A trama se passa no Brooklyn, Nova York, 1941. Em uma pequena casa próxima a um cemitério vivem duas gentis e doces senhoras, Martha (Jean Adair) e Abby Brewster (Josephine Hull), que desenvolveram um péssimo hábito: matar velhos solitários. Elas acreditam que isto seja um ato de caridade com suas vítimas. O sobrinho delas, Mortimer (Cary Grant), um crítico dramático e ferrenho opositor da instituição do casamento que, de uma hora
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“Este Mundo é um Hospício” é a comédia mais amalucada das comédias do grande Frank Capra. Uma absoluta screwball comedy, para usar o termo que definia o tipo de filme que dava mais importância ao riso, à gargalhada, que à racionalidade, à lógica, à verossimilhança.
O filme foi filmado em apenas quatro semanas, em um único cenário – uma casa ampla no Brooklyn. A obra já era uma consagrada peça da Broadway, em Nova York. Capra realizou mais um grande trabalho de sua vitoriosa carreira, contando ainda com a bela fotografia de Sol Polito e a magnífica trilha sonora do genial Max Steiner.
O elenco, como um todo, está soberbo. Mas Cary Grant é o maior nome a ser destacado, muito embora, ele esteja exagerado em algumas cenas, fazendo caras e bocas. O próprio Cary considerava a sua atuação nesse filme uma das piores de sua carreira, e muitas vezes chamou este de o menos favorito de seus filmes.
Capra o homem dos filmes idealistas, declarou em sua autobiografia “Nada de grande documento social para salvar o mundo, nada de discussão sobre o destino trágico de John Doe. Nada a não ser o velho e bom teatro – uma comédia louca, desopilante, em torno de uma série de assassinatos. Deixei as rédeas com meus atores, e eles se entregaram de coração à alegria – era uma disputa para ver quem eclipsava o outro em verve e fantasia.”.
Outra grande piada do filme, é a dupla vivida por Jonathan Brewster (Raymond Massey) e o Dr.. Einstein (Peter Lorre), um assassino serial e seu cirurgião plástico sempre de plantão, que irrompem na sala das serenas, doces, suaves irmãs Brewster, tias do doidão. O Dr.. Einstein muda o rosto de Jonathan a cada mês, para que ele possa escapar da polícia – mas como o Dr. Einstein bebe um pouco acima da conta, assim os remendos que fez no rosto do pobre Jonathan o deixam igualzinho ao Frankenstein dos filmes de terror da Universal dos anos 30. E então todo mundo que vê Jonathan o acha parecido com Boris Karloff – o que é uma piada absolutamente deliciosa, mesmo que seja repetida algumas vezes.
Fiz esta critica em cima do DVD lançado pela Versátil Home Video, que apresenta o filme com uma belíssima imagem em preto e branco no formato 1.33:1 Fullscreen e com áudio 2.0 em inglês e legendas em nosso idioma. Como extras temos o trailer de cinema e um resumo de Capra intitulado “Vida e obra de Capra”.
Livraria Catarinense
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