domingo, 15 de maio de 2011

Minhas Mães e Meu Pai (2010)

Filme sobre famílias disfuncionais sempre renderam ótimos dramas, mas aqui temos uma versão mais cômica do assunto, e uma boa comedia que concorreu a 4 Oscars.

Dirigido pela roteirista e diretora Lisa Cholodenko, o filme aborda o relacionamento de Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), casadas há quase 20 anos, e que conceberam os seus dois filhos, Laser (Josh Hutcherson) e Joni (Mia Wasikowska), por inseminação artificial. Joni vai completar 18 anos, está na hora de se mudar para o campus da faculdade, e por legislação já tem idade para solicitar à clínica médica os dados do homem que doou o esperma. É Laser quem implora a Joni para procurá-lo. Os adolescentes descobrem então Paul (Mark Ruffalo), e a ordem na família vira de cabeça para baixo, com direito a brigas e traições.

O filme não tem grandes pretensões, não se aprofunda em nenhum tema aborda tudo de maneira rasa, mas divertida. Quem esta ótimo é Mark Ruffalo como o típico self-made man, adepto do amor inter-racial e dono de um restaurante que tem a sua própria horta de orgânicos.
Apontar o dedo para a aparente normalidade da família americana - neste caso, o modelo moderno de família - não é novidade no cinema independente de Hollywood. O trunfo de "Minhas Mães e Meu Pai" é o seu elenco. Annette Bening encontra o tom certo da lésbica masculinizada e Julianne Moore, como sempre, traz fragilidade para a composição de sua personagem. É Julianne o norte do filme, enquanto Ruffalo nunca fez tão bem o seu recorrente papel de homem sensível ideal.

Minhas Mães e Meu Pai” é um filme leve para se assistir em uma tarde preguiçosa, não contribui para o intelecto, mas também não zomba dele como um monte de comedia  bobas que aparecem todos os dias. 

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