quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Romantismo no Natal

O Cinearte da Fundação Cultural de Blumenau exibiu no correr do ano expressivas mostras de bom cinema. Os espectadores puderam curtir: filmes brasileiros, Carlitos, Marilyn Monroe, Errol Flynn, Alfred Hitchcock, enfim, dramas, comédias, suspense, bangue-bangues e aventuras clássicas. No próximo mês, encerrando suas atividades de 2013, teremos apenas três produções, todas norte-americanas, considerando os festejos natalinos.

Carta de uma desconhecida (1948), dia 2 – No século XIX, em Viena, adolescente tímida (Joan Fontaine, irmã de Olívia de Havilland, de... E o vento levou) apaixona-se perdidamente por pianista famoso e mulherengo. Os dois se reencontram anos depois, mas ele não a reconhece. Fontaine (de Rebecca, a mulher inesquecível) está soberba na criação deste personagem – símbolo das mulheres românticas. A história, baseada em romance de Stefan Zweig, austríaco que viveu no Brasil, onde se suicidou, talvez pareça superada pela mudança dos costumes e pode até soar boboca, mas os espectadores românticos serão excitados até os limites de suas emoções. A copiagem em vídeo, disponível nas locadoras, não mostra toda a beleza da fotografia em preto-e-branco original. A versão do Cinearte não foi colorizada.

A canção da vitória (1942), dia 9 – Narra a biografia de George M. Cohan, que foi um
grande ator e autor de “vaudevilles”, empresário e compositor famoso nos Estados Unidos. Mostra episódios da vida do grande artista que, ocupando com suas peças – grandiosas revistas musicais – vários teatros, reinou durante muitos anos na Broadway. Filho de um casal de artistas de origem irlandesa, em companhia de seus pais e de sua irmã, trabalhou desde menino no palco, constituindo “Os quatro Cohans”. Entretanto, já adulto e sonhando com glórias maiores, George M. Cohan dispôs-se a trabalhar sozinho, compondo e montando revistas musicais e canções que se tornaram populares em todo o território estadunidense. James Cagney, famoso em papéis de gângster, surpreende neste musical, arrebatando o Oscar de melhor ator, dirigido por Michael Curtiz, de Casablanca.




Por quem os sinos dobram (1943), dia 16 – Adaptação romântica da novela de Ernest Hemingway sobre a Guerra Civil espanhola. Gary Cooper, em grande forma, é um agente britânico que se alia a um grupo de ciganos, liderados por Katina Paxinou (grega, Oscar de atriz coadjuvante), para explodir uma ponte fortemente protegida pelo exército franquista. Ingrid Bergman vive uma refugiada. E está belíssima como sempre.

Prosa e Verso                   Gervásio Tessaleno Luz

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