sábado, 16 de abril de 2011

Vicio Frenético (2009)

Em 1992, o diretor americano Abel Ferrara dirigiu “Vicio Frenético” estrelado por Harvey Keitel e considerado sua obra prima. O filme se tornou um pequeno classico do cime moderno, mas o alemão Werner Herzog, não se intimidou transferiu a história de Nova Iorque para uma Nova Orleans pós Katrina. O resultado é um filme menos amargo que o original e com alguns momentos de comicidade, e com Nicolas Cage num otimo desempenho, o que tem sido raro ultimamente.

"Vicio Frenetico" se passa num cenário de destruição, rastro deixado pelo furacão Katrina e com uma analogia a situação que o personagem principal irá mergulhar. O filme inicia com o policial Terence (Nicolas Cage) mergulhando numa penitenciária inundada, para salvar a vida de um detento que está prestes a se afogar. O ato heróico lhe rende uma contusão na coluna, que o obriga a passar o resto da vida tomando analgésicos. Daí, para o tal vício frenético do título em português, é um passo: Terence mergulha agora num coquetel de drogas e acaba entrando numa espiral destrutiva, e vai cavando um buraco tão grande no desastre que se tornou a sua vida que é impossível imaginar uma saída para ele, mas apesar disso Cage consegue construir um personagem tão humano em seu desempenho que é impossível não ser simpático a ele.

Como falei acima Herzog criou alguns momentos cômicos no seu filme que na grande maioria são alucinações do personagem, como quando Nicolas Cage faz uma transação com um gangster negro, e um outro gangster vai cobrar uma dívida, causando um tiroteio dentro da casa, a seqüência termina com a alma do gangster realizando passos de dança de rua - algo como uma fusão do break com o hip-hop - e uma iguana andando entre os cadáveres. Outro momento acontece quando os policiais estão de tocaia, com os diálogos comuns a essa situação, e Cage enxerga duas iguanas em sua mesa, e as iguanas começam a cantar um soul.

È um filme diferente do original, mas tão bom quanto.

Veja!

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