sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Montanha dos Sete Abutres (1951)

Na próxima quarta-feira , completam-se 60 anos da estréia de “A montanha dos sete abutres”,onde Wilder fez aqui uma crítica mordaz e impiedosa à chamada imprensa marrom. Como não poderia deixar de acontecer à crítica americana atacou a obra do diretor bem como o público que se viu caricaturado.

O filme acabou virando um clássico do cinema, e não perdeu sua acidez e denuncia da imprensa marrom, uma vez que atualmente alguns profissionais (da informação) não estão preocupados com a notícia, mas, sim, com o sensacionalismo puro e a autopromoção. Transformam notícias em mercadorias, apenas mais um produto para ser colocado no mercado e consumido. Portanto, manipulam-se fatos para tornar a matéria mais atraente para uma população que também está preocupada em apenas consumir e não em se informar, ignorando questões básicas e não questionando a veracidade (ou qualquer coisa que o valha).

Wilder voltou ao assunto em 1974, em ''A Primeira Página'', de 1974, em que o diretor novamente fala da imprensa.

O jornalista Chuck Tatum, magistralmente interpretado por Kirk Douglas, tem algumas frases que exemplificam a estratégia da imprensa : “Notícias ruins vendem bem porque notícias boas não são notícias” ou “Se não houver notícias, vou lá fora e mordo um cachorro”. E esta outra: “Você aprendeu o quê na faculdade de jornalismo? Propaganda?”

Mas ainda é empolgante acompanhar Charles Tatum, um jornalista que, após perder diversos empregos em jornais grandes, consegue se empregar no pequeno jornal de uma cidade interiorana chamada Albuquerque. Contudo, manter-se nesse jornal não é a meta de Tatum, que espera ansiosamente por um furo de reportagem que o recoloque na grande imprensa. Inescrupuloso e capaz de manipular, distorcer ou inventar fatos, Tatum está disposto a tudo para conseguir a grande matéria que o levará de volta para a sua antiga posição.

Não deixe de ver!

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