Nick, vivido por Will Farrell (aqui em um papel longe da imagem do palhaço que o consagrou no programa Saturday Night Live ) então vice-presidente de vendas de uma grande empresa, é demitido. Um funcionário bem mais jovem expõe uma lista de falhas cometidas por conta do alcoolismo e entrega a ele uma caixinha; um presente por todos os anos de bons serviços prestados. A recompensa acaba no pneu do chefe e Halsey parte para o mercadinho em busca de algumas latas de cerveja. Quando chega em casa, descobre todos os objetos da sua bem-sucedida vida espalhados no jardim. Sua mulher trocou as fechaduras, o código do alarme, bloqueou sua conta e seus cartões. Ele está em meio a destruição de tudo o que construiu, mas senta-se em uma poltrona e abre uma das cervejas e passa a avaliar a sua vida.
Will Ferrell, que foge neste filme do seu lugar-comum - assim como o fez em Mais Estranho que a Ficção - se ajusta bem ao personagem, tornando simpático o que antes seria apenas um alcoólatra de atitudes moralmente reprováveis, e com o qual acabamos nos identificando e assim acabamos torcendo pelo recomeço de Nick. Como a ex-colega de escola diz, ele tem "um bom coração". Seus gostos e suas vontades (como ter filhos, por exemplo) foram se perdendo com a vida, aprisionados pelo "sucesso" e por todas as coisas espalhadas no quintal. “Pronto Para Recomeçar” acaba sendo então um filme de desapego, de "deixar tudo ir" pela possibilidade de um recomeço e lança um olhar muito humano sobre pessoas comuns, com problemas triviais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário