segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Exótico Hotel Marigold (2011)


Em um prólogo breve, mas contundente, o diretor John Madden, de Shakespeare Apaixonado, nos apresenta seus personagens e os motivos que levam um grupo de sete idosos aposentados decide fazer uma viagem à Índia, mais especificamente ao hotel do titulo.  
Nesta busca por uma estadia, o grupo é apresentado e se deixa seduzir pelo convidativo e tentador folheto de um hotel que acaba de passar por uma reforma e oferece ótimos preços. O primeiro encontro do grupo é no aeroporto, quando a nova empreitada já se revela mais exótica do que relaxante. Mas é claro que, ao chegar lá, o local não é nada do que se havia imaginado. Embora o ambiente seja pouco luxuoso, permite experiências que vão mudar as vidas de todos para sempre.
Em suas buscas pela redenção vamos acompanhar os personagens vividos por: Muriel (Maggie Smith), uma idosa racista, que vai para o país de Gandhi para ser submetida a uma cirurgia ortopédica; Graham (Tom Wilkinson), um advogado que deixou seu grande amor quando viveu na Índia e não quer morrer sem saber do paradeiro do seu antigo amor; Evelyn (Judi Dench), que enviuvou recentemente e que não aceita de forma alguma ir morar com o filho, já que a situação econômica que ela herdou do falecido não era das mais auspiciosas; Douglas (Bill Nighy) e Jean (Penelope Wilton), um casal cujo casamento vai mal há vários anos, sem que eles se dessem conta; Norman (Ronald Pickup) e Madge (Celia Imrie), que estavam em busca do grande amor, que redimiria suas vidas afetivas.
Para dar um contraponto temos o proprietário do hotel vivido gerenciado por Sonny (Dev Patel, de (Quem Quer Ser um Milionário?), um enrolador por natureza, que se daria muito bem como comerciante no Brasil. A herança que Sonny recebeu do seu pai estava caindo aos pedaços e seu sonho era recuperar o hotel e torná-lo capaz de fazer jus aos sonhos de seu falecido pai.

John Madden agora aposta as fichas numa temática da melhor idade, e principalmente num elenco estelar, capaz de carregar qualquer filme nas costas. As várias formas de reagir à velhice, os sonhos, os medos, os segredos estão contempladas nos personagens, com humor na dose certa. E a mensagem soberba que não se chega a esta idade sem perdas.

Em segundo plano, mas não menos especial temos a Índia e todas as suas grandezas e mazelas, o seu trânsito absurdo, as suas cores vibrantes, a miséria de sua população e o seu lado mais moderno, é um personagem vivo do filme.
Não deixe de ver!


http://www.youtube.com/watch?v=XWG6bGJ4QPw

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