domingo, 1 de janeiro de 2012

A Hora do Espanto (2011)

Nesta recente onda de refilmagens, “A Hora do Espanto” não decepciona mas também não surpreende, o filme foi atualizado com eficiência, mas o problema  é que o filme é tão superficial quanto o clássico oitentista homônimo em que foi baseado. O roteiro vazio, em que situações com potencial de desdobramento interessante em metáforas para a adolescência e responsabilidade, perdem-se nas cenas de ação do arrastado terceiro ato.

Quem mais aparece a vontade e se divertindo no papel do vampiro Jerry é Colin Farrell. Com um Jerry menos sexualizado que o original (é um filme da Disney, afinal), o longa tem um tom interessante, de comédia de horror, que era tão comum há 20 anos e parece esquecido hoje. É simplesmente divertido assisti-lo e esses dois aspectos, os sustos e as piadas, são bem equilibrados.

A história segue o original e inicia com a desconfiança do vizinho misterioso que se muda para a casa ao lado de Charley Brewster (Anton Yelchin, de Star Trek), um "ex-nerd" que, alertado por um amigo antigo (Christopher Mintz-Plasse), começa a desconfiar do sujeito bonitão que está eternamente reformando a casa.

Meu grande alivio ao assistir “A Hora do Espanto” é ver vampiros serem tratados como se deve: queimando no sol, morrendo com estacas no peito, não aparecendo em reflexos, temendo cruzes e sendo sedutores, como vampiros devem ser. Sem as bobagens de “Crepúsculo”, que, aliás, numa grande sacada é satirizado com uma ótima piada. Nestes tempos do politicamente correto em que os vampiros da mitologia viraram românticos emos,surge “A Hora do Espanto” para resgatar valores dos sanguessugas e mostrar a nova geração como eles merecem ser lembrados. Se A Hora do Espanto apresenta alguma modificação relevante ao mito dos vampiros, é o apreço de Jerry por uma boa cerveja, mas isto é perfeitamente aceitável, não é marmanjos dos anos 80.

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