O diretor iraniano Asghar Farhadi nos coloca frente a uma questão: Quem esta com a razão quando todos têm razões legitimas? A separação que dá nome ao filme já começa praticamente consumada. Ela quer morar fora do Irã e levar sua filha, enquanto o marido insiste em ficar em Teerã para cuidar de seu pai idoso, que tem Alzheimer. O juiz nega o divórcio, pois não há, no seu entender, um fato suficientemente grave para justificar a separação. Este é apenas o estopim de varias tramas paralelas. Vale dizer apenas que a trama de A Separação retorna constantemente para a mesa de um juiz, criando uma situação de sufoco que surge da repetição kafkiana de situações de tribunal.
Farhadi usa o drama familiar para retratar a realidade iraniana, tais como os conflitos religiosos, as brigas de classes, sem mocinhos nem bandidos, apenas pessoas que fazem as coisas erradas e se veem obrigadas a lidar com as consequências.
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