Quando o espectador descobre que esta é uma adaptação da obra do japonês Kazuo Ishiguro e esta mais para ficção cientifica que para romance, mas quando o espectador tem esta percepção já é tarde demais pois já esta envolvido na historia dos 3 jovens.
Tudo gira em torno de um triangulo amoroso entre 3 jovens que estudam numa tradicionalíssima escola inglesa: Ruth, Kathy e Tommy, interpretados respectivamente por Carey Mullingan, Keira Knightley e Andrew Garfield quando chegam à idade adulta. O lugar é administrado com rigor pela diretora Emily (Charlotte Rampling). Mas tudo muda quando uma nova professora, mais jovem, chega à escola com idéias menos convencionais. O filme pode lembrar um pouco “Sociedade dos Poetas Mortos”, e assim aparentemente vamos acompanhar as dores e amores da adolescência de qualquer jovem. Mas o que vamos descobrir e que nenhum destes jovens terá uma vida longa e somos levados por caminhos totalmente diferentes, surpreendentes, e com extrema delicadeza e paixão se dedicará à discussão de um tema dos mais difíceis: a mortalidade. Ou, mas especificamente neste caso, a brevidade desta mesma vida.
Graças ao refinado roteiro de Alex Garland que soube adaptar de forma brilhante as idéias perturbadoras propostas por Kazuo Ishiguro, o qual nos apresenta conceitos ao mesmo tempo tão poéticos e inquietantes sobre vida e morte.
Não quero revelar mais do filme para não estragar as muitas surpresas e o turbilhão de sentimentos que o mesmo reserva ao espectador.
Dirigido por Mark Romanek de um modo europeu: com calma, sensíbilidade, com um olhar introspectivo, sem pressa. “Não Me Abandone Jamais” é um filme instigante.
“Não Me Abandone Jamais” foi o vencedor do prêmio de Melhor Atriz (Mullingan) e indicado a Filme, Diretor, Roteiro, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante do British Independent Film Awards.
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