segunda-feira, 1 de julho de 2013

CINEARTE no mes de JUlho

As sessões do Cinearte (Sala Edith Gaertner) da Fundação Cultural de Blumenau (criado há 10 anos por Herbert Holetz, o cinéfilo-mor da região) ocorrem às segundas-feiras, com início às 19h30min. A entrada é gratuita. Boa diversão.

Coluna Prosa e Verso para o dia 22 de junho




Prosa e Verso                                       Gervásio Tessaleno Luz


O tema é cinema



Os cinco filmes do mês de julho do Cinearte da Fundação Cultural de Blumenau têm como temática a Sétima Arte. Tirando o italiano Cinema Paradiso, os demais são produções norte-americanas. Os três últimos são em preto-e-branco:


Cine Majestic (2001), dia 1 – Nos anos 50, roteirista de Hollywood, vítima de amnésia, vai parar em pequena cidade onde muitos acreditam tratar-se de jovem dado como morto durante a II Guerra Mundial. Em clima de fábula, o filme conta história extremamente original, mas que resvala na pieguice patrioteira na meia hora final quando se aprofunda na famosa perseguição anticomunista que assolou Hollywood nos anos 1950. Porém com sua bela encenação, o filme comove, em especial quando explora a magia do cinema e quando conta em cena com Martin Landau (o pai e exibidor) em extraordinária atuação. Jim Carrey, sem caretas, é o astro. 


Cinema Paradiso (1989), dia 8 – Ao receber a notícia de que o projecionista de sua cidade natal (Philippe Noiret) morrera, cineasta bem-sucedido (Jacques Perrin) recorda-se da infância e da adolescência, na Sicília. Realizado no mesmo ano de Splendor, de Ettore Scola, tem argumento muito parecido, mas não pretende discutir questões ligadas à indústria cinematográfica. Em seu segundo longa-metragem, Tornatore inspira-se na tradição dramática italiana para extrair emoção de episódios cotidianos. Destinado sobretudo aos amantes do cinema. Oscar de melhor filme estrangeiro e prêmio especial do júri do Festival de Cannes.


Assim estava escrito (1953), dia 15 – Em Hollywood, atriz e mais dois colegas recordam as turbulentas relações um incrível e egocêntrico produtor. Um dos melhores retratos da vida competitiva de Hollywood. Com um roteiro que se apoia na fórmula do flashback, o filme vai fundo nos limites da ética e da ambição, mesmo quando esta é legítima. Ganhador de cinco Oscar, entre eles o de atriz coadjuvante (Gloria Grahame). Kirk Douglas vive o produtor e Lana Turner surpreende como a atriz.


A última sessão de cinema (1971), dia 22 – Nos anos 50, dois amigos de cidadezinha no Texas conhecem a paixão e a desilusão. Clássico do cinema moderno, vencedor de dois merecidos Oscar de ator e atriz coadjuvantes, Ben Johnson e Cloris Leachman. O elenco todo, porém, está impecável neste retrato de “american way of. life” (jeito americano de viver) de primeira linha.


Crepúsculo dos deuses (1950), dia 29 – Ex-diva do cinema mudo (Gloria Swanson) contrata um roteirista (William Holden) que está desempregado, para que ele prepare seu retorno triunfal ao cinema. Um dos melhores filmes de todos os tempos, combina horror, mistério, policial, suspense e drama para descrever a loucura do cinema. Com Eric Von Stroheim, como o fiel mordomo, ex-diretor de cinema, e em participações especiais Cecil. B. de Mille e o comediante do cinema mudo Buster Keaton.