sábado, 28 de maio de 2011

SEM LIMITES (2011)

A ciência constatou que o ser humano só faz uso de 10 a 20% da capacidade de seu cérebro. Seria possível de alguma maneira aumentar este uso para 100%? Qual seriam as conseqüências, estaria o corpo humano preparado para tal, esta é a premissa de ótimo “Sem Limites

Em “Sem Limites” O aspirante a escritor Eddie Morra (Bradley Cooper) esta se afundando em uma depressão e por isso perde a namorada (Abbie Cornish) e está prestes também a ver escorrer pelos esgotos de Nova York o contrato que tem com uma editora e seu imundo apartamento em Chinatown. Andando sem destino pelas ruas da cidade, ele encontra o irmão de sua ex-esposa, que lhe oferece a solução para os seus problemas em formato de pílula. Trata-se de uma droga em fase de testes chamada NZT, que permite ao seu usuário ter acesso total ao seu cérebro e não apenas aos 20% que utilizamos normalmente.

Sem perspectivas, Eddie acaba experimentando a novidade. E quando "bate" o efeito do NZT ele muda. O filme muda. Eddie tem primeiro uma experiência fora de seu próprio corpo. A luz azulada e fria que predominava até então fica avermelhada, mais quente, refletindo o próprio aumento de confiança do personagem, que começa a ter acesso a informações que estavam perdidas nas quinas escuras da sua mente. Surge junto um sorriso largo, e em questão de minutos ele está tagarelando sobre direito, flutuações do mercado financeiro, ganhando dinheiro em mesas de pôquer, dormindo com as mais belas mulheres de Nova York e, no melhor estilo Bruce Wayne de briga, enfrentando brutamontes usando as memórias dos filmes do Bruce Lee e lutas de Muhammad Ali. O problema, porém, é que esta “turbinada cerebral” pode lhe trazer mais problemas que benefícios.

O diretor Neil Burguer (de O Ilusionista),mistura aventura e ficção científica, num entretenimento atrativo e eficiente. O filme tem agilidade, charme, prende a atenção e – cá pra nós – é impossível não morrer de inveja do protagonista quando ele se torna praticamente um super-homem com seu “novo” cérebro. É a realização do mito do sucesso imediato, sem esforço, absoluto, e sem prejudicar ninguém. O grande problema do filme é a mania dos produtores americanos que sempre acreditam que o público “pode não entender a mensagem” e teimam em deixar tudo explicadinho, nos mínimos detalhes. Assim Burguer inseriu ao filme uma narração em off redundante, desnecessária e, em determinados momentos, até irritante.

Mas “Sem Limites” é um filme competente,bem costurado, com efeitos na medida certa e uma idéia inteligente.

PS: Bradley Cooper mostra cada vez mais versatilidade e Robert de Niro para infelicidade dos fãs continua em piloto automatico.

Veja!

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