domingo, 25 de julho de 2010

Arquivo X – Eu Quero Acreditar (2008)

Como fã de carteirinha da grandiosa serie Arquivo X, que acompanhei a mesma por nove anos, de 1993 a 2002. Ganhadora de três Globos de Ouro (filme, ator e atriz) e 16 Emmys (o Oscar da televisão), o seriado conquistou uma legião de seguidores comparável a de Star Trek e Star Wars e que têm com os personagens principais, Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) algo em comum: a curiosidade por verdades que estão lá fora, em algum lugar, que só podem ser vislumbradas por aqueles que se dispõe a ir muito além dos padrões estabelecidos por nossa cultura convencional. Em Arquivo X o improvável, o inaceitável, é tudo o que se pode esperar. O ressurgimento do seriado, agora em nova segunda versão cinematográfica, há muito era aguardado pelos fãs e chega envolvido em um sentimento de nostalgia inevitável. Mas foi para mim uma decepção esta volta dos agentes Mulder e Scully para o cinema.


Seis anos se passaram desde o final da serie, e os agentes Fox Mulder e Dana Scully, são chamados de volta pelo FBI, quando um padre em fase terminal, acusado de pedofilia ajuda os agentes na busca de um grupo de mulheres desaparecidas.

Chris Carter manteve a história guardada a sete chaves, revelando apenas trata-se de uma história independente, nos moldes de alguns dos episódios mais aclamados da série, que conduz o complicado relacionamento entre Fox Mulder e Dana Scully por caminhos inesperados. O novo filme traz o senso crítico e o humor acido dos comentários de Mulder sobre o governo americano, mas também perde ao dar uma visão superficial sobre as discussões sobre as experiências genéticas, sobre a paranormalidade e ainda por apresentar soluções fáceis e não ousadas para questões antigas. Tudo isso deixa certa sensação de frustração ao se considerar todo o histórico de Arquivo X. Desculpe-me Carter, mas sua declaração é um equivoco, pois a trama é ruim, lembra mais os filmes de ficção B dos anos 60/70 do que a gloriosa serie.

Um filme é eficiente em si mesmo, mas poderia ser melhor.

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