segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Enigma de Outro Mundo (1982)


Outro dia revi com meu filho, Joshua, a refilmagem de “O Monstro do Ártico”, de 1951, intitulado “O Enigma do Outro Mundo” e dirigido pelo competente mestre do Terror, John Carpenter.


O filme que é uma mistura de ficção científica com terror foi um fracasso na época de seu lançamento, talvez por ser excessivamente violento para os anos 80, mas como os filmes de Carpenter têm o mérito de conquistar fãs com o passar do tempo. Este não foge a regra e se tornou Cult.

O filme se desenrola na remota Estação 4 do Instituto Nacional de Ciências dos Estados Unidos, na Antártida, onde vivem e trabalham 12 homens entre cientistas e operários.Numa manhã eles têm contato com um norueguês que tenta de todas as maneiras matar um cão, tanto que invade a estação e atira até nos americanos,e por esta razão acaba sendo morto. Na busca de respostas um grupo se dirige para a estação norueguesa a fim de esclarecer o porque desta atitude. Chegando lá encontram um cenário de caos e violência absoluta, descobrem que o grupo havia descoberto um ser alienígena submerso na neve há mais de 100 mil anos. Gradativamente concluem que estão diante de um alienígena que pode se transformar em uma cópia exata das suas vítimas. Isto significa que, membros da equipe podem ser mortos e a cópia assumir o lugar deles.

O filme é estrelado por Kurt Russell, especialista em filmes de ação dos anos 70, que estrelou, também de John Carpenter, a “Fuga de Nova York”. Sua frase a certa altura do filme resume o que espera a todos: "Eu sei que sou um ser humano. E se vocês todos forem essas coisas, me atacariam agora, portanto alguns de vocês ainda são humanos. Esta coisa não quer aparecer, quer esconder-se numa imitação. Lutará se for preciso, mas aqui fora é vulnerável. Se nos assimilar não terá mais inimigo, não haverá ninguém para matá-la. Então terá vencido. Vem aí uma tempestade, dentro de seis horas. Veremos quem é quem".

Outro nome forte no elenco, na parte técnica, é do mestre Ennio Morricone, este compôs a trilha sonora do filme dando mais tensão ainda nos momentos chaves. O que mais chama atenção são os efeitos especiais, especificamente, os efeitos de maquiagem, revolucionários para época até, que foram inclusive, acusados por alguns de serem “escatologicamente exagerados”. Os responsáveis pela maquiagem, Bob Bottin e Stan Winston, criaram as formas do vírus visualmente muito fortes: bizarras, deformadas, sangrentas, gosmentas. Para os fãs do cinema fantástico, um espetáculo. Para os de estômago mais fraco, bastante repugnantes. E ele não faz questão de esconder isso, muito pelo contrário, faz vários closes e takes demorados nos monstros.

O filme perdeu um pouco do seu impacto por ter sido muito copiado. A edição em DVD é de colecionador e traz vários extras, sendo, o melhor de todos, um documentário de 80 minutos intitulado “John Carpenter’s The Thing: Terror takes Shape”.

Recomendo para fãs de Terror e sci-fi.

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