domingo, 11 de agosto de 2013

O Mestre do Suspense

Neste mês de Agosto o Cinearte faz uma Homenagem ao  mestre do suspense

Quatro filmes de Alfred Hitchcock constam da programação do Cinearte para este mês. Para quem curte o gênero, o prato é perfeito:

Psicose (1960), dia 5 – Jovem (Janet Leigh) foge com dinheiro da imobiliária onde trabalha e planeja encontrar o amante, que mora em outra cidade, mas interrompe a viagem para dormir num velho motel administrado por um estranho rapaz (Anthony Perkins) e sua mãe. Um dos filmes mais famosos do mestre do suspense, em que o soberbo domínio da técnica cinematográfica faz esquecer eventuais imperfeições do argumento e do roteiro. Os pontos altos são a fotografia em preto-e-branco; a trilha sonora; e o planejamento visual, especialmente na cena do chuveiro; e o desempenho de Perkins, o melhor de sua carreira. Os bastidores das filmagens de Psicose foram alvos de um filme recente, em que Anthony Hopkins vive o papel de Alfred Hitchcock.

Intriga internacional (1959), dia 12 – Executivo nova-iorquino é confundido com espião e sequestrado por agentes inimigos que tentam fazê-lo passar por culpado de assassinato e, depois procuram matá-lo em série de “acidentes”. Considerado por muitos o melhor filme de Hitchcock pelo ritmo envolvente e pelo elenco impecável: Cary Grant, Eva Marie Saint e James Mason. Sequências eletrizantes, como o ataque de avião contra o herói, no deserto e a descida da serra com Grant bêbado. Hitchcock, inglês de nascença, dizia que este filme conta “a essência de todos os seus filmes americanos”.

A tortura do silêncio (1952), dia 19 – Montgomery Clift vive um padre que recebe a confissão de um assassino. Problema: o criminoso tem todas as condições de incriminar o padre, que não pode abrir o bico por conta do segredo confessional. Sempre que o cristianismo é envolvido nos filmes do mestre inglês, parece que o sofrimento é mais agudo. O mesmo acontece em O homem errado, também de Hitch, com Henry Fonda. Aqui é Clift quem faz o padre, ou seja, a ideia de uma grande fragilidade e inocência frequenta seu rosto e seu corpo. Anne Baxter é sua parceira de elenco. Em preto-e-branco.

Disque M para matar (1954), dia 26 – Veterano campeão de tênis (Ray Milland) planeja, com rigor de detalhes, o assassinato da esposa rica (Grace Kelly). Trama perfeita e uma das mais curiosas sequências de assassinato do cinema. Foi refilmado para a tevê com Angie Dickinson no papel que foi de Grace Kelly e o canastrão Christopher Plummer no lugar de Ray Milland.

Publicação Original: Coluna Prosa e Verso para o dia 3 de agosto (Coluna de no. 470, publicada no Jornal Metas na edição de 3 de agosto)

Por: Gervásio Tessaleno Luz

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