domingo, 29 de maio de 2011

Água Para Elefantes (2011)

O diretor Francis Lawrence acertou a mão ao levar as telas os quadrinhos de “Constantine” e a terceira adaptação do livro homônimo de Richard Matheson, em “Eu Sou a Lenda”, Mas aqui Lawrence se perde no drama mais realista e romântico, que se passa na grande depressão de 1930.

Lawrence tinha o cenário ideal para fazer um drama pungente e cativante mas se perde em seus personagens, o que resulta em um filme agradável de ver, com uma mensagem otimista, mas sem grande profundidade. O tipo filme para elevar o espírito com água e açúcar.

A historia se desenrola no início dos anos 1930, plena depressão nos Estados Unidos. O jovem Jacob Jankowski (Robert Pattinson) se encaminha para a prova final da faculdade que Dara o seu tão sonhado diploma de veterinário, na hora da prova final, uma tragédia acaba por deixá-lo sozinho no mundo. Jacob então sai andando sem rumo, até avistar um trem. Mal sabia ele que ao pegar carona clandestinamente estaria entrando em um mundo novo e mudando de vez sua vida.

Bem numa daquelas conjunções astrais tão freqüentes na ficção, a história escrita originalmente no livro homônimo de Sara Gruen e adaptada no roteiro de Richard LaGravenese, o jovem veterinário cai justamente no meio de um circo cheio de animais, que vão de cavalos e leões até ao elefante que da titulo a historia, como diz Jacob a certa altura "Não sei se eu escolhi aquele circo ou foi ele que me escolheu". Jacob acaba criando uma paixão pelo circo bem como o seu interesse por Marlena (Reese Witherspoon), a estrela do espetáculo e, não por acaso, esposa do dono do circo. E é neste triângulo amoroso, tão iminente quanto perigoso, que vamos conhecendo seus personagens, principalmente August (o ótimo Waltz), esposo de Marlena, que tem uma persona extremamente volátil, trocando a cordialidade pelo brutalismo em questão de segundos. O desfecho de tudo isso é tão previsível e pesado quanto os passos do elefante do título, que, aliás, é secundário à história em si.

O quadro geral do filme tinha todos os elementos para ficar ótimo, mas o problema é que não conseguimos criar uma empatia pelos personagens, e sem conseguir se envolver com os personagens fica difícil também se influenciar pelo seu drama romântico.

No final nem as lágrimas, tão esperadas nas típicas produções gênero aparecem para aplaudir o final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário