sexta-feira, 23 de julho de 2010

Casablanca (1942)

Este final de semana assisti com minha esposa ao grande clássico do cinema romântico. Eu já havia visto e revisto o filme, mas para ela era novidade, e como todos que o assistem, adorou. Impossível não amar este clássico, cada vez que o revejo fico mais apaixonado e espantado, a excelente cenografia,agilidade e acidez dos diálogos, a fotografia expressionista, a direção segura de Curtiz, grandes atores e coadjuvantes e a musica do mestre Steiner.


Para os amantes do cinema não tenho o que falar que possa ser novidade pois o filme já foi debatido e avaliado a exaustão. Então vou tentar despertar a curiosidade dos futuros espectadores.

Esta bela historia de amor se ambienta durante a Segunda Guerra Mundial , na cidade marroquina de Casablanca, como no momento da história é um lugar de passagem entre a Europa ocupada pelo nazismo e o continente americano. Num ambiente em que, para muitos, a esperança da liberdade se desvanece com o prolongar da espera, e as apreensões feitas pela policia. Em meio a este turbilhão destaca-se o "Rick's Cafe", o bar de Rick Blaine (Humphrey Bogart), como ponto de todos os encontros. Tudo vai bem na vida de Rick , até que a certa altura, Ilsa Lund Laszlo (Ingrid Bergman), acompanhada do seu marido, o ativista Victor Laszlo (Paul Henreid) aparece em Casablanca. O encontro de Ilsa com Rick provoca recordações de um romance passado, que se desfez no próprio dia em que Paris caiu, sob o jugo dos nazistas. Na tela, a música imortal deste relacionamento (As time goes by) é interpretada por Sam.

Casablanca hoje é considerado um dos melhores filmes oriundo da fabrica de ilusões chamada Hollywood, e dificilmente não será encontrado na lista de melhores filmes. Isto mostra como as coisas na indústria cinematográfica são imprevisíveis, pois Casablanca era uma produção de pouca importância, com um roteiro feito as pressas, e Curtiz escalado sem mesmo saber sobre o que se tratava o filme.

O filme também tinha uma função patriótica, pois estávamos em plena guerra, e o arquivilão eram os nazistas e o governo colaboracionista francês, que no filme é representado magnificamente por Claude Rains, com seu humor cínico e sarcástico, representado bem em uma frase proferida por ele “Mande prender os suspeitos de sempre”.

Provavelmente é o filme com os melhores e mais memoráveis diálogos da história do cinema, muitos deles com um leve toque de cinismo. Perguntam a Bogart porque ele veio para Casablanca, ele responde “ Por causa das aguas”. “Mas estamos no meio do deserto!” “ Fui mal informado” ele conclui.

Fora outras frases que ficaram no classicas:

"Nos sempre teremos Paris"

“Estou de olho em voce, garota”

“Voce usava azul e os alemães cinza”

Sem esquecer a classica cena final, que deixa uma conclusão ambigua “Meu caro Louie, este é o início de uma bela amizade" .

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