“Ao Entardecer” me fez pensar na vida, quanto mais avançamos na idade mais nos pegamos pensando nas escolhas, nas decisões, no que foi priorizado e, principalmente, abdicado E este filme tem este sentido, fazer pensar, quando nos são apresentadas as lembranças e escolhas do passado de uma pessoa à beira da morte.
Baseado na obra de Susan Minot, o filme mostra a sempre excelente Vanessa Redgrave, como Ann, já idosa, doente e não tão lúcida. Observada de perto pelas duas filhas, Nina (Toni Collette) e Constance (Natasha Richardson, filha de Redgrave na vida real), e uma enfermeira, ela começa a falar coisas que parecem sem nexo, e a fazer referência a pessoas de um passado completamente desconhecido para sua família.
No início não sabemos se trata-se de algo real ou apenas ilusão, mas logo a história se esclarece. Em flashbacks, o diretor Lajos Koltai (cinematógrafo experiente, mas apenas em seu segundo longa como diretor) revela quem são os personagens do passado de Ann e a história marcante que, à beira da morte, volta à sua memória.
Ao acompanharmos a trajetória de Ann, que se desenrola quase somente em um final de semana mas que marca profundamente sua vida e das pessoas que lá estão, nos leva a refletir que há momentos na vida que são decisivos para os rumos que o futuro tomará.
“Ao entardecer” nos faz ver que há momentos cruciais na vida e as decisões tomadas terão um preço no futuro. Enfim, este é um filme que, embora não tenha tantas qualidades como cinema, tem o mérito de uma boa história, que faz o espectador repensar suas próprias escolhas em situações como essas, que de uma forma ou de outra mudam a vida.
Veja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário