sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O novo e o eterno

HERBERT HOLETZ É O HOMENAGEADO DO FESTIVAL DE CURTAS LUZ, CÂMERA, BARÃO.


Há várias maneiras de se aprender linguística, dentro ou fora da sala de aula. Os estudantes do 2º ano do Ensino Médio da Escola Barão do Rio Branco, de Blumenau, exercitaram a linguagem fora dos cadernos neste ano letivo. Escreveram roteiros de cinema e dirigiram curtas-metragens. O resultado será exibido hoje no Teatro Carlos Gomes para pais e alunos, na quarta edição do festival de cinema Luz, Câmera, Barão.

O homenageado da noite será Herbert Holetz, 73 anos, uma autoridade em Blumenau quando o assunto é cinema. O senhor que assistiu Charles Chaplin quando menino na grande tela dividiu experiências com a geração dos cinemas multiplex em um bate-papo ontem, na escola. A homenagem a Holetz é uma forma de reconhecimento ao trabalho dedicado há anos ao cinema na cidade e também uma maneira de apresentar aos alunos a magia do tempo que a adolescência contemporânea ignora.

Este é o quarto ano consecutivo em que a escola promove o festival com as produções dos alunos. Além da exibição dos nove curtas produzidos por 72 estudantes do Ensino Médio, o festival premia 24 categorias com o chamado Troféu Pipoca – de melhor filme a figurino, bem no estilo Oscar.

– Alguns talentos se revelam de uma forma que nem a gente imagina – comenta a coordenadora do Ensino Médio da Escola, Simonette Eing Tarnowski.

Segundo Simonette, o resultado positivo deixado pelo trabalho vai além do contato com o cinema, mas mexe principalmente com a autoestima dos alunos.

– O que fica é esse ensinamento de “se eu quero, eu faço”, a sensação de construir um trabalho – avalia.

VIDA DE CINEMA

A relação de Herbert Holetz com o cinema começou nos anos 1940, no Cine Busch, em Blumenau. De menino apaixonado pelas imagens, Holetz passou a trabalhar no cinema como lanterninha em 1953. Passou por várias funções até chegar à gerência. Escreveu artigos para jornais da região e foi um dos criadores do Cineclube. Hoje mantém um arquivo com mais de 2 mil fotos e cartazes e 400 livros e se dedica ao Cinearte, que exibe longas às segundas-feiras na Fundação Cultural.

Materia publicada no JSC em 05/11/2009  - Foto: Gilmar de Souza

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