domingo, 1 de dezembro de 2013

Apos 30 anos Vidas sem Rumo ganha bela versão em Blu-ray

Em um subúrbio da pequena cidade de Tulsa, Oklahoma, Ponyboy Curtis (C. Thomas Howell) é o caçula de uma turma, formada ainda por Darrel Curtis (Patrick Swayze) e Sodapop Curtis (Rob Lowe). Os três órfãos tentam sobreviver onde tudo se restringe a "mexicanos pobres" e "ricaços". A trinca descende de mexicanos, amarga empregos em postos de gasolina e sofre com a perseguição da polícia. Também fazem parte da gangue Dallas Winston (Matt Dillon) e Johnny Cade (Ralph Macchio), ainda um projeto de marginal. Eles tentam vencer e amadurecer enfrentando os ricos, mas nem tudo acontece como eles planejam. Os acontecimentos são vistos pela ótica Ponyboy, que gosta de poesia e "...E o Vento Levou".

Em Vidas Sem Rumo Coppola conseguiu um feito de reunir C. Thomas Howell, Matt Dillon, Ralph Macchio, Patrick Swayze, Rob Lowe, Tom Cruise e Emilio Estevez, e só quem viveu nos anos 80 pode entender a amplitude deste façanha. Não que na época, eles já fossem ídolos, estavam apenas começando. Mas, ao adaptar o livro The Outsider, Coppola não apenas lhes deu uma chance de suas vidas, como demonstrou uma visão incrível de quais seriam os nomes da próxima geração de Hollywood,principalmente, Tom Cruise, que fazia apenas uma ponta na trama, mas se tornou um dos maiores astros de Hollywood.
Por não ter sido um filme com apelo comercial lembro que vi o filme na sessão de Arte do Cine Busch, que meu falecido pai lutava para manter e assim dar oportunidade a comunidade Blumenauense de ver filmes do circuito alternativo.Eu devia ter entre 23 ou 24 anos quando Vidas sem Rumo (mais conhecido no seu título original, The Outsiders), o mesmo foi lançado no Brasil em julho de 1984. Naquela época, os filmes chegavam no Brasil com certo atraso e em Blumenau nem se fala. Vidas sem Rumo é de 1983 e completou trinta anos em março, quando estreou nos cinemas americanos. Lembro que assisti a este belo drama dirigido por Francis Coppola e muito mexeu comigo. Ao revê-lo, recentemente em Blu-ray, percebi que algumas coisas ficaram marcadas para sempre, como o cabelo tingido de loiro do personagem Ponyboy ou ótimo casting que o realizador escolheu. Quase todos os atores viraram astros ou, em algum momento de suas carreiras, tiveram seu lugar ao sol.
Vidas Sem Rumo, apesar de tratar de temas fortes, como discriminação, pobreza e racismo, o roteiro do filme é bastante poético, ingênuo até. Isso devido à escolha da visão do narrador, o protagonista Ponyboy, que é mesmo um garoto bastante ingênuo e sensível. Adora poesia e "E O Vento Levou", não apenas o filme, mas, principalmente o livro, que carrega em boa parte da trama consigo, tendo momentos em que o lê para o amigo Johnny. Então, apenas acompanhamos essa trajetória sem muito rumo ou sentido mesmo. Apenas uma história de descoberta em uma fase-chave da vida. 

Bem amigo leitor e o Blu-ray de Vidas sem Rumo, é o que posso dizer um item de colecionador. Diferente da versão que vi no cinema a Universal fez uma belíssima restauração e você pode curtir as cores da belíssima fotografia nesta na versão em Blu-ray. Outro ponto forte é o som e a imagem, que foram remasterizados, têm qualidade infinitamente superior à projeção das salas dos anos 80. Segundo: Coppola, em 2005, decidiu acrescentar 23 minutos ao filme original, dando à trama um ganho emocional e familiar que havia sido extraído do corte final. Esta é versão que saiu em Blu-ray denominada Edição do Colecionador, que, além da nitidez impressionante por causa da alta definição, traz de volta a luz da belíssima fotografia.

Os extras também são muito bacanas, embora não tenha nenhum material inédito para o Blu-ray. Mas é delicioso ver como os atores C. Thomas Howell, Ralph Macchio, Patrick Swayze e Diane Lane reagiram ao ver a nova versão de Vidas sem Rumo, mais de vinte anos depois das filmagens – e num projetor numa sala da mansão de Coppola.




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