sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Fim da Escuridão (2010)

Mel Gibson andava desaparecido das telas desde que estrelou o ótimo, mas incompreendido “Sinais” (2002), ele deixou de lado a atuação e foi para trás das câmeras, onde fez o polêmico “A Paixão de Cristo”e o violentíssimo Apocalypto.



Foram-se quase oito anos, mas ele está de volta. E mais uma vez encarna um personagem que anda no limite entre o certo e o errado lembrando muito seu personagem de “O Troco”, agindo por sua própria conta e risco baseado em suas crenças pessoais. Em O Fim da Escuridão (Edge of Darkness, 2010), Thomas Craven (Gibson) é um policial do departamento de homicídios de Boston.

Sua Filha vem visita-lo e no caminho para casa ela começa a passar mal. Quando eles estão saindo em direção a um hospital, um furgão para na frente da casa. De lá vêm um grito - "CRAVEN" - e um único tiro, que acerta Emma. Quais os motivos que levaram ao assassinato? Quem ia querer Craven morto? Disposto a vingar a morte da filha, Thomas começa a sua investigação paralela, e do seu jeito.



O grande problema do filme são os roteiristas, que desde o começo dão mais pistas do que deveriam. Talvez por terem que transformar uma premiada minissérie inglesa de 6 horas para os 120 minutos do filme. Deste modo o que era um poderoso suspense cheio de intrigas envolvendo conglomerados gigantes e política vira um filme de vingança.



O filme só funciona, pois conta com uma competente equipe técnica liderada pelo diretor Martin Campbell (Cassino Royale) e, principalmente, pela atuação de Mel Gibson, que fica ainda melhor quando ele divide a tela com Ray Winston no papel de um inglês de fala mansa contratado para "limpar a sujeira" antes que ela se espalhe ainda mais.



Não quero dizer que “O Fim da Escuridão” seja um mau filme, mas tive o sentimento que ficou faltando alguma coisa, tipo uma sensação de que o filme poderia ser muito melhor. Para os fãs de Mel Gibson, aqui esta uma boa oportunidade de ver o velho “Mad Mel” dos anos 80.

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