O filme-catástrofe é um subgênero fetichista por excelência, e este novo filme de Emmerich não foge a regra, forçando a barra de modo que em momentos chegamos a ter a sensação de estarmos diante de uma comédia de tão ridículas que são as situações. É o seu filme mais panfletário e exagerado.
A trama se faz de premissas consagradas. Acompanhamos o clássico pai divorciado que está tentando reconquistar o afeto dos filhos, ( já não vimos isto em Guerra de Mundos com Tom Cruise) interpretado por John Cusack, a metonímia que individualiza para o espectador um drama tão continental que, visto só de cima, perderia um pouco a humanidade. Para que o espectador possa se identificar com cada um dos desastres (vulcões, fissuras tectônicas, maremotos), o pobre John Cusack será forçado a estar presente em cada um deles, o cara é uma mistura de Mel Gibson, Stalone e Schwarzenegger, bom demais da conta.
Não é difícil imaginar qual será o final de uma história dessas. O que muda, é que Emmerich tenta levar todos a um sentimento de culpa generalizado. O presidente se sente culpado por não ter avisado a população do fim. O geólogo se sente culpado porque não vai salvar quem gostaria. O pai do geólogo, que descobrimos ter um histórico de alcoolismo, indica se sentir culpado pela relação que manteve com o filho.
Enfim 2012 é um amontoado de bobagens embrulhado, em muita ação, explosões e cenas absurdas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário