domingo, 5 de dezembro de 2010

Zorba, o Grego (1964)

Este é com certeza um dos grandes filmes da década de 60 e foi uma das melhores interpretações do mexicano Anthony Quinn. Baseado em livro de Nikos Kazantazakis ("A Última Tentação de Cristo", "Aquele que Deve Morrer")

A historia se inicia com a chegada de um tímido e reservado escritor inglês (Alan Bates) a Grécia e pega um navio, pois vai até Creta para trabalhar em uma mina que herdou do pai. Logo, ele conhece Alexis Zorba(Quinn), um camponês extrovertido e exuberante com um incrível amor pela vida. Quando Zorba concorda em trabalhar na mina abandonada de Basil, inicia-se um determinante aprendizado para o jovem, pois ele gradualmente passa de observador do mundo a participante.

Anthony Quinn, concorreu ao Oscar naquele ano mas não venceu. Ainda assim, o resto da vida interpretou basicamente variações desse personagem, que ensina a um escritor inglês, Alan Bates, como deve se comportar diante das contradições da sociedade e do ser humano.

O diretor Michael Cacoyannis havia escolhido a musa Simone Signoret, para o papel de Senhora Hortense, mas ela largou as filmagens com medo de parecer velha e foi substituída pela pouco conhecida Lila Kedrova, que pelo filme ganhou o Oscar de Coadjuvante. Zorba ganhou também os Oscars de Fotografia e Direção de Arte, tendo sido indicado ainda como Melhor Direção, Filme e Roteiro.

Marcante também é a maravilhosa trilha sonora de Mikis Theodorakis e pelos magníficos cenários, ajudados pelas belezas das ilhas gregas. A cena em que Quinn dança na praia é antológica. Embora forte, outra grande passagem do filme é aquela em que a bela viúva, interpretada por Irene Papas, é caçada e assassinada.

Finalmente, vale a pena ainda destacar a direção de Cocoyannis, que com este filme fez surgir o cinema grego no mercado internacional.

É um grande filme, que com certeza você vai querer assistir mais de uma vez. Quinn fez também uma versão musical deste filme na Broadway. Curioso: Quinn tinha uma perna quebrada na dança na praia e por isso enganou e improvisou, numa variante da dança que desde então levou o nome do personagem. Quem faz ponta é o futuro diretor George Pan Cosmatos, como o menino que anota os pensamentos do analfabeto Zorba.

"Um filme decididamente absorvente e indiscutivelmente inesquecível." (Hollywood Reporter).

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