A dupla central de atores tem  interpretações fracas de seus protagonistas. Amanda Seyfried até se esforça, mas o máximo que ela consegue é esboçar olhares doces e lacrimosos. Channing Tatum é pior, tanto pela total falta de expressão facial como pelo fato de se deixar dominar pelo tipo bravo soldado, ficando difícil arrancar um olhar que, de longe, lembre algo amoroso.
A melhor surpresa do filme fica por conta de Richard Jenkis, intérprete do pai do protagonista e portador de um distúrbio comportamental, que nos da uma interpretação sensivel e sincera.

Trata-se de uma história açucarada e apelativa. Apropriado para ser visto por um casal em um final de domingo... Uma história bobinha e piegas.

Perdi meu tempo.

Um Estranho no Ninho (1975)

Um dos grandes filmes da década de 70. Uma ode a liberdade do individuo perante a opressão do sistema. este filme baseado na obra do escritor Ken Kesey, teve seu direitos comprados pelo ator Kirk Douglas, que levou a obra ao teatro, onde foi um retumbante fracasso.Após varias tentativas de levar a obra para as telas de cinema, Kirk cedeu os direitos para seu filho Michael Douglas que junto com o produtor Saul Zaentz ( Amadeus e Paciente Ingles) conseguiram levar a obra para os cinemas.
O filme conta a história de Randle McMurphy (Jack Nicholson, que levou o Oscar de Melhor Ator) é condenado a alguns meses de prisão por namorar uma garota de 15 anos. Para fugir da obrigação de cumprir a pena em uma prisão, e vai para um hospital para doentes mentais para ser avaliado. No novo lar temporário, percebe que seus "companheiros" poderiam estar nas ruas tanto tempo quanto ele, e passa a estimulá-los com artifícios como jogo de carta, de bola. atividades em grupo. Ganha a admiração e o respeito deles, desrespeitando o autoritarismo e despertando um profundo desprezo da sádica enfermeira-chefe Mildred Ratched (Louise Fletcher,que levou o Oscar de Melhor Atriz). McMurphy se recusa a respeitar as normas do hospital e poe em xeque a autoridade da enfermeira Ratched. O antagonismo entre os dois cresce e gera dramáticos conflitos, e que podem chegar a resultados inesperados. Para todos os que vivem naquele "hospício".

Foi ótimo rever o filme, e hoje mais maduro tive uma visão diferente do mesmo,o filme nos toca profundamente, fazendo rir, questionar e nos emocionar com o personagem apaixonante de Nicholson! Melhor definido nas palavras do Roteirista, no Makink Off (Dvd): “Desde que nascemos gostamos de fazer parte do sistema. E isso é o que desejamos, exceto inventar nós mesmos. E McMurphy, em sua criminalidade e loucura e em sua obsessão, entende isso melhor do que ninguém.“
Foi ótimo rever o filme, e hoje mais maduro tive uma visão diferente do mesmo.
 Drama contundente que marcou os anos 70, indicado em 1975 a nove prêmios Oscar, levando 5 dos premios principais.

Não deixe de ver!

terça-feira, 8 de junho de 2010

BASTARDOS INGLÓRIOS (2009)

Tarantino de volta a velha forma. O Filme transcorre durante a Segunda Guerra Mundial, na França invadida pelos nazistas, um grupo de soldados americanos de sangue judeu, conhecido como ‘Os Bastardos’, é selecionado para espalhar medo para aqueles que impuseram as duras regras do Terceiro Reich. A missão do grupo, liderado pelo visceral tenente Aldo Raine (Brad Pitt – extremamente canastrão), é escalpelar e exterminar brutalmente os nazistas, sem medir conseqüências. No caminho, a tropa se une a uma francesa. Também de origem judaica, ela trabalha em uma sala de cinema de Paris, para onde fugiu depois de um conflituoso embate com os soldados alemães que, agora, a vêem como um alvo. Tarantino reescreveu a historia da Segunda Guerra nesta mistura de comedia de humor negro e drama, e como em Pulp Fiction e Kill Bill os personagens são sanguinolentos, frios, pragmáticos, expressivos, enfim, personagens típicos de Tarantino. Como sempre o diretor faz um filme pop – que alguns podem amar e outros odiar. Quem também esta impagável é Christoph Waltz como um coronel da SS. Nos extras se encontra um pequeno filme denominado “Orgulho da Nação” Veja e se surpreenda!

sábado, 5 de junho de 2010

Fúria de Titãs (2010)

A história conta a saga de Perseu, filho de Zeus, que é criado entre os mortais e tem sua família “de criação” consumida por Hades, o deus do inferno. Assim, Perseu inicia sua batalha contra os deuses, se unindo a Io, sua guia espiritual, ao guerreiro Draco e ao rei-fera Acrisius, na tentativa de salvar a princesa Andrômeda. Remake de "Fúria de Titãs" de 1981, ultimo filme do mestre do Stop Motion, Ray Harryhausen.
 Não que a primeira versão fosse uma obra prima, mas tinha o seu charme e apostava na história de amor entre Perseu e Andrômeda. Esta versão de 2010, dirigida por Leterrier  é feita para a geração MTV com muita adrenalina , muita fúria e muitos efeitos especias como é normal nas atuais produções, deixando a lenda grega totalmente ao relento.
Mesmo que as  grandes mudanças na história não afetem o contexto, o maior problema desta nova produção é sem dúvida a falta de uma narrativa consistente. O roteiro é fragmentado e repleto de clichês, "Fúria de Titãs", se resume aos seus efeitos especiais, para esconder a pobreza do roteiro.
Os buracos na narrativa são tão grandes que alguns momentos da historia não fazem sentido. Esse é o caso de Calibos, que deixa de ser vilão para se tornar um assecla de Hades. Outro ponto é o casal real Kepheus e Cassiopeia, que desafiam os deuses e desaparecem da trama.
O cinema passou por muitas transformações nos últimos 30 anos. No entanto, é visivel a falta de qualidade de "Fúria de Titãs" na hora de contar uma boa história.
Se voce realmente não tiver nada melhor para fazer, desligue o seu senso critico e boa diversão.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Feios, Sujos e Malvados (1976)

Scola nos deu uma comédia com uma acidez corrosiva, uma visão insólita de uma família favelada. O filme aponta para o genocídio cultural que ocorre neste ambiente de pobreza, luxúria e marginalização. Apesar de viverem em um ambiente sub-humano, este grupo de pessoas tem apenas a visão de adquirir o supérfluo, mesmo que para isto tenham que roubar, matar ou se prostituir.

Vencedor do Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes, "Feios, Sujos e Malvados" é uma das obras-primas do cineasta Ettore Scola (Um Dia Muito Especial). O filme relata o dia-a-dia de Giacinto (Nino Manfredi) que mora com a esposa, os dez filhos e vários parentes, num barraco, em uma favela de Roma. Todos querem roubar o dinheiro que ele ganhou do seguro por ter perdido um olho quando trabalhava. A situação fica ainda pior quando ele decide levar uma amante para dentro de casa. Scola expõe a vida diária destas pessoas , isentando-as de qualquer julgamento, apenas retratando os personagens da maneira mais humana possível, expondo-as a situações que as vezes beiram ao absurdo, ao grotesco deixando o espectador decidir se ri ou se enoja com as ações e imagens mostradas na tela. O filme tem cenas memoráveis, como as crianças enjauladas, a velha que aprende inglês assistindo televisão, entre outras. Este filme, na sua retratação da tragicômica da miséria, nos cativa, nos faz rir, nos choca de uma maneira inexplicável.