domingo, 19 de junho de 2011

Desconhecido (2011)

Este é o que podemos chamar de um filme globalizado. O autor do livro é francês. O diretor, espanhol. O ator principal nasceu na Irlanda, e toda a ação se passa na Alemanha. Mas “Desconhecido” é o típico filme de suspense com jeitão norte-americano.

A ação começa com o Dr. Martin Harris e sua esposa Elizabeth chegando a Berlim para uma importante conferência mundial de Biotecnologia. Um acidente de carro, porém, põe o Dr. Harris em coma durante quatro dias. Ao acordar, toda sua vida está do avesso: é como se ele nunca tivesse existido. E é melhor não dizer mais nada.

O filme lembra os bons filmes do mestre Hitchcock.O homem solitário e indefeso lutando contra tudo e contra todos em busca da própria identidade, tendo uma bela capital européia e uma intriga de espionagem internacional como panos de fundo. “Desconhecido”, não pode ser descrito como um filme memorável, mas não faz feio. Uma ou outra forçada de barra no roteiro, uma ou outra cena de correria e/ou pancadaria desnecessária aqui e ali não são suficientes para tirar os méritos do filme, que tem tudo para agradar tanto aos fãs de uma boa trama, como a quem prefere somente a correria.

Liam Neeson esta convincente no papel, mas os destaques ficam com a marcante presença do grande ator alemão Bruno Ganz (o Hitler de A Queda), no impagável papel de um ex-agente da antiga Alemanha Oriental. É antológica sua fala que classifica os alemães como um povo que “adora esquecer”, que já esqueceu que foi nazista e agora tenta esquecer que foi comunista. Ou sobre um antigo cigarro que, de tão ruim, “matou mais comunistas que Stalin”. Seu embate final com outro veterano de Guerra Fria – vivido por Frank Langella – é um dos pontos altos do filme.

Quem também da as caras é a bela Diane Kruger como uma imigrante ilegal, que resolve ajudar Neeson, o que esta entre as várias incongruências do texto.
Desconhecido”, não é memorável, mas vai agradar quem gosta de um bom suspense.


Veja!

Um comentário:

  1. Oi Jorge! Te achei por aqui...eu fuçando algumas coisas sobre cinemas antigos...
    Não adianta né??? O cinema fica no sangue... Vou te seguir ok? Abraços, Christiane Mogk

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