Flynn faz Wade Hatton, um aventureiro que ajuda na fundação da cidade de Dodge City do título original, mas sua natureza errante o leva para outros caminhos até que um dia retorna à cidade, encontrando-a afundada na lama e na violência. Mesmo contra a sua vontade, assume o cargo de xerife e decide colocar ordem na casa. Ele enfrenta multidões doidas por um linchamento, põe hordas de foras-da-lei atrás das grades e escapa de um vagão incendiado (ao lado da co-estrela do filme, Olivia de Havilland) em uma perigosa cena de ação e ainda fazendo frente ao vilão vivido por Bruce Cabot .Temos ainda em cena a também estrela Ann Sheridan como dançarina de um Saloon amante de Cabot.
Uma das cenas mais famosas da época se passa em uma briga de saloon que deve ter usado cada dublê disponível em Hollywood, totalmente filmada no belo Technicolor coisa rara na época.
Apesar de não ser um clássico como NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (lançado no mesmo ano), este foi um dos filmes que elevaram o western a gênero de prestígio, após amargar a década de 30 confinado em produções B. Obviamente não tem o mesmo peso artístico do filme de John Ford, mas é uma senhora aventura, do tipo que só Curtiz-Flynn-Havilland faziam: ação, romance, comédia, heroísmo e leveza narrativa, embalados como sempre por uma trilha absolutamente maravilhosa de Max Steiner.
UMA CIDADE QUE SURGE pode ser considerado o um filme de clichês, mas lembre-se que ele é de 1939, então ele pode ser sim o pai dos clichês. Temos aqui a briga no saloon, estouros de boiadas, vagões em chamas e a divisão clara entre o bem e o mal, elementos batidos hoje, mas que graças à competência de Curtiz, mantém o frescor que tinham na época.
Para os apaixonados por western.
Nenhum comentário:
Postar um comentário