domingo, 20 de março de 2011

Jogo do Poder (2010)

Após o fracasso de “Jumper“ (2008), Doug Liman volta à ribalta hollywoodiana com este “Jogo do Poder”, um filme bacana, mas poderia ser ainda melhor caso tivesse tentado incutir um pouco mais de neutralidade a esta obra.


Os conflitos militares entre os Estados Unidos da e o Afeganistão e o Iraque já deram origem a inúmeros livros e a vários filmes sobre os seus acontecimentos mais relevantes e sobre os inúmeros escândalos que deles resultaram, escândalos esses que são abordados em vários filmes hollywoodianos como o ótimo “Zona Verde” (2010).

Jogo do Poder” é baseado nos livros “The Politics of Truth” de Joe Wilson e "Fair Game: My Life as a Spy, My Betrayal by the White House” de Valerie Plame, uma antiga agente secreta norte-americana que se viu envolvida num dos maiores escândalos relacionados com a 2ª Guerra do Golfo.

História real da agente da CIA Valerie Plame (Naomi Watts). A ação começa pouco após os atentados de 11 de setembro de 2001, momento em que o governo Bush precisa partir para o contra-ataque. A agente Valerie faz parte de uma equipe altamente especializada da inteligência americana, que prova que o Iraque não tem armas de destruição em massa. Porém, mesmo com todas as evidências contrárias, os EUA invadem a terra de Saddam, o que provoca a total indignação do ex-embaixador Joe Wilson (Sean Penn), marido de Valerie, que inicia uma campanha de conscientização da população contra os desmandos de Bush. A retaliação da Casa Branca será vingativa e cruel.

A narrativa de “Jogo do Poder” não é politicamente neutra, mas também não se aprofunda no assunto, mas temos aqui um interessante thriller político que nos oferece uma visão dos bastidores da política armamentista de Bush. A história poderia ter rendido bem mais na mão de um diretor mais competente, pois o filme fica muito aquém das expectativas criadas, não só porque nos oferece uma narrativa com uma visão muito unilateral e tendenciosa mas também porque esta não é tão intensa como se previa, no entanto, consegue ainda assim ser um bom thriller sobre o controverso mundo da política norte-americana.

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