quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um Sonho Possível (2009)

Depois de assistir a “Um Sonho Impossível” fiquei surpreso por sua indicação entre os dez candidatos a Melhor Filme na premiação do Oscar deste ano. Mas refletindo sobre o filme, vi que o mesmo tem uma história que tem sua força própria, talvez por se basear em um fato verídico ou talvez por mostrar-nos aquele lado que acredita no Bem maior, mas não tem a coragem de agir com as próprias mãos. Então é mesmo mais fácil projetar-se em Leigh Anne Toughy as esperanças de uma humanidade caridosa e altruísta e ao final do filme acreditar que realmente é possível ajudar o próximo.


O filme é baseado na história verídica do atual atacante dos Baltimore Ravens, contada no livro The Blind Side: Evolution of a Game.

Big Mike (Quinton Aaron) é negro, obeso e filho de uma mãe viciada.Marcado pela rejeição, Big Mike cresceu pulando de um lar adotivo para o outro sem nunca encontrar acolhimento verdadeiro. Os vários traumas de sua infância fazem com que ele pareça um grande vazio intransponível. Ele finge indiferença e burrice, beirando aparentar deficiência mental - mecanismos de defesa psicológica contra mais traumas. Quanto menos envolvimento ele tiver com o que acontece ao seu redor, menor será a dor, lição que aprendeu com a mãe.

Sua vida começa a mudar quando ele cruza o caminho da família Tuohy, o mais perfeito exemplo do sonho americano: Leigh Anne( Sandra Bullock) é a mãe, uma perua rica, mas consciente e de valores cristãos; seu marido, Sean (Tim McGraw), é um ex-jogador de basquete: e seus dois adoráveis filhos: a insossa adolescente Collins (Lily Collins) e o espevitado S.J. (Jae Head).

Ao encontrar Big Mike sozinho na rua em uma noite fria, Leigh Anne decide simplesmente levá-lo para sua casa e dar-lhe uma cama, comida e basicamente tudo que ele nunca teve: uma família estruturada. Os Tuohy então o acolhem, acreditam em seu potencial e incentivam seu desempenho nos esportes. Como força motriz deste processo de superação está Sandra Bullock, lutando até quando o próprio Big Mike pensa em desistir.

Sandra que até o momento nunca me havia surpreendido como atriz, tendo uma carreira volta para filmes com ônibus desgovernados e comédias românticas histéricas, mas aqui rouba todas as cenas com um desempenho maduro, mas sem deixar de ser Sandra Bullock com seus trejeitos.

Com a direção fraca de John Lee Hancock, o filme é tocante, mas beira o artificial - ele é feito para atingir diretamente o emocional do espectador. Temos aqui uma história de amor, um amor altruísta, que está disposto a se doar ao próximo sem esperar nada em troca.

Veja!

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