quarta-feira, 19 de maio de 2010

Os Vampiros e o Cinema.

Citando Dennison Ramalho Da Revista SET: Edward Cullen...Ele tem 108 anos e ainda precisa ir à escola. E não aprendeu nada!”


Vampiro que é Vampiro não tem essa de bonzinho, é ruindade mesmo. Gosta de um pescoço feminino não porque é bonitinho, mas por ser uma fonte de prazer e alimento.

Estes vampiros afetadinhos da série Crepúsculo são um bando de mocinhas...

O Cinema de Horror povoa as telas desde o cinema mudo. A primeira obra digna de ser mencionada é “ Nosferatu: Uma sinfonia de Horror”, de 1922, dirigido pelo alemão F.W. Murnau que em princípio seria baseado no clássico livro de Bram Stoker, mas houve um problema de direitos autorais. Graças a genialidade de Murnau o mundo veio a conhecer o primeiro vampiro de respeito do cinema, o Conde Graf Orlock, interpretado pelo estranhíssimo ator Max Schreck. Esta obra hoje é citada em várias listas de filmes consagrados de horror, tendo inclusive, a história do filme sido contada em 2000 no filme “A Sombra do Vampiro”, com John Malkovich e Willem Dafoe .



Em 1931, a Universal iniciando sua série de grandes monstros do horror, que durou quase 30 anos, produziu “Drácula”, dirigido por Tod Browning e estrelado por Bela Lugosi. Este papel deu estrelato a Lugosi, mas ao mesmo tempo o marcou como "um ator de um só papel".

O sucesso de Drácula fez com que a Universal continuasse a produzir filmes na linha de horror, no mesmo ano iniciou “ Frankenstein”. Depois foram lançados os igualmente clássicos “ A Múmia”, “O Homem Invisível”, “A Noiva de Frankenstein e “O Lobissomem”, refilmado em 2009.



No final dos anos 50 a produtora inglesa Hammer, agora já com o advento da cor, resolveu reativar a franquia dos filmes de Vampiros. Lançou em 1959 “O Vampiro da Noite” dirigido pelo mestre Terence Fisher e estrelando Christopher Lee como o Conde Drácula. Lee, na opinião de muitos criou a imagem definitiva do vampiro. O sucesso foi enorme que atrás dele se seguiram “Drácula - O Príncipe das Trevas” (1966) que inicia onde terminou O Vampiro da Noite, “Ritos Satânicos de Drácula” (1973) e “Conde Drácula” (1970).

A Hammer produziu uma série de filmes de vampiros dos quais podemos citar: “Luxúria de Vampiros” (1971), “O Circo de Vampiros” (1972), “A Condessa Drácula” (1971), “As Noivas do Vampiro” (1960), entre outros. Não quero discutir a qualidade desses filmes, pois muitos são de péssima qualidade, mas sim a imagem passada pelos vampiros destes filmes, que eram demoníacos, figuras medonhas e com sede incontrolável de sangue.



Em 1967, o diretor polonês Roman Polanski nos deu a impagável comédia, “A Dança dos Vampiros”,uma história tragicômica sobre vampiros das mais bem elaboradas no cinema.Polanski sabe habilmente utilizar certos pontos fortes dos filmes da Hammer para os transcenderem de certo modo, fazer uma paródia dos mesmos. Os cenários realizados por Wilfred Shingleton são simplesmente magníficos. A fotografia, a estrutura da narrativa e a excelente música de Christopher Komeda se encaixa perfeitamente no clima do filme e fazem de "A Dança dos Vampiros" um clássico.


Dirigida com maestria pelo grande cineasta alemão Werner Herzog temos a obra-prima do horror “Nosferatu - O Vampiro da Noite” (1979),  um excelente remake do clássico expressionista do mestre W. F. Murnau. Traz também um desempenho magistral do ator alemão Klaus Kinski.Werner Herzog se coloca justamente nos limites entre o sonho e a realidade, onde o desespero e a morte são elementos vitais para tratar, por um lado, da impotência e da insatisfação sexual de Lucy (Isabelle Adjani) e, por outro, da falta de amor que origina o tormento, a solidão e o desespero do Vampiro (Klaus Kinski).





Em 1994, sob a direção de Neil Jordan, tivemos “Entrevista com o Vampiro” estrelado pelo elenco all star Brad Pitt, Christian Slater, Tom Cruise e Kirsten Dunst. Anne Rice adaptou o roteiro de seu livro publicado em 1973. O filme é sombrio, sensual e provocante, Tom Cruise e Brad Pitt tem excelentes desempenhos, principalmente Cruise como o Vampiro Lestat. Mas o mérito não fica apenas nisto. Kirsten Dunst, com seu charme que transita entre um rosto de boneca e o olhar de uma mulher determinada, provou mais uma vez que talento independe da idade. A produção é glamourosa, a maquiagem impressionante e as seqüências não deixam nada a dever ao livro.



Com elenco de peso, composto por Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins e Keanu Reeves, e sob direção de Francis Ford Copolla, o longa “Drácula de Bram Stoker” (1992), apresentou aos fãs de vampiros um filme que resgata a origem do Conde Drácula, com uma grande beleza plástica. O filme venceu o Oscar nas categorias de melhor figurino, melhores efeitos sonoros e melhor maquiagem.





Citando, mais uma vez, Dennison Ramalho, da Revista SET: “ Hoje, os bichos voam, correm e trepam em árvores. Eles recebem namoradas para jantar e andam durante o dia, diluídos em efeitos especiais descartáveis. Hoje eles são bonitinhos, fofinhos, desejáveis. Quase carentes."

Edward Cullen, seu afetadinho Vampiro tem que ser monstruoso, com a maldade no olhar, de presas afiadas, ter crueldade e ser diabólico.

Quero sangue...


"FRANKLY, MY DEAR, I DON'T GIVE A DAMN".


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