sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Cardeal (1963)

O filme é uma adaptação do romance de Henry Morton Robinson e relata a vida do jovem Stephen Fermoyle, um padre irlandês-americano que está para se tornar Cardeal.


A longo do filme (175 min.) acompanhamos as lembranças de Fermoyle , cujo forte compromisso com as questões sociais irão levá-lo através de um labirinto de política e preconceitos da igreja católica. Mas jornada Fermoyle terá de passar por varias provas que irão botar sua fé a prova.

Dirigido por Otto Preminger um austríaco naturalizado americano,que ao longo de sua carreira sempre gostou de abordar temas que gerassem polemica, com O Cardeal (1963),ele realizou um estudo das relações da Igreja com um sem número de temas polêmicos na primeira metade do século. Alguns exemplos te temas polêmicos abordados em seus filmes são: O vicio em (O Homem do Braço de Ouro) a lei (Anatomia de um Crime), a política (Tempestade sobre Washington) ou A Guerra Fria (O Fator Humano). Mas vamos voltar ao Cardeal,no qual Preminger Poe seu personagem titulo num conflito interno e externo com a burocracia da Igreja católica, suas decisões e por fim a sua fé.

Duas passagens do filme retratam bem essas situações: na primeira, uma série de ações dele termina por levar a irmã ao suicídio após engravidar; na outra, acaba espancado ao ajudar um padre negro no sul dos EUA.

O Padre Fermoyle é interpretado por Tom Tryon, um dos grandes problemas do filme, pois Tom é um ator limitado, o que leva o público a não se identificar com o mesmo.

Quem esta ótimo no filme é John Huston, no papel do sarcástico Cardeal Glennon, o que podemos constatar em uma frase dele durante o filme – “Nos nunca tivemos um padre que trabalhava com a máfia antes.Mas suponho que você fez alguns contatos interessantes em Roma”.Este papel deu a Huston o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante bem como uma indicação ao Oscar.

O Filme venceu também o Globo de Ouro (1964) na categoria de melhor filme drama e teve indicações ao Oscar nas categorias de melhor diretor, melhor edição, melhor fotografia colorida, melhor figurino colorido e melhor direção de arte.

O Cardeal é um filme sobre memórias de um homem que mesmo nas suas lembranças parece nunca estar de fato inserido nelas. Preminger já esteve melhor.

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