domingo, 18 de julho de 2010

Código de Conduta (2009)

O filme de F. Gary Gray (Uma Saída de Mestre, Be Cool) é uma mistura de “Desejo de Matar” com as nuances de Jogos Mortais


Clyde Shelton (Gerard Butler) é um cidadão de bem, cuja esposa e a filha são assassinadas durante um assalto. Clyde estava presente e reconhece os criminosos. Quando os assassinos são presos, Nick Rice (Jamie Foxx), famoso promotor da Filadélfia, é designado para o caso. Nick oferece uma sentença leve a um dos suspeitos (Darby), em troca do seu testemunho contra o cúmplice. Mas um detalhe jurídico contribui para que Darby saia da prisão.

Quando vai pedir ajuda ao promotor público Nick Rice (Jamie Foxx, de "Ray"), alegando que o assaltante estuprou sua esposa, o viúvo percebe que houve um acordo, baseado em delação premiada. Assim sendo, não há nada mais a ser feito. Clyde começa planejar sua própria vingança.

Dez anos se passam até ele começar o acerto de contas. O plano é fazer com que o sistema jurídico funcione a seu favor. Sistematicamente, Clyde passa a eliminar todas as pessoas responsáveis pelo inquérito que livrou Darby das acusações. Mas, por falta de provas conclusivas, ele não pode ser preso.

Conhecido por dirigir filmes de ação F. Gary Gray é um dos diretores afro-americanos mais bem-sucedidos dos últimos tempos. Em seu mais recente filme de ação, "Código de Conduta," ele se volta para uma história de um homem em busca de vingança por sentir-se vítima do sistema judiciário. O problema é que o homem torna-se um vingador tipo Charles Bronson, mas com métodos dignos da era Jogos Mortais. Na sua busca de vingança ele mata com requintes de crueldade. Esquartejamentos, explosões e até uma violentíssima mutilação com um osso de filé estão no cardápio do assassino injustiçado.

Com roteiro escrito por Kurt Wimmer, responsável pelas histórias de "Reis da Rua" e "Equilibrium" (este último lançado diretamente em DVD), o filme de F. Gary Gray começa bem, mostra a violência a que estamos sujeitos nos dias atuais e uma avaliação sobre o sistema de justiça dos Estados Unidos. Os primeiros ataques da vítima (Butler) são interessantes pela maneira como são construídos, na inteligência e habilidades do executor.

O problema é a velha mania de hollywood terminar as histórias de maneira espetacular e mirabolante.O personagem de Butler vira então um super gênio do crime com direito a toda tecnologia atualmente disponível, com shows pirotécnicos da melhor qualidade. Uma pena pois a idéia inicial poderia ter rendido um ótimo filme, mas não há suspensão de descrença que aguente a sucessão de informações implausíveis e furos de roteiro que o filme oferece.

Fiquei com a certeza que Wimmer teve uma boa idéia de início, mas não soube resolvê-la.

Apenas como diversão!

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