sábado, 25 de dezembro de 2010

Testemunha de Acusação (1957)

Testemunha de Acusação é uma obra-prima, uma perfeição, é daqueles filmes você assiste de tempos em tempos e cada vez que vê, é de novo um prazer imenso, renovado.

É um filme absolutamente genial.

Protagonizado por Tyrone Power, Marlene Dietrich e Charles Laughton que estrelam este "brilhantemente realizado drama de tribunal" (Film Daily) que deixou audiências em polvorosa por suas reviravoltas inesperadas e um clímax chocante. Dirigido por Billy Wilder, roteirizado por Wilder e Harry Kurnitz, é a única adaptação de um trabalho de Agatha Christie, neste caso uma peça teatral, de que a escritora gostava.

Quando uma viúva rica é encontrada morta, o seu amante casado, Leonard Vole (Power), é acusado do crime. A única esperança de Vole de sair livre é o testemunho de sua esposa (Dietrich)... mas o seu tão bem armado álibi é abalado quando ela revela chocantes segredos próprios!

Foi dito que “Testemunha de Acusação” é um dos melhores filmes de Alfred Hitchcock, só que dirigido por Billy Wilder (1906-2002),talvez não o melhor, até porque é difícil definir qual é o melhor filme desse diretor excepcional, extraordinário, que fez de tudo – de drama soturno sobre alcoolismo, Farrapo Humano, a filme de guerra,  Inferno nº 17, de denúncia violenta do jornalismo sensacionalista, A Montanha dos Sete Abutres, à essência do film noir, Pacto de Sangue, da comédia mais trágica que pode haver, Se Meu Apartamento Falasse, à comédia mais escrachada, Quanto Mais Quente Melhor.Wilder já tinha feito filmes policiais,mas nunca uma história tão explicitamente de mistério e revelações-surpresa. Foi Marlene Dietrich quem o convenceu a rodar o filme. O diretor criou especialmente para ela um número musical, a canção "I'll Never Go Home Anymore". Esta foi provavelmente a melhor interpretação dramática da carreira da atriz.

Charles Laughton faz o advogado de defesa do personagem interpretado por Tyrone Power. Segundo Wilder, Laughton era o melhor ator com quem havia trabalhado, ajudando muito Marlene na composição de sua personagem. Quem também está no filme como a enfermeira é Elsa Lanchester (A Noiva de Frankenstein), mulher na vida real de Laughton e que, pelo papel, foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Este acabou sendo o último filme do galã Tyrone Power, ator que fez suspirar milhões de mocinhas nos anos 30 e 40 mas que demonstrou aqui definitivamente que era também um bom ator. Ele tinha 43 anos quando rodava uma cena de "Salomão e a Rainha de Sabá" na Espanha e caiu morto de um enfarte fulminante. Este clássico de suspense foi um digno legado.

Este esplêndido clássico, indicado a seis Oscars "explode com eletricidade emocional" (The New York Times) e continua mantendo amantes do cinema presos na cadeira até a final e fascinante última cena.

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