Publicado originalmente nos anos 70 ( entre 1970 e
1976), o mangá Lobo Solitário é uma
criação do roteirista Kazuo Koike (um dos mais famosos escritores de HQs japonês,
autor de sucessos como Crying Freeman) e do veterano ilustrador Goseki Kojima desta
que é uma das mais importantes obras de histórias em quadrinhos de toda a
história dessa mídia.No Brasil a Editora Panini Comics foi responsavel pela
publicação dos 28 volumes da HQ.
A historia se passa
no Japão do século XVII, isto é, no chamado período Edo e conta a saga de Itto
Ogami que tem o cargo de kaishakunin, que quer dizer “o executor do imperador”,
uma figura temida e odiada por quase todos os senhores feudais. Por meio de uma
falsa denúncia de traição do clã Yagyu faz com que ele caia em desgraça. Assim,
toda a sua família, inclusive a esposa é executada e, por isso, ele vagueia
pelo país com seu filhinho recém-nascido, Daigoro, em busca de vingança. Este é
o inicio da saga de um ronin, ou seja, um samurai sem mestre que se tornou
assassino: um kozuri, e que envolve traições, honra, família e filosofia
samurai.
Todos os 6 filmes são
protagonizados por Tomisaburo Wakayama,e foram produzidos entre 1972 e 1974 é e clara sua
influencia em muita gente de cinema como Quentin Tarantino, Frank Miller, John
Carpenter ¸ além de ter inspirado outros filmes, como Estrada para Perdição e o
recente Wolverine Imortal do diretor James Mangold.
Em Lobo Solitário temos todos os elementos que
Kurosawa condensou em Os sete samurais para criar a ação do filme -
câmera-lenta, zoom, cortes rebuscados - são transpostos com muito êxito para o
papel. Analisando os filmes em mais profundidade podemos identificar uma
notável influência de Sergio Leone e Sam Peckinpah nos frequentes duelos e
massacres, só que com muito mais sangue, o que nos remete a Tarantino. Não
poderia ser diferente, uma vez que para ser fiel ao roteiro das revistas
implica em realizar um filme tão absurdamente violento, que muitas vezes chega
a beirar o cômico. Mesmo tratando o material com seriedade, é impossível manter
o tom do gibi e, vez ou outra, o realismo descamba para o ridículo. Ainda
assim, a saga é boa e faz jus a uma das HQs mais importantes de todos os
tempos.
Nos seis filmes que compõem
a serie, vamos encontrar dos os trejeitos de cinema B, o que se justifica
levando em conta que os mesmos foram realizados no pequeno espaço de apenas
três anos, ou seja, vapt-vupt. Isso significa resumir mais de oito mil páginas
e cento e quarenta capítulos, dando coerência a eventos que são desenvolvidos
vagarosamente nas revistas. Mas o grosso da história do samurai Itto Ogami está
lá.
Agora graças a uma
caprichada edição de colecionador é lançada em DVD pela Versátil a série
completa e inédita com os seis filmes do “Lobo Solitário” numa caixa com 3
discos, esta disponível para ser vista e
revista, buscando a influencia da mesma em diretores e filmes do mercado ocidental.
Para comprar: http://www.livrariascuritiba.com.br/dvd-lobo-solitario-tomisaburo-wakayama-3-dvds,product,AV093003,2763.aspx
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