Sou fã dos westerns de Anthony Mann e ele é um dos mais conceituados realizadores de westerns. Dos quarenta e quatro filmes que realizou, doze são westerns e cinco desses doze contam com o grande James Stewart no papel principal. Foi uma excelente parceria que começou muito bem com este Winchester ’73. Ele foi pioneiro num acordo com um estúdio menor - como era a Universal na época - ganhando parte da bilheteria em troca de menor salário, abrindo o precedente que se tornaria norma dali em diante.
Stewart é o homem que vence uma competição de tiro ao alvo e ganha como prêmio um rifle Winchester '73,o melhor rifle fabricado, que é posteriormente roubado. Cabe a ele então seguir o rastro do bandido para recuperar a arma, ao mesmo tempo em que tenta encontrar o homem contra o qual quer vingança.
Mas o real protagonista, o rifle do título,funciona como uma metáfora do poder, produtivo nas mãos certas, destrutivo, enlouquecedor e mortal nas erradas. Um filme sombrio e violento, com personagens estranhos e Stewart iniciando sua série de papéis rudes e sorumbáticos, indo contra sua persona habitual da época.
Foi um dos primeiros westerns psicológicos, que depois floresceriam nas décadas de 50 e 60, trazendo novos questionamentos para os personagens característicos do gênero. Shelley Winters (que não queria o papel) está jovem e bonita; Rock Hudson, anos antes do estrelato, faz o chefe índio; e Tony (ainda Anthony) Curtis faz uma pontinha como um dos soldados.
Um clássico do gênero muito imitado.
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