Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, não foge da maldição, mas começa a traçar um caminho diferente, depois que excelentes games geraram filmes medíocres e sem grande expressão em bilheteria. Hoje as editoras e desenvolvedoras de games cresceram, e preocupam-se mais com suas criaçõers. O resultado são negociações muito mais cuidadosas de marcas como Prince of Persia, que está chegando aos cinemas com o aval da Walt Disney Pictures, através da empresa de Jerry Bruckheimer que formava dipla com Don Simpson que faleceu em 1969 e com o criador Jordan Mechner a bordo do projeto. A intenção era transformar a aventura egressa dos jogos eletrônicos no novo Piratas do Caribe, a mais lucrativa série cinematográfica do superprodutor e estúdio.
O filme, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time), não esconde seus segredo e não se prende ao jogo. É tudo superlativo, épico, grandioso... os efeitos especiais e os valores de produção - a direção de fotografia de John Seale é primorosa! – vindos de um orçamento de 200 milhões de dólares. A direção coube a Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo, Amor nos Tempos do Cólera).
A história apesar de ter as raízes do game homônimo de 2003 e traz uma história que funciona sozinha. Na história o Rei Shahrman, o soberano de Pérsia é assassinado, e a culpa reacai sobre o príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) diga-se de passagem a vontade no papel. Banido, Dastan tem que relutantemente juntar forças com uma bela e misteriosa princesa Tamina (Gemma Arterton) para guardar uma adaga ancestral capaz de conjurar as areias do tempo - um presente dos deuses que pode fazer voltar o tempo e dar ao seu mestre o controle do mundo.
A trama aventuresca e acelerada é tudo o que se espera de um filme assinado pelo produtor Jerry Bruckheimer que foi feliz ao adaptar para as telonas algumas das maiores qualidades da série de games. Dastan não tem o carisma de um Jack Sparrow, mas convence com a a movimentação fluida do protagonista, as armadilhas e quebra-cabeças que são elementos consagrados do game desde o primeiro Prince of Persia (1989).
A produção se descontrola ainda no último ato, que se arrasta demais e não sabe como resolver direito os poderes da adaga do tempo. Todo o desfecho é atropelado e a idéia do retorno ao passado fica jogada sem muita lógica. Não vá esperar profundidade mas diversão não falta.
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