domingo, 2 de junho de 2013

Clássicos do faroeste

 Coluna Prosa e Verso para o dia 1 de junho

Autoria: Gervásio Tessaleno Luz

Neste mês, o melhor do bangue-bangue norte-americano (não esquecer que os italianos se utilizaram do gênero, fazendo o faroeste al sugo, ou seja, espaguete) vai ser exibido no Cinearte da Fundação Cultural de Blumenau. São quatro os filmes:

Matar ou Morrer (1952), dia 3 – Na hora de seu casamento, xerife recebe notícia de que um bandido que mandou para a cadeia (e que jurou matá-lo) saiu da prisão e deve chegar no trem do meio-dia. Faroeste antológico, feito em tempo real: sua duração corresponde ao tempo efetivo em que a ação se desenrola. Por isso, o filme mostra vários relógios, intensificando o suspense à medida que os ponteiros avançam para o meio-dia. Oscar de ator para Gary Cooper. No elenco, Grace Kelly e Lee Van Cleef. No Brasil, fez-se uma paródia - Matar ou correr, com Oscarito e Grande Otelo, de matar de rir. Em preto-e-branco. Os demais são coloridos.

Os imperdoáveis (1992), dia 10 – Matador viúvo e aposentado volta à ativa quando é contratado para descobrir o paradeiro do homem que retalhou rosto de prostituta. Este faroeste intimista, grande vencedor do Oscar de 93 (levou as estatuetas de melhor filme, direção, ator coadjuvante, Gene Hackman, e montagem, recolocou o veterano Clint Eastwood (que atuou e dirigiu) no topo da parada. Sua visão do Velho Oeste é amarga, e a fotografia escura transmite desolação, o que é acentuado por cenas em meio a tempestades. No elenco, os excelentes Morgan Freeman e Richard Harris.

Butch Cassidy (1969), dia 17 – Um ex-açougueiro (daí o apelido Butch) e um hábil pistoleiro vivem de assaltar trens e bancos impunemente, até se tornarem caçados em todo o território americano. Reunião muito bem-sucedida de vários talentos: a dupla central (Paul Newman e Robert Redford) e o diretor George Roy Hill (o trio repetiria a dose com Golpe de mestre, 1973). Não há como esquecer Butch Cassidy experimentando uma bicicleta, a novidade tecnológica da época.

Duelo ao sol (1946), dia 24 – No Velho Oeste, amor de bela mulher (Jennifer Jones) é disputado por dois irmãos (Gregory Peck e Joseph Cotten). Faroeste com cores quentes e toques melodramáticos, produzido por David O. Selznick para o estrelato da sua mulher, Jones. Ela está ótima como a sensual Pearl Chavez, uma mestiça que acirra a rivalidade de dois irmãos de índoles diferentes.. Há boa dose de erotismo, fato raro no gênero western, e um duelo final empolgante.

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