Este Blog é dedicado ao meu pai,Herbert Holetz. um apaixonado pelo cinema e que deixou-me como herança esta saborosa paixão. "Não me lembro de nada que tenha me dado tanto e tão constante prazer desde a infância quanto o cinema(...)A segunda melhor coisa que você pode fazer no escuro é ver um filme. A primeira é ver um grande filme.Obrigado cinema!" (Luís Fernando Veríssimo)
domingo, 9 de maio de 2010
Carta de Uma Desconhecida (1948)
Ápos mais uma noite de badalação, Stefan Brand ( Louis Jourdan) chega em casa e recebe uma carta, as primeiras palavras lidas são " Quando você estiver lendo isso, eu estarei morta..." assim inicia este clássico do cinema romântico, dirigido pelo mestre Max Ophüls ( Lola Montés).
Com estas palavras Ophüls leva o espectador a vida de Lisa (Joan Fontaine) e atráves de uma estrutura narrativa extremamente bem amarrada. Com Lisa como narradora, viajamos décadas de forma engenhosa e com uma fluidez mágica.
Ophüls faz de cada detalhe, cada enquadramento e dos movimentos de camêra uma obra de riqueza inesgotável. Seja pelo rangido de uma porta ou as rosas compradas na esquina, ele monta um relato pungente que aos poucos vai desvelando as ilusões de nossa protagonista.
Como cita Steven Jay Schneider no livro 1001 Filmes para ver antes de Morrer " ...uma obra que levou uma miríade de cinéfilos a tentar desvendar seus temas, padrões, sugestões e ironias. No entanto, nenhuma quantidade de análise cuidadosa será capaz de extinguir a emoção sublime e dilacerante evocada por esta obra-prima".
Embalados ao som de Liszt, Wagner e Mozart vamos acompanhando este melodrama inesquecível, com um desempenho memorável de Joan Fontaine.
Esta obra deixa claro porque Max Ophüls foi considerado um dos grandes cineastas do século passado.
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