sexta-feira, 25 de julho de 2014

Era Uma Vez na América

A Warner Bros. anunciou o lançamento de Era Uma Vez na América, último filme do italiano Sergio Leone em versão do Diretor, em alta definição.
Este épico sobre a máfia estrelado por Robert de Niro, James Woods e Joe Pesci, testamento do grande Leone ganhara uma edição especial em setembro no EUA, infelizmente até o momento não sabemos se o mesmo acontecera em nosso país.
No Brasil já existiram 2 versões em DVD e uma em Blu-ray.

A primeira versão em DVD foi pela Flashstar com 227 min., e o filme ocupava os dois lados do disco. Sendo os capítulos 01 a 31 em um lado e os capítulos 32 a 58 em outro e como extra apenas o trailer.


Mais tarde a Warner lançou em DVD uma bela edição com capinha e com dois discos, sendo esta versão com 229 min. O filme esta dividido nos dois discos e como extra traz: Comentário do Crítico Richard Schickel; Era uma Vez Sergio Leone (20');Featurette sobre o diretor do filme.

A versão lançada em alta definição pela Warner é a mesma lançada em DVD pela produtora.
O filme foi exibido originalmente em Cannes, em 1984, em uma versão com quatro horas de duração. Porém, quando estreou no circuito comercial, sua duração foi reduzida a míseros 134 minutos e foi remontado. Posteriormente, nos anos 90, ainda houve uma versão para TV, com 229 minutos, e em 2012 o filme ganhou outra exibição  em Cannes, em sua edição original.

Agora, a Warner prepara um box que contém a edição do diretor, com 251 minutos. Que ainda inclui um encarte de 32 páginas, um documentário de making of e a versão exibida comercialmente na década de 80. Um presente para os cinéfilos de plantão.

Não conte o final a ninguém.........

Ola pessoal!

Não sei quem foi o autor deste artigo, pois recebi pela internet, mas resolvi posta-lo pois achei muito legal
Uma forma bastante manjada, usada pelos grandes estúdios como forma de merchandising de suas produções, é colocar em seus meios de divulgação (que incluem trailers, chamadas de televisão, pôsteres e páginas oficiais), a frase: “Não conte o final deste filme a ninguém”. Usando um pouco de bom senso, não é correto sair contando os finais de filme nenhum a ninguém, porém, o uso desta frase nunca deixa de causar uma espécie de alerta à curiosidade do expectador, que se sente quase que na obrigação de ir ao cinema, nem mesmo por interesse pelo filme em si, mas pela vontade de matar a curiosidade e conferir o “final surpreendente”. Muitas vezes este final não corresponde à altura das expectativas do público.
Tal estratégia foi utilizada em “A Vila” (2004), de M. Night Shyamalan, e no lançamento “O Amigo Oculto”. Este último utilizou deste meio, uma forma diferente de chamar a atenção do público: todos os rolos com o filme foram entregues às distribuidoras sem o final, deixando os rolos com a conclusão do longa para serem entregues em mãos, apenas momentos antes de sua primeira exibição, tudo para que o final não fosse descoberto com antecedência e revelado na Internet. Sem dúvidas, foi um lance muito inteligente, pois essa estratégia da FOX logo caiu no conhecimento da mídia e do público, atenuando cada vez mais a curiosidade a respeito do conteúdo do “final misterioso”.
Afinal, o que podemos classificar como um “final surpreendente”? È, simplesmente, aquele desfecho da história que pode durar poucos segundos, e nos fazer, após o término do filme, repassar toda a história em nossas cabeças, reimaginando tudo sob uma forma totalmente diferente do que foi vista pela primeira vez. Em outras palavras, um filme com “final surpreendente” é uma obra que brinca com o expectador, fazendo-o acreditar estar entendendo a história, quando, no final, nada é como ele imaginava.
Fiz aqui uma lista de dez filmes que seguem esse estilo. Com certeza eles farão você surpreender-se com os seus respectivos finais:

1 - PSICOSE (1960)
Este grande clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock (de “Os Pássaros” e “Janela Indiscreta”), é, sem dúvidas, um dos melhores suspenses da história. Prima pela direção frenética de Hitchcock, uma trilha sonora mais do que marcante,e a atuação perfeita de Anthony Perkins como o calmo e simples, porém lunático, Norman Bates. Uma pena foi o fato de o diretor Gus Van Sant ter tido a idéia de refilmá-lo em cores, no ano de 1999, estragando todo o charme do original. Destaque no filme para a famosa cena do assassinato no chuveiro, além, é claro, da grande reviravolta do final. Janet Leigh interpreta uma secretária que rouba 40 mil dólares para que possa casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega a um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, que diz não desejar a presença de uma estranha. Mal sabe a moça o que virá a acontecer em apenas uma noite neste motel.



2 - OS SUSPEITOS (1995)

Este excelente filme dirigido por Bryan Singer (dos dois “X-Men” e “O Aprendiz”), criou um dos vilões mais assustadores do cinema, sem sequer sabermos quem ele é até o último segundo do filme, Só ao pronunciar o seu nome, Keyser Soze, já nos dá um frio na espinha. Kevin Spacey dá aqui um verdadeiro show de interpretação, em que, merecidamente, recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua interpretação. Spacey vive Roger “Verbal” Kint, um criminoso com deficiência física que narra para um policial (interpretado por Chazz Palmiteri) uma chacina ocorrida em um cais. Esta tragédia resultou em 27 mortos e 91 milhões de dólares desaparecidos, e o único fato sabido, é da existência do nome de Keyser Soze por trás de tudo. Reviravoltas são detalhes que não faltam nessa produção. O final, realmente é de deixar todos com o queixo no chão, e intimidados perante o show dado por Kevin Spacey. Também merecido, o filme recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original.


3 - O SEXTO SENTIDO (1999)
Em seu ano de lançamento, o tal “final surpreendente” foi comentado em toda esquina, e o público ficou conhecendo a grande vocação do diretor M. Night Shyamalan de fazer suspense. “O Sexto Sentido” deu início à uma onda de filmes com temas que envolvem o sobrenatural, apelativos para os sustos, e com a obrigação de forçar um final surpresa. Recebeu seis indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Haley Joel Osment), Melhor Atriz Coadjuvante (Toni Collette), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. Bruce Willis interpreta um psicólogo infantil que busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes lhe deu um tiro e, em seguida, suicidou-se em sua frente. Seu personagem assume o caso de um garoto de oito anos, interpretado pelo talentoso Haley - Joel Osment (indicado ao Oscar), que tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Um dia, o menino revela para o psicólogo a razão de tanto medo: ele possui o dom de ver pessoas mortas.


4 - AS DUAS FACES DE UM CRIME (1996)
Com este thriller de tribunal, o mundo ficou conhecendo o talento de Edward Norton, que fazia o seu primeiro filme e, de cara, ganhou o Globo de Ouro, e foi indicado para o Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Norton interpreta um jovem de 19 anos preso sob a acusação de assassinar um arcebispo com 78 facadas. Um ex-promotor (Richard Gere), que se tornou um advogado bem-sucedido, propõe defendê-lo, sem cobrar honorários. Ele tem um motivo para isto: adora ser coberto pela mídia, além de ter uma incrível necessidade de vencer. O jovem demonstra ser muito calmo e tímido, mas logo mostra sofrer de dupla-personalidade e se torna uma pessoa rude, de péssimo caráter, capaz de fazer qualquer coisa. O filme é envolvente e faz o expectador simpatizar com o jovem tímido, e, ao mesmo tempo, sentir raiva da sua segunda personalidade, deixando a sua possível inocência em dúvida. O filme possui grandes momentos de tensão, e a química entre os personagens de Richard Gere e Edward Norton é muito envolvente.


5 - CLUBE DA LUTA (1999)
Neste chocante longa do cineasta David Fincher (que já havia dirigido Brad Pitt em “Seven”), existe muito mais do que lutas e violência como muitos enxergam. Por trás de todo o roteiro há uma grande crítica ao capitalismo e o consumismo, de forma bastante inteligente. Edward Norton interpreta um executivo que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Ele vive em loucura progressiva e, para driblar suas crises de insônia, extravasa sua ansiedade em sessões de terapia grupal, ao lado de gente com câncer, tuberculose e outras doenças, pois é só no meio de moribundos, que ele se sente vivo e assim consegue dormir. Repentinamente, entra na sua vida Tyler Durden (Brad Pitt), um maluco que tem a idéia de por à prova seu instinto animalesco em combates corporais, fundando o “Clube da Luta”. Com o tempo, Tyler demonstra que seus planos vão além da criação do clube, uma mania, que ganha adeptos no país inteiro.



6 – AMNÉSIA (2001)
De certa forma, é até covardia citar “Amnésia” nesta lista de finais surpreendentes, pois o filme consegue nos surpreender a cada cinco minutos através de sua narrativa de trás para frente, de modo que nunca sabermos exatamente o que está ocorrendo com o personagem de Guy Pearce. Por outro lado, o final (que na verdade equivale ao começo da história) é a chave para tantas reviravoltas, e, pode acreditar, é mesmo impressionante. “Amnésia” foi a maior surpresa do ano de 2001, aparecendo discretamente nos cinemas, e logo virou cult pelo seu roteiro e sua montagem geniais (ambos indicados ao Oscar). Revelou ao mundo o diretor Christopher Nolan, que este ano, será o responsável por trazer o Homem-Morcego de volta às telas. Guy Pearce interpreta um homem que sobrevive a um ataque de um ladrão em que perde a sua mulher, e passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que aconteceu poucos instantes antes. Ele parte em uma jornada pessoal, a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la.


7 – SEVEN – OS 7 CRIMES CAPITAIS (1995)
Um filme impressionante em todos os aspectos. Esta é a definição para “Seven”. É ao lado de “O Silêncio dos Inocentes”, em minha opinião, o melhor filme do gênero. O tal “final surpreendente” deste, foge um pouco do estilo dos outros desta lista, pois ao contrário dos outros, ele não muda todo o resto da história, brincando com nossa imaginação. Ou melhor, ele mexe, sim, com nossa imaginação, mas apenas no exato momento, fazendo imaginarmos imagens angustiantes não mostradas, e atiçando nossa curiosidade. O final de “Seven”, chega a ser um dos mais chocantes e inteligentes já feitos para o cinema, chegando a ser perturbador e genial. Brad Pitt interpreta um policial jovem e impetuoso, e Morgan Freeman, um policial maduro e prestes a se aposentar. Os dois são encarregados de uma perigosa investigação: encontrar um assassino em série que extermina as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais.


8 - O SUSPEITO DA RUA ARLINGTON (1999)
Este é o caso de um filme pouco visto, mas que merece ser conferido pelo seu roteiro muito bem desenvolvido e, principalmente, pelo duelo de interpretações entre Jeff Bridges e Tim Robbins, ambos muito bem em uma verdadeira batalha de egos. O final, além de surpreender, nos faz refletir sobre a situação mundial de que em todo canto do planeta existem grupos terroristas planejando algo sobre pessoas inocentes. Brigdes interpreta um professor de História que faz amizade com seus novos vizinhos (Tim Robbins e Joan Cusack), logo após ter salvado o filho do casal. No começo, tudo parece correr bem entre a sua família e a deles, mas logo começa a desconfiar que há algo suspeito, e passa a investigar sobre o passado de seu vizinho, descobrindo diversos fatos obscuros. Ele, então, começa a tomar consciência do perigo pelo qual ele e sua família estão passando, e resolve ir a fundo em suas investigações, descobrindo um plano terrorista que visa explodir um prédio público.


9 – OS OUTROS (1999)
Pelo fato de ter estreado aqui depois de “O Sexto Sentido”, seu final, apesar de muito impressionante, não provocou o mesmo impacto no público, mas, nem por isso, tirou o prestígio desse ótimo filme. Nicole Kidman está em um de seus melhores momentos, vivendo uma mulher que, durante a 2ª Guerra Mundial, decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos, seguindo, religiosamente, certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa, diversos acontecimentos estranhos e assustadores começam a acontecer.


10 – CORPO FECHADO (2000)
O diretor M. Night Shyamalan acabou usando os “finais surpreendentes” como a sua marca registrada. Após impressionar o mundo com “O Sexto Sentido”, ele volta a dirigir Bruce Willis, mas agora sem crianças que vêem mortos. Mesmo não tendo um final de impacto como em seu filme anterior, “Corpo Fechado” também surpreende, mostrando os lados que às vezes não costumamos enxergar nas pessoas. Shyamalan, desta vez, foca o mundo dos super-heróis, de forma muito bem feita, através de suas filosofias de como viver e agir em um mundo humano. Bruce Willis interpreta David Dunne, um segurança de estádio de futebol que sobrevive a um espantoso desastre de trem, o qual todos os passageiros morrem e ele sai ileso, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que tem uma deficiência: possui ossos frágeis, vulneráveis a qualquer pancada. Elijah tenta convencer David de que ele é exatamente o oposto dele, que ele seja um super herói “inquebrável”.


Acrescentei mais alguns que acho dignos de estar na lista.

11 – O PLANO PERFEITO (2006)
Aqui Spike Lee inicia seu filme com quatro pessoas vestidas com uniformes de pintor entram no movimentado banco Manhattan Trust. Em poucos minutos elas controlam o local, para a realização de um assalto planejado em detalhes. Após a notícia do assalto ser divulgada chegam ao local os detetives Keith Frazier (Denzel Washington) e Bill Mitchell (Chiwetel Ejiofor), que têm a missão de fazer contato com o líder dos bandidos, Dalton Russell (Clive Owen). Os detetives trabalham com o auxílio do capitão John Darius (Willem Dafoe) e esperam que a situação seja resolvida rapidamente. Porém eles não contavam com a frieza e inteligência de Russell, que parece estar sempre um passo à frente das ações da polícia. Quando a capacidade de Frazier começa a ser posta em dúvida surge Madeline White (Jodie Foster), uma poderosa jogadora que solicita um encontro particular com Russell.


12 – OS SUSPEITOS (2013)
Boston, Estados Unidos. Keller Dover (Hugh Jackman) leva uma vida feliz ao lado da esposa Grace (Maria Bello) e os filhos Ralph (Dylan Minnette) e Anna (Erin Gerasimovich). Um dia, a família visita a casa de Franklin (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis), seus grandes amigos. Sem que eles percebam, a pequena Anna e Joy (Kyla Drew Simmons), filha dos Birch, desaparecem. Desesperadas, as famílias apelam à polícia e logo o caso cai nas mãos do detetive Loki (Jake Gyllenhaal). Não demora muito para que ele prenda Alex (Paul Dano), que fica apenas 48 horas preso devido à ausência de provas contra ele. Alex na verdade tem o QI de uma criança de 10 anos e, por isso, a polícia não acredita que ele esteja envolvido com o desaparecimento. Entretanto, Keller está convicto de que ele tem culpa no cartório e resolve sequestrá-lo para arrancar a verdade dele, custe o que custar.



Aproveite as dicas - Só não conte o final para ninguém....

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

DISTRITO 9 em Blu-ray

DISTRITO 9 (District 9), foi uma das grandes surpresas cinematográficas de 2009, esta produção de  Peter Jackson teve um baixo orçamento para um filme do gênero – custou apenas  30 milhões de dólares, um valor irrisório para Hollywood, e arrecadou esta quantia apenas no seu fim de semana de estreia. Beneficiado por críticas e propaganda boca a boca mais do que positivas, o longa tornou-se um sucesso artístico e comercial, obtendo três indicações ao Oscar 2010.

A parceria entre o produtor Peter Jackson e do diretor Neill Blomkamp resultou num dos filmes de ficção científica mais original dos últimos anos.

O filme com excelentes efeitos especiais e realismo impactante, trata do primeiro contato da humanidade com extraterrestres, que chegam a Terra aparentemente sem meios de retornar para seu mundo e acabam tendo de coexistir com a humanidade, exilados em uma favela nos limites de Johanesburgo, na África do Sul. Depois de tomar conhecimento do misterioso segredo da tecnologia bélica extraterrestre, um solitário humano (Sharlto Copley) passa a ser caçado pelas imundas vielas da favela alienígena e descobre o que significa ser um completo estranho em seu próprio planeta.

Através deste argumento Neill Blomkamp acaba referência direta a aspectos históricos e políticos da segregação racial que por décadas imperou na África do Sul, o que ganha força adicional pelo fato de o filme se passar em Johanesburgo e ser dirigido por um sul-africano. O diretor adota um estilo de falso documentário, e assim descobrimos, através de depoimentos “reais”, que a nave mãe dos ETs surgiu sobre Johanesburgo nos anos 1980, com seus tripulantes em péssimas condições de saúde. Como imigrantes ilegais, as criaturas foram confinadas na favela miserável chamada Distrito 9, onde vivem em condições precárias e são explorados por criminosos nigerianos.

DISTRITO 9 é um filme inteligente, provocante,  tecnicamente impecável com segmentos que não ficam nada a dever aos melhores filmes de ação de Hollywood. Se você o perdeu quando foi exibido nos cinemas, não deixe passar a oportunidade de vê-lo agora em casa, especialmente na alta definição do Blu-ray, uma vez que o filme foi rodado com a nova câmera de ultra definição (4K) “Red One”, possuindo uma imagem excelente, que coloca você bem no meio do ensolarado e estranho ambiente do Distrito 9.
Sobre o  Blu-ray

DISTRITO 9 é distribuído pela Sony. E segundo informações foi originalmente autorado para o mercado europeu, assim além de trazer ótimos extras todos legendados em português do Brasil, o Blu-ray é de um primor técnico impar. O espectador já consegue vislumbrar o capricho do BD capricho já no carregamento dos menus animados, onde você tem de optar pelo ícone “humano” ou “alienígena”. De acordo com a escolha, temos visuais diferentes nos menus. Como o filme foi rodado em alta definição de última geração, o que se reflete na espetacular imagem proporcionada na transferência anamórfica 1080p/AVC MPEG-4 na proporção original de tela 1.85:1.  As cores são vibrantes e firmes, nesta bela transferência HD que pode ser considerada de referência.
 A qualidade do áudio é de primeira e temos mixagens Dolby Digital 5.1 nos idiomas espanhol, russo e ucraniano, e DTS-HD 5.1 Master Áudio em inglês e português.

 Os Extras

Se o Blu-ray de DISTRITO 9, na parte técnica, é excelente, também no que toca a extras merece elogios. E tudo está em alta definição (HD) e exceto pelos trailers, com legendas em português – inclusive o comentário em áudio.

· BD Live;
· Comentários do Diretor e Coautor Neill Blomkamp ;
· Johanesburgo Vista de Cima: Imagens de Satélite e Mapas de Distrito 9.;
· Cenas Excluídas (23:28min.) ;;
· A Agenda Alienígena: Diário do Cineasta (34:19min.) ;
· Metamorfose – A Transformação de Wikus (9:52min.) ;
· Inovação: A Atuação dos Atores e Improvisações em Distrito 9 (12:05min.) ;
· Concepção e Design: Criação do Mundo de Distrito 9 – (13:18min) ;
· Geração Alienígena: Efeitos Visuais em Distrito 9 (10:18min.) ;
· Trailers – Trailers de outros lançamentos da Sony em Blu-ray.

Livraria Catarinense

Protegendo o Inimigo em Blu-ray

O diretor Daniel Espinosa, filho de um chileno com uma sueca, faz sua estreia em Hollywood com Protegendo o Inimigo e se sai bem.

Protegendo o Inimigo (Safe House) é um filme com personagens manjados e reviravoltas esperadas, mas é uma boa sessão de ação. O filme nos remete a outro filme com a mesma premissa Dia de Treinamento. Aqui temos novamente Denzel Washington (Tobin Frost) vivendo o cara descolado, de fala mansa e arroubos de violência, que ensina algumas lições de hombridade para o jovem novato, vivido por Ryan Reynolds (Matt Weston). Matt é o "zelador" de uma casa secreta da CIA na África do Sul, para onde são levados prisioneiros perigosos. Matt espera há meses ser promovido para sair logo daquele buraco. Mal imagina ele que, quando chega para ser interrogado na casa o lendário Tobin Frost, ex-integrante da CIA que agora é caçado como traidor, sua rotina nunca mais será a mesma e ao longo do filme, ele aprenderá como-é-duro-ser-um-agente-da-CIA-de-verdade, segundo Tobin.

A primeira meia hora da produção é excelente. Apresenta bem os personagens e muita ação. A trama se propõe a algumas reviravoltas previsíveis, o que acaba prejudicando o desempenho final. Ainda assim, merece elogio pela construção da relação entre Matt e Tobin. Reynolds e Washington possuem uma boa química e são ajudados por um roteiro que privilegia a dinâmica entre a dupla.


O ritmo de Protegendo o Inimigo é acelerado o suficiente pra suprir essas situações-clichê que ocorrem ao longo do filme. A fotografia saturada de Oliver Wood, e a granulação, que parece aumentar o calor da África do Sul, combinam com o caos. Oliver Wood, que trouxe toda sua experiência da trilogia A Identidade Bourne trouxe alguns elementos do cinema de Paul Greengrass para as sequências de ação. Outro ponto que impressiona são as  cenas de lutas corpo a corpo, principalmente no que diz respeito a brutalidade e a naturalidade.

Ryan Reynolds também merece um reconhecimento. Assim como Ethan Hawke em Dia de Treinamento, ele corre atrás e mantém o pique pra não ser engolido por Denzel Washington e consegue, nem que seja por um instante, apagar a imagem de galã asséptico e convencer como herói de ação.

Curiosamente, a produção foi pensada para ser filmada nas favelas do Rio de Janeiro, mas os realizadores acabaram desistindo por questões de logística e segurança.

Em seu primeiro projeto nos Estados Unidos, Daniel Espinosa já se apresenta como um cineasta a ser observado. Além de mostrar talento na direção, ele teve o mérito de se cercar de pessoas muito competentes no desenvolvimento de um ótimo filme.

O Blu-ray lançado pela Universal traz as faixas de áudio em 5.1 DTS-HD MA – Inglês, DTS Surround 5.1 - Português  e DTS Surround 5.1 – Espanhol e opções de legendas em Português, Espanhol, Inglês SDH.
A belíssima fotografia do filme esta em  Widescreen Anamórfico 2.40:1 com resolução de 1080p.

Esta edição vem com extras caprichados, veja a lista abaixo;
* A Produção de Safe House 
* Ação Mano a Mano 
* Filmando o Ataque de Safe House 
* Construindo a Perseguição no Telhado 
* Por Trás da Ação 
* Dentro da CIA 
* Porto Seguro: Cidade do Cabo 
* Mais - Controle-U - Picture in Picture / Explorador de Cena em Trechos Selecionados do Filme 




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os Agentes do Destino em Blu-ray

Livremente baseado no conto The Adjustment Team (1954), de Philip K. Dick (1928-1982), do qual também são as historias de Blade Runner, O Vingador do Futuro e Minority Report: A Nova Lei, este aborda o tema ou conflito entre livre arbítrio e predestinação, tema tão discutido e debatido por filósofos, teólogos e em conversas de botequim que afinal é o grande dilema da vida. A pergunta é “Você pode fazer as suas escolhas ou tudo já esta escrito e você pode apenas virar as paginas do seu livro?". Não tive a oportunidade de ler o conto original, mas segundo informações o filme usa apenas uma sombra da premissa da obra original.

Philip K. Dick escrevia sob a influencia de drogas e via com enorme pessimismo o futuro. Para Hollywood, o autor é excelente fonte de ideias para seus roteiros cinematográficos, mas o desenvolvimento delas é sempre alterado de um modo positivo para agradar o grande público.

O filme começa com a campanha do congressista David Norris (Matt Damon) um carismático político prestes a ganhar o seu lugar no Senado Americano. Conhece então, Elise Sellas, uma linda dançarina de ballet, que acredita ser a mulher dos seus sonhos. Porém na manhã seguinte ao encontro ao entrar em seu escritório, ele descobre seus colegas paralisados por um grupo de engravatados de chapéu. Começa então uma corrida entre o político e esses "agentes do destino", que são categóricos ao afirmar: ele jamais poderá entrar em contato com a mulher novamente, já que jamais deveria tê-la encontrado.

Nas mãos do estreante na direção George Nolfi, que foi roteirista de O Ultimato Bourne essa proposta fica ainda mais óbvia. Nunca no cinema ficou tão evidente que uma ideia criada por K. Dick pareceu estar tão preocupada em agradar. Os Agentes do Destino é muito mais um romance adocicado do que ficção científica filosófica como Blade Runner ou Minority Report.

Apesar disso, há algumas boas cenas, como a perseguição usando os portais de atalho, que brinca com a percepção de espaço e a claustrofobia dos espaços exíguos de Manhattan - passando de maneira chocante de um corredor apertado para o enorme vão do estádio dos Yankees. Como disse apesar da ação e correria, o foco do filme é mesmo na tentativa de relação entre David e Elise e a subsequente discussão sobre predestinação e amor.

Em geral as mulheres não curtem filmes de ficção cientifica, mas neste caso esta é uma sci-fi para ver em casal, abrangente e inofensiva.

Quem marca presença no filme é o ator londrino Terence Stamp (Thompson), que foi um ícone sexual da década de 1960, namorou estrelas famosas tais como Julie Christie e Brigitte Bardot, além da modelo Jean Shrimpton. Foi escolhido pela revista Empire como uma das 100 estrelas mais sexys da história do cinema e teve grandes interpretações em filmes como O Colecionador, Superman (General Zod), Teorema e As aventuras de Priscilla, a Rainha do Deserto.

Bem vamos falar sobre o Blu-ray:

O áudio original em inglês está em DTS-HD MA 5.1 e os demais em DTS Surround 5.1 (Português,Espanhol,Tcheco,Polonês e Húngaro) temos legendas nos idiomas -  Inglês, Português, Croata, Tcheco, Húngaro, Polonês, Romeno, Esloveno, Tailandês, Turco.

 O filme apresenta uma bela imagem em Widescreen 1.85:1.

O Blu-ray tem uma boa dose de extras para diversão dos cinéfilos conforme abaixo:

The Labyrinth of Doors: with this interactive map of New York City, explore the intricate network of portals to leap from location to location, and go behind the scenes with cast and crew ( O Labirinto de Portas);

Deleted and Extended Scenes (Cenas deletadas e extendidas);

Leaping Through New York (Saltando por Nova York);

Destined To Be (Destinado a Ser);

Becoming Elise (Tornando-se Elise);

Feature Commentary with Writer/Director George Nolfi (Comentário do Roteirista e Diretor George Nolfi).

Livraria Catarinense:

sábado, 7 de dezembro de 2013

Este Mundo é um Hospício em DVD da Versátil

Eleito pelo American Film Institute como uma das 100 melhores comédias de todos os tempos “Este Mundo é um Hospício” (Arsenic and Old Lace) é ainda uma das melhores comédias de humor negro. Baseada no romance homônimo de Kesselring e realizado pelo grande mestre, Frank Capra.

A trama se passa no Brooklyn, Nova York, 1941. Em uma pequena casa próxima a um cemitério vivem duas gentis e doces senhoras, Martha (Jean Adair) e Abby Brewster (Josephine Hull), que desenvolveram um péssimo hábito: matar velhos solitários. Elas acreditam que isto seja um ato de caridade com suas vítimas. O sobrinho delas, Mortimer (Cary Grant), um crítico dramático e ferrenho opositor da instituição do casamento que, de uma hora
para outra, se vê casado com uma bela loura Elaine Harper (Priscilla Lane), não tem a menor ideia dos "atos humanitários" de suas tias. Para sumir com os corpos dos velhinhos, Martha e Abby resolveram o problema iludindo um sobrinho pirado, Teddy (John Alexander), que pensa que é Teddy Roosevelt, pois dizem para ele que vai para o Panamá cavar outra "comporta" para o canal. Esta "comporta" fica no porão e lá os corpos são enterrados. Após Mortimer descobrir as artimanhas de suas delicadas e bondosas tias, vemos desfilar na tela situações cada vez mais engraçadas.

Este Mundo é um Hospício” é a comédia mais amalucada das comédias do grande Frank Capra. Uma absoluta screwball comedy, para usar o termo que definia o tipo de filme que dava mais importância ao riso, à gargalhada, que à racionalidade, à lógica, à verossimilhança.

O filme foi filmado em apenas quatro semanas, em um único cenário – uma casa ampla no Brooklyn. A obra já era uma consagrada peça da Broadway, em Nova York. Capra realizou mais um grande trabalho de sua vitoriosa carreira, contando ainda com a bela fotografia de Sol Polito e a magnífica trilha sonora do genial Max Steiner.

O elenco, como um todo, está soberbo. Mas Cary Grant é o maior nome a ser destacado, muito embora, ele esteja exagerado em algumas cenas, fazendo caras e bocas. O próprio Cary considerava a sua atuação nesse filme uma das piores de sua carreira, e muitas vezes chamou este de o menos favorito de seus filmes.

Capra o homem dos filmes idealistas, declarou em sua autobiografia “Nada de grande documento social para salvar o mundo, nada de discussão sobre o destino trágico de John Doe. Nada a não ser o velho e bom teatro – uma comédia louca, desopilante, em torno de uma série de assassinatos. Deixei as rédeas com meus atores, e eles se entregaram de coração à alegria – era uma disputa para ver quem eclipsava o outro em verve e fantasia.”.

Outra grande piada do filme, é a dupla vivida por Jonathan Brewster (Raymond Massey) e o Dr.. Einstein (Peter Lorre), um assassino serial e seu cirurgião plástico sempre de plantão, que irrompem na sala das serenas, doces, suaves irmãs Brewster, tias do doidão. O Dr.. Einstein muda o rosto de Jonathan a cada mês, para que ele possa escapar da polícia – mas como o Dr. Einstein bebe um pouco acima da conta, assim os remendos que fez no rosto do pobre Jonathan o deixam igualzinho ao Frankenstein dos filmes de terror da Universal dos anos 30. E então todo mundo que vê Jonathan o acha parecido com Boris Karloff – o que é uma piada absolutamente deliciosa, mesmo que seja repetida algumas vezes.

Fiz esta critica em cima do DVD lançado pela Versátil Home Video, que apresenta o filme com uma belíssima imagem em preto e branco no formato 1.33:1 Fullscreen e com áudio 2.0 em inglês e legendas em nosso idioma. Como extras temos o trailer de cinema e um resumo de Capra intitulado “Vida e obra de Capra”.

Livraria Catarinense


Maior parte dos filmes mudos dos EUA se perdeu, revela estudo

 Quase três quartos dos filmes de longa metragem mudos dos Estados Unidos foram perdidos, e o legado que pôs Hollywood na linha de frente da indústria do cinema de 1912 a 1929 está em perigo, informou a Biblioteca do Congresso nesta quarta-feira.

O primeiro estudo abrangente dos filmes de longa metragem norte-americanos da era do cinema mudo divulgado pela Biblioteca do Congresso apresenta um quadro angustiante. Setenta por cento dos filmes mudos foram perdidos.

Clássicos como "O Grande Gatsby", de 1926, a versão de 1917 de "Cleópatra" e "London After Midnight", com o ator Lon Chaney, de 1927, estão entre os filmes considerados perdidos em sua forma completa.

"A Biblioteca do Congresso pode agora informar com autoridade que a perda de filmes norte-americanos da era do silêncio constitui uma perda alarmante e irrecuperável para a história cultural de nossa nação", disse James H. Billington, da Biblioteca.

Cerca de 11 mil filmes com origem nos EUA foram lançados entre 1912 e 1929. Somente 14 por cento, ou uns 1.575 títulos, existem em seu formato original de 35 mm.

Cinco por cento dos que sobreviveram estão incompletos e 11 por cento dos completos estão no formato de baixa qualidade de 28 mm ou 16 mm, ou e
m versões estrangeiras, de acordo com o estudo.

Reuters