Hoje vou
falar sobre outro lançamento da parceria Folha de São Paulo/ Versátil Home
Vídeo, o fascículo de nro.15, que nos traz o filme de 1926 – Fausto (Faust - Eine Deutsche Volkssage)
baseado na obra de Goethe.

Este foi o
ultimo filme dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau (1888 – 1931), ou simplesmente F. W. Murnau, em sua terra natal a
Alemanha, quando emigrou para Hollywood.
Fausto por não ser
tão conhecido como outras obras do diretor, como, Nosferatu, Uma Sinfonia de Horrores (Nosferatu, Eine
Symphonie des Grauens),
de 1922, ou o
aclamado Aurora (Sunrise) de 1927, mas é uma importante obra do
cinema mudo e expressionista alemão, bem como do movimento Kammerspiel, cujas principais características são: - Filmes com estética mais realista. -
Roteiros com poucos diálogos. - Ao contrário do caligarismo, privilegia
cenários mais realistas, mas sem abandonar aspectos subjetivos em sua
concepção. - Iluminação sofisticada e movimentação de câmera mais rebuscada.
Fausto situa
sua ação
no final da Idade Média e Murnau concebe uma atmosfera mística a partir dos
contrastes de iluminação, que remetem à pinturas de Rembrandt, ou seja o que
vemos na tela são imagens de espantosa beleza. Murnau “imprime a cada uma dessas
imagens, armando ao longo de cada cena uma sinfonia em que luz e sombras
compõem um campo de batalha.” (Inácio Araujo, na Folha, 17/10/1993), caro
leitor, devemos levar em conta que o filme foi feito em 1926.
O filme conta
com nomes como Emil Jannings (Mefistófeles), o grande ator suíço, muito
lembrado pelo clássico O Anjo Azul (Der
Blaue Engel).onde trabalhou com Marlene
Dietrich, que aqui mostra sua origem teatral e teve uma carreira promissora
também em Hollywood terminada quando os filmes sonoros fizeram
de seu forte sotaque alemão difícil de entender. Outro nome que se tornou
famoso é o ator e posterior diretor William Dieterle, que se destacou em
Hollywood na direção de filmes como A
História de Louis Pasteur, Emile
Zola e O Retrato de Jennie, que
aqui vive o papel do jovem Valentin.

Como extra
temos um ótimo documentário intitulado “Fausto, a linguagem das Sombras” de 52
min. que fala sobre o diretor e sua saga para produzir Fausto.
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