sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Profeta (2009)

Esta era minha aposta para o Oscar de Melhor filme Estrangeiro, que perdeu para o argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, que merecidamente levou o premio. Mas isto não tira o mérito de “O Profeta” que levou o “Grande Premio do Júri” em Cannes, além de ser eleito o filme do ano pelos críticos londrinos e arrebatar 8 estatuetas César o Oscar francês.


Este novo trabalho do diretor Jacques Audiard, que ficou conhecido no circuito de arte Brasileiro pelo filme “De Tanto Bater Meu Coração Parou” nos traz um filme arrebatador. Em uma entrevista à Folha de São Paulo o diretor disse que de alguma maneira, “Carandiru” e “Pixote – A Lei do Mais Fraco”, serviram de inspiração para sua história, acho que ele quis ser modesto, não desmerecendo os filmes mas os brasileiros devem ver “O Profeta” para aprenderem como se faz um filme de prisão.

O Filme mostra a dura trajetória de Malik, de dezenove anos (interpretado por Tahar Rahim, ganhador do prêmio de melhor ator do cinema europeu em 2009), dentro do sistema carcerário. Ao chegar à prisão, ele é encurralado pelo líder da gangue dominante dos corsos (interpretado por Niels Arestrup, ganhador do prêmio César de melhor ator coadjuvante em 2010) e forçado a executar várias tarefas perigosas, inclusive tráfico de drogas a assassinatos brutais. Com o tempo, Malik ganha a confiança do líder da gangue e conquista posições privilegiadas dentro da prisão. Enquanto isso, ele traça secretamente os seus próprios planos e o filme revela então a história de um aprendizado e retrata, sem nunca cair na obviedade, a origem de um poderoso chefão. Acompanhar a ascensão de Malik na prisão é quase como acompanhar a origem de Tony Montana ou de Don Corleone com sotaque francês.

O Profeta” tem uma trama arrebatadora, que dispensa efeitos especiais, sua força provem da interpretação de um elenco desconhecido e em uma narrativa tradicional, que guarda surpresas para quando menos se espera.Um dos grandes filmes de máfia realizado nesta década.

Não deixe de ver!

Momento de Decisão (1997)

Para a grande maioria dos cinéfilos se você falar sobre balé, logo virá a mente o clássico filme dos anos 40 “Sapatinhos Vermelhos”, estrelado pela bailarina Moira Shearer. Mas em 1997, Herbert Ross, casado com a bailarina Nora Kaye, executou um projeto pessoal que deu origem a “Momento de Decisão”. Lembro que na época de seu lançamento o filme encantou uma geração de bailarinas, inclusive minha irmã Letícia.


O filme relata a história de duas bailarinas, amigas e rivais que em um determinado momento de suas vidas fizeram uma escolha, e agora se perguntam se esta foi a mais acertada.

Em “Momento de Decisão” Emma, interpretada por Anne Bancroft, é uma bailarina que está envelhecendo e cuja carreira já atingiu seu ápice. Deedee, interpretada por Shirley MacLaine, é a amiga que abandonou a carreira há muitos anos para casar e ser mãe. As duas se reencontram após diversos anos quando a filha de Deedee demonstra talento e vontade de ser bailarina. Uma explosão de conflitos novos e antigos se segue, levando as amigas a analisarem as escolhas que fizeram na vida e como viver com tais escolhas. Uma história honesta e comovente, que dá uma visão romântica, mas também apaixonada, sincera e emocionante do que é o mundo do balé.

O filme tem a participação de vários bailarinos e bailarinas famosos inclusive do russo Mikhail Baryshnikov.

O filme tem o recorde de ser o que teve maior numero de indicações ao Oscar sem ganhar nada junto com “A Cor Púrpura”. Outra curiosidade é que o personagem do coreografo é inspirado no grande Jerome Robbins, diretor de “Amor Sublime Amor” junto com Robert Wise.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Façam suas apostas: Listas dos indicados 2011

"O Discurso do Rei" lidera indicações ao Oscar. Esta produção britânica lidera a competição, com indicações em 12 categorias, incluindo melhor filme, diretor e ator. Também saíram como favoritos "Bravura indômita", com dez indicações, "A rede social" e "A Origem", ambos com oito indicações. Em seguida vêm "O vencedor", que disputa o prêmio em sete categorias, "127 horas", em seis, e "Cisne negro" e "Toy story 3", em cinco.

A principal ausência sentida foi Christopher Nolan (A Origem), preterido na categoria de melhor diretor. Já as surpresas ficaram por conta da indicação de Javier Bardem como melhor ator por “Biutiful” e a boa presença de “Inverno da Alma”, com quatro indicações incluindo melhor filme.

O Brasil ficou de fora na categoria de melhor filme estrangeiro, mas está presente na de documentário.” Lixo Extraordinário”, co-produção com o Reino Unido, conquistou uma indicação na categoria.

Na disputa da estatueta de melhor ator, a surpresa ficou por conta do espanhol Javier Bardem, por sua participação em "Biutiful", também indicado a melhor filme de língua estrangeira. Ainda concorrem ao Oscar de melhor ator Jesse Eisenberg, de "A rede social", Colin Firth, de "O discurso do rei", Jeff Bridges, de "Bravura indômita", e James Franco, de "127 horas".

Entre as atrizes, a veterana Annette Bening, de “Minhas mães e meu pai”, disputa a estatueta com Natalie Portman, ganhadora do Globo de Ouro por “Cisne negro”, além de Nicole Kidman, de “Rabbit hole”, Michelle Williams, de “Blue valentine”, e Jennifer Lawrence, de “Inverno da alma”.

Confira a lista completa dos indicados ao Oscar 2011:



Melhor filme:

- “A rede social”

- “O discurso do rei”

- “Cisne negro”

- “O vencedor”

- “A origem”

- “Toy Story 3”

- “Bravura indômita”

- “Minhas mães e meu pai”

- “127 horas”

- “Inverno da alma”

Melhor diretor:

- David Fincher – “A rede social”

- Tom Hooper – “O discurso do rei”

- Darren Aronofsky – “Cisne negro”

- Joel e Ethan Coen – “Bravura indômita”

- David O. Russell – “O vencedor”

Melhor ator:

- Jesse Eisenberg – “A rede social”

- Colin Firth – “O discurso do rei”

- James Franco – “127 horas”

- Jeff Bridges – “Bravura indômita”

- Javier Bardem – “Biutiful”

Melhor atriz:

- Annette Bening – “Minhas mães e meu pai”

- Natalie Portman – “Cisne negro”

- Nicole Kidman - “Rabbit hole”

- Michelle Williams - “Blue valentine”

- Jennifer Lawrence - “Inverno da alma”

Melhor ator coadjuvante:

- Mark Ruffalo – “Minhas mães e meu pai”

- Geoffrey Rush – “O discurso do rei”

- Christian Bale – “O vencedor”

- Jeremy Renner – “Atração perigosa”

- John Hawkes – "Inverno da alma"

Melhor atriz coadjuvante:

- Helena Bonham Carter – “O discurso do rei”

- Melissa Leo – “O vencedor”

- Amy Adams – “O vencedor”

- Hailee Steinfeld – “Bravura indômita”

- Jacki Weaver - “Reino animal”

Melhor roteiro original:

- “Minhas mães e meu pai”

- “O vencedor”

- “A origem”

- “O discurso do rei”

- "Another year"

Melhor roteiro adaptado:

- “A rede social”

- “127 horas”

- “Bravura indômita”

- “Toy Story 3”

- "Inverno da alma"

Melhor longa-metragem de animação:

- "Como treinar o seu dragão"

- "O mágico"

- "Toy Story 3"

Melhor direção de arte:

- "Alice no País das Maravilhas"

- "Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1"

- "A origem"

- "O discurso do rei"

- "Bravura indômita"

Melhor fotografia:

- "Cisne negro"

- "A origem"

- "O discurso do rei"

- "A rede social"

- "Bravura indômita"

Melhor figurino:

- "Alice no País das Maravilhas"

- "I am love"

- "O discurso do rei"

- "Bravura indômita"

- "The tempest"

Melhor documentário (longa-metragem)

- "Exit through the gift shop"

- "Gasland"

- "Inside job"

- "Restrepo"

- "Lixo extraordinário"



Melhor documentário (curta-metragem)

- "Killing in the name"

- "Poster girl"

- "Strangers no more"

- "Sun come up"

- "The warriors of Qiugang"

Melhor edição

- "Cisne negro"

- "O vencedor"

- "O discurso do rei"

- "127 horas"

- "A rede social"



Melhor filme de língua estrangeira

- "Biutiful"(México)

- "Dogtooth" (Grécia)

- "In a better world" (Dinamarca)

- "Incendies" (Canadá)

- "Outside the law" (Argélia)



Melhor trilha sonora original

- "Como treinar seu dragão" - John Powell

- "A origem" - Hans Zimmer

- "O discurso do rei" - Alexandre Desplat

- "127 horas" - A.R. Rahman

- "A rede social" - Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor canção original

- "Coming home", de "Country Strong"

- "I see the light", de "Enrolados"

- "If I rise", de "127 horas"

- "We belong together", de "Toy Story 3"

Melhor curta-metragem

- "The confession"

- "The crush"

- "God of love"

- "Na wewe"

- "Wish 143"

Melhor curta-metragem de animação

- "Day & night"

- "The gruffalo"

- "Let's pollute"

- "The lost thing"

- "Madagascar, carnet de voyage"

Melhor edição de som

- "A origem"

- "Toy Story 3"

- "Tron: o legado"

- "Bravura indômita"

- "Incontrolável"

Melhor mixagem de som

- "A origem"

- "O discurso do rei"

- "Salt"

- "A rede social"

- "Bravura indômita"

Melhores efeitos visuais

- "Alice no País das Maravilhas"

- Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1"

- "Além da vida"

- "A origem"

- "O Homem de Ferro 2"

Melhor maquiagem

- "Minha versão para o amor"

- "Caminho da liberdade"

- "O lobisomem"

Amor à Flor da Pele (2000)

Quem não teve na vida um desejo amoroso não realizado, neste caso pela repressão? Esta é a premissa deste filme dirigido com maestria pelo renomado diretor chinês Wong Kar-Wai (Felizes Juntos).

Amor à Flor da Pele” é uma obra-prima de visual arrebatador. Não é um filme para todos os públicos, até porque tem um ritmo lento, e é necessário que o espectador se torne receptivo para se envolver em uma historia de amor nada convencional. Wong busca efeitos narrativos nada convencionais.

Esta é uma historia muito simples e tocante que se passa em Hong Kong, 1962. Um jornalista muda-se, com a esposa, para um novo apartamento. No local, conhece uma linda mulher casada. Aos poucos, eles se tornam amigos e descobrem que seus respectivos companheiros estão tendo um caso. Em sua narrativa temos um filme reprimido, sobre um amor fadado ao insucesso, pela sociedade repreensiva da época, pela covardia e pelo medo. O espectador tem a sensação de ser um voyeur, pois temos a sensação de estarmos observando os protagonistas às escondidas, através de frestas, nos becos, na chuva.

Vencedor do Prêmio Técnico e de Melhor Ator no Festival de Cannes, "Amor à Flor da Pele" é uma inesquecível história de amor, com figurinos, direção de arte, trilha sonora e fotografia de grande beleza plástica. Obrigatório para cinéfilos de bom gosto.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tron: O Legado (2011)

"Tron: Uma Odisséia Eletrônica" é um clássico da ficção científica dos anos 80, e na época foi uma sensação que arrebatou uma serie de fãs, principalmente a turma da informática, pois o filme usava termos que para muitos ainda eram novidade na época. Agora passados quase 30 anos o filme "Tron" ganha uma seqüência.quase 30 anos depois. Mas a Disney foi muito esperta e quem não assistiu ao primeiro longa, não ficará perdido. Isso porque "Tron: O Legado" conta a história de Sam Flynn (Garrett Hedlund), um jovem de 27 anos, especialista em tecnologia, que reencontra o pai, Kevin Flynn (Jeff Bridges), criador de Tron e que desapareceu sem deixar vestígios, depois de 20 anos.

Preso no universo digital criado por ele próprio - chamado de “a grade” (Grade), no primeiro longa -, Kevin está nas mãos de Clu (também interpretado por Jeff Bridges), seu clone digital. Na investigação sobre o desaparecimento do pai, Sam vai até a antiga loja de pai, onde descobre o laboratório secreto e acaba sendo digitalizado para o ambiente virtual.

Ao lado da fiel amiga de Kevin, Quorra (Olívia Wilde), pai e filho embarcam numa viagem de vida ou morte, num mundo perigoso e cheio de armadilhas.

Assinado pelo estreante em longas, Joseph Kosinski, a aventura de alta tecnologia também ganha uma versão em 3D. Jeff Bridges, que participou da versão da história de 1982, se tornou o primeiro ator da história do cinema a contracenar com uma versão mais nova dele mesmo nos papéis de Kevin e Clu.

O filme tem um visual fantástico, que deve ficar melhor em 3D, não tive esta oportunidade. Recomendo para fãs do filme de 80 e da ficção cientifica. Bom divertimento.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vencedores: Globo de Ouro 2011

MELHOR FILME DRAMA

A Rede Social (The Social Network)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)

MELHOR DIRETOR

David Fincher (A Rede Social)

MELHOR ATOR – DRAMA

Colin Forth (O Discurso do Rei)

MELHOR ATRIZ – DRAMA

Natalie Portman (Cisne Negro)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL

Paul Giammati (Minha Versão Para o Amor)

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL

Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christian Bale (O Vencedor)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Melissa Leo (O Vencedor)

MELHOR ROTEIRO

Aaron Sorkin (A Rede Social)

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Em Um Mundo Melhor (Dinamarca)

MELHOR ANIMAÇÃO

Toy Story 3
MELHOR TRILHA SONORA

A Rede Social (Trent Reznor e Atticus Ross)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Burlesque (“You Haven’t Seen The Last of Me”)

Televisão:

MELHOR SÉRIE TV – DRAMA

Boardwalk Empire

MELHOR SÉRIE TV – COMÉDIA OU MUSICAL

Glee

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE – DRAMA

Katey Sagal (Sons of Anarchy)

MELHOR ATOR EM SÉRIE – DRAMA

Steve Buscemi (Boardwalk Empire)

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL

Laura Linney (The Big C)

MELHOR ATOR EM SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL

Jim Parsons (The Big Bang Theory)
MELHOR MINISSÉRIE OU TELEFILME

Carlos

MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU TELEFILME

Claire Danes (Temple Grandin)

MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU TELEFILME

Al Pacino (You Don’t Know Jack)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Jane Lynch (Glee)

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Chris Colfer (Glee)

Jeff Bridges volta a trabalhar com os diretores no remake de Bravura Indômita

A refilmagem do western “Bravura Indômita” (True Grit), que os irmãos Joel e Ethan Coen realizam para a Paramount traz Jeff Bridges no papel que foi de John Wayne no classico de 1969.


O roteiro deve ser mais fiel ao livro de Charles Portis do que o clássico de 1969 dirigido por Henry Hathaway, pois os irmãos Coen se debruçaram longamente sobre o romance de Portis para personalizar o original com suas marcas: diálogos espertos, humor negro, violência e o homem revelado em suas virtudes e zonas sombrias, o que promete grandes atuações, principalmente de Bridges.. A história acompanha uma garota de 14 anos, Mattie Ross (Hailee Steinfeld), que, ao lado de um velho xerife (Jeff Bridges), parte em hostil terreno indígena atrás de Tom Chaney (Josh Brolin), o assassino do pai da menina. Quem também esta presente nesta caçada é um patrulheiro texano – gorducho e bigodudo, papel de Matt Damon.

Barry Pepper também esta no elenco. Como de costume, o roteiro foi adaptado pelos próprios Coen e a produção é de Scott Rudin, o mesmo de "Onde os Fracos não Têm Vez".

A estreia está marcada para amanha no Brasil. Acho que vale a pena conferir.

Malick de volta após 6 anos

A ÁRVORE DA VIDA


O imprevisível diretor e roteirista Terrence Malick que foi indicado ao Oscar de 1998, em duas categorias, pela produção Além da Linha Vermelha, volta agora após 6 anos de ausência desde “O Novo Mundo”.

No elenco estão Brad Pitt e Sean Penn como pai e filho num relacionamento bastante tumultuado. Boa parte do filme se passa nos anos 50. A trama gira em torno do casal O'Brien e seus três filhos. Jack (Sean Penn) é o irmão mais velho e, no começo da trama, está vivendo uma feliz e inocente infância com seus 11 anos. Tudo muda quando um dos irmãos morre e a família entra em desespero. A história passa então a mostrar a transformação do garoto Jack em um adulto perdido no mundo moderno e em constante busca pelo sentido da vida.

Num primeiro momento podemos deduzir, que a coisa vai enveredar para o existencialismo, o que é bom sinal, pois Malick é sensível no trato com o ser humano. A produção está mantida em sigilo, mas parece que o cineasta radicalizou no visual.

Data prevista de estréia: 01 de Julho de 2011

A nova animação de Carlos Saldanha

RIO (2011)


Rio é uma das próximas animações em 3-D da 20th Century Fox e Blue Sky Studios. É dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha que esteve a frente de “Era do Gelo 2” e “Era do Gelo 3” (que no Brasil, ultrapassou a bilheteria de TITANIC) e escrito por Don Rhymer.

Em desenvolvimento há anos, Rio é considerado "o projeto dos sonhos do brasileiro Carlos Saldanha", que anunciou que o filme será mais musical que os filmes da série Era do Gelo, e ele não podia ter tido ideia melhor para prestigiar sua terra Natal.

Blu (Jesse Eisenberg) é uma rara espécie de arara-azul residente num zoo em Minnesota que acredita que é o último de sua espécie. Quando ele descobre que uma arara fêmea (Anne Hathaway) foi descoberta na América do Sul, ele voa até o Rio, para encontrá-la onde se mete em muitas confusões na cidade maravilhosa. A som de fundo de um sambinha, o ritmo do trailer ja é cativante.

Estão ainda no elenco Rodrigo Santoro, George Lopez, Jake T. Austin, Carlos Ponce, Kate Del Castillo e Bernardo De Paula. Sua data de lançamento estimada é 8 de abril de 2011.

Tintin vem aí com Spielberg e Jackson

As Aventuras de Tintin – O Segredo do Unicórnio


Nos anos 80, pelas mãos de meu amigo Georges Rul, tive acesso aos quadrinhos criados pelo belga Gerges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, que havia criado As Aventuras de Tintin em 1929, e imediatamente me apaixonei pelas suas histórias.

Agora mais de 80 anos depoisde sua criação, dois grandes ícones do cinema, unem suas forças, para levar as telas os famosos quadrinhos, que já puderam ser vistos na forma de animação.

Agora sob a direção de Steven Spielberg e com a produção de Peter Jackson, teremos o que promete ser uma superprodução realizada com a mesma tecnologia de captura de movimento de “Avatar”.

Jamie Bell (Billy Elliot) dá vida ao repórter e viajante Tintin, que tem o fiel cachorro Milu como companheiro constante de suas aventuras. A Trama deste, que é o primeiro de uma trilogia, gira em torno da caça a um tesouro que pode estar em um barco naufragado que pertencia a um ancestral do Capitão Haddock, vivido por Andy Serkis (Gollum), já Daniel Graig fará a voz do pirata Red Rackham. Também estão no elenco Simon Pegg e Nick Frost como os detetives Dupond e Dupont, além dos atores Tony Curran e Toby Jones.

O roteiro é baseado nas histórias de O Segredo do Licorne, O Caranguejo das Pinças de Ouro e O Tesouro de Rackham o Terrível.

Este promete!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Último Pistoleiro (1976)

É um encontro de grandes nomes do cinema sob a batuta de Don Siegel, e a despedida de John Wayne das telas, pois ele faleceu 3 anos depois em 11 de junho de 1979.

O filme conta o final da vida de John Bernard (J.B.) Books (Wayne), um veterano pistoleiro, que no passado já havia matado mais de trinta homens. Em 1901, ele sofre de uma doença terminal (câncer ) vai à Carson City, (Nevada), (no livro era El Paso (Texas)). Sua intenção é visitar um médico, seu velho amigo Doc E.W. Hostetler (James Stewart), em busca de uma segunda opinião. Depois de confirmado o diagnóstico, Books aluga um quarto da viúva 'Bond' (apelido que significa "mulher") Rogers (Lauren Bacall), que mora com o filho, Gillom Rogers ( Ron Howard, que mais tarde se tornaria diretor). A presença de Books vira notícia, pois ele é muito famoso. E logo começam a chegar antigos inimigos à cidade. Mesmo debilitado, Books resolve confrontá-los, sabendo que esse será seu último desafio.

O roteiro tem muito a ver com a própria vida do ator, que também lutava com um câncer. O filme é baseado no livro de Glendon Swarthout, e Wayne, esta perfeito em seu último papel e podemos ver o homem que melhor se identificou com os heróis da colonização americana, morreu vítima de câncer nos pulmões, mas entrou para sempre no Olimpo dos deuses da sétima arte. Obra máxima de sua carreira. Imprescindível.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fantástica Fábrica de Chocolates (2005)

Hoje revi com minha filha “'A Fantástica Fábrica de Chocolates” não a versão de 1971 que assisti na minha infância, e que foi um fracasso em nossos cinemas após ser massacrado pela critica, mas acabou virando Cult, após ser apresentado em versão dublada na televisão,e acabou marcando a infância de milhares de crianças.

Mas com a direção do mestre do gótico, Tim Burton e com o homem das mil faces o talentoso Johnny Depp para o papel do esquizofrênico Willy Wonka, acabamos por vivenciar uma viagem encantada pelo mundo da magia, com situações inusitadas abusando de cores escuras mixadas com extravagantes. Sendo assim, ele consegue transmitir paisagens e situações infantis como adultas, tais como as referências a diversos filmes como "2001, Uma Odisséia no Espaço", a cena do chuveiro de "Psicose", "A Mosca", e aos vários filmes do próprio Burton, que encantam o público.

O filme é é mais fiel ao livro de Dahl (que por sinal, odiava aquela versão de 1971. A viúva dele assina como co-produtora aqui) e conta a historia do excêntrico proprietário de uma fábrica de chocolate, Willy Wonka (JOHNNY DEPP) e Charlie (FREDDIE HIGHMORE), um menino pobre e de bom coração. Há muito tempo afastado de sua família, Wonka promove um concurso internacional para escolher um herdeiro para seu império de doces. Cinco crianças de sorte, entre elas Charlie, encontram os bilhetes dourados em barras do chocolate Wonka e ganham uma visita guiada à lendária fábrica que ninguém nunca visitou em 15 anos. Maravilhado com tudo o que vê, Charlie fica fascinado pelo mundo fantástico de Wonka nesta história extraordinária.

O roteirista John August foi extremamente feliz ao seguir quase ao pé da letra o texto de Dahl (que já era bizarro), apenas explicando certos detalhes:como Wonka encontrou os Oompa-loompas) e principalmente mostrando a complexa relação com o pai dentista que detestava doces, que é interpretado pelo grande Christopher Lee (o melhor Drácula de todos os tempos).

Assim o roteiro responde certas perguntas (por exemplo, por que Charlie não vende o cartão premiado, já que a família é pobre e precisa tanto de dinheiro). E depois, ao final se estende para ter uma conclusão ampliada e mais bem resolvida. Mas em praticamente tudo Burton acertou, inclusive na concepção dos empregados Oompa-Loompas (que é sempre feito por uma mesma pessoa, Deep Roy.

Johnny Depp também dá o melhor de si. Ele está perfeito em seu papel, e dá um show de atuação, mesmo em alguns momentos em que a maquiagem o faz ficar praticamente irreconhecível (uma vez que Burton limpou as rugas e traços de Wonka e das crianças, deixando-as quase como bonecos). Dessa vez também vemos o passado de Wonka, dando profundidade às suas "egocêntricas" e problemas psicológicos, e deixando o filme mais palpável.

Tudo é uma fábula muito clara, que a moral da história enunciada com toda clareza, culpando os pais por mimarem os filhos (deixando-os gordos ou insuportáveis) ou os educarem da maneira errada (para serem por demais competitivos) ou assistirem televisão (com exagero).

Este é um filme com moral. Mas não é fácil nem simples. É complexa como a vida. Com excelente trilha musical de Danny Elfman, fotografia do francês Philipe Rousselot.

"A Fantástica Fábrica de Chocolates" é uma fábula atemporal, mágica, que devolve por algumas horas a criança dentro de nós. Um conto que nos mostra os verdadeiros valores da vida. Enfim um filme que envolve as crianças e os adultos, fãs de Burton e da história.

Vale a pena assistir.

domingo, 9 de janeiro de 2011

VENCER (2009)

"Vencer" (Vincere) é uma obra prima do italiano Marco Bellocchio, que se impõe há algum tempo como o maior cineasta italiano da atualidade, ativo desde a década de 1960 e geralmente se apresentando como dono de uma obra contestadora, ao mesmo tempo reflexiva e auto-interrogativa.

Este é um drama histórico que acompanha a história real de Ida Dalser, supostamente a primeira esposa de Benito Mussolini.

O filme começa na década de 1910, com o futuro líder fascista (vivido por Filippo Timi) falando que Deus não existe para um grupo de católicos de Trento, em nome do grupo socialista do qual se tornaria porta-voz. A ousadia de Mussolini encanta a jovem Ida (Giovanna Mezzogiorno), e os dois logo se tornam amantes às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Deste relacionamento nasce Benito Albino Mussolini, mas o que Ida desconhece é que Mussolini é casado com outra mulher, Rachele (Michela Cescon). Nos anos 1920, já conhecido como Il Duce (O Líder), Mussolini abandona Ida que, revoltada, exige seus direitos. Ela acaba sendo separada do filho e internada em um hospício, e passa o resto de sua vida alternando entre clínicas psiquiátricas e mantendo o discurso de ser a primeira esposa do ditador.

"Vencer" foi filmado como uma grande ópera, com músicas dramáticas pontuando as cenas mais densas.Na segunda metade do filme, o diretor Bellocchio optou por usar cenas reais de Benito Mussolini, o que dá mais veracidade ao longa que mostra, acima de tudo, como uma imagem política e o poder de persuasão são construídos.

Mussolini começou enganando Ida para depois enganar meio mundo. Seu discurso manipulador não é muito diferente do que se ouve por aí, nos dias de hoje principalmente do atual governo, sendo que Mussolini começou sua vida como sindicalista. Por isso o filme de Marco Bellochio é muito mais do que um relato histórico; é, também, uma crítica à política.

"Vencer" é um estudo acerca do surgimento e transformação de um homem em mito − numa alteração não apenas psicológica, mas, sobretudo física (o que não se refere a um simples e natural envelhecimento, e sim uma mutação que vai tornando a sua imagem mais ameaçadora e monstruosa), enquanto uma mulher não abre mão de seu Amor e seus direitos.

Não deixe de ver!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Homens em Fúria (2010)

Na última década Robert De Niro esta atuando no piloto automatico. Talvez desde "Entrando Numa Fria" (2000) ou até antes, em "Máfia no Divã" (1999), para citar apenas duas comédias que viraram franquia e ajudaram a estereotipar ainda mais o personagem rabugento.

Mas "Homens em Fúria" (Stone, 2010) não foi a redenção para trazer de volta o grande ator de clássicos do cinema como "Táxi Driver" e "Poderoso Chefão", mas já dá um passo adiante, acho que grande parte disto se deve a presença de Edward Norton, e que engole De Niro com uma atuação minimalista.

Grande parte do filme é um duelo de palavras entre Stone interpretado por Norton, um detento que já cumpriu mais de 3/4 da sua pena e agora tenta antecipar a sua saída da prisão junto ao seu agente de condicional, Jack (De Niro), que está a poucos dias da sua aposentadoria e que parece buscar uma razão para sua existência. E é neste duelo de palavras que Norton mostra porque é reconhecido como um dos melhores atores da sua geração. Ele muda o sotaque, inventa uma voz e cria trejeitos dúbios, que não deixam claro se ele está falando sério, se fazendo de louco ou dando um golpe de gênio.

Num conflito paralelo esta Lucetta (Milla Jovovich), esposa de Stone que tem a missão de seduzir Jack, para ajudar o marido. Missão que Milla Jovovich cumpre de maneira perfeita, numa atuação onde não sabemos qual vai ser sua próxima jogada. Este é, talvez, o melhor trabalho de Jovovich em muito tempo.

Esta é a segunda parceria do cineasta John Curran com Edward Norton, que interpreta um personagem bem mais malévolo que o marido traído de “O Despertar de Uma Paixão”.

Curran esmiúça a natureza humana ao contrapor não apenas os protagonistas, também ao explorar a relação de De Niro com a esposa (Frances Conroy) e sua relação conflitante com a bela Lucetta.A carga dramática fica nas trocas de olhares e, principalmente, na trilha sonora, que passa de zumbidos que estão ali apenas para dar o clima para algo muito mais importante para a trama. Diferente do que estamos acostumados na maioria dos filmes americanos este não da respostas claras e deixa muitas perguntas no ar o que dá margem para que os espectadores criem seus próprios desfechos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Homem de Palha (1973)

Um policial,o Sargento Howie (Edward Woodward) recebe uma carta anônima sobre o desaparecimento de uma jovem e vai até a remota ilha de Summerisle para investigar o caso. Lá chegando, ele se depara com costumes completamente diferentes de suas crenças cristãs, pois os habitantes da ilha escocesa seguem tradições pagãs, liderados por Lord Summerisle (Christopher Lee). Disposto a resolver o enigma do desaparecimento da jovem, e suspeitando do pior, vê-se envolvido numa série de intrigas, enquanto o filme explora de forma densa e bastante verossímil os antigos ritos e costumes do paganismo, notadamente a Festa de 1º de Maio, Festival da Primavera ou Festival de Beltane (de origem celta).

Este é um filme incomum , mas bastante interessante, um misto de policial e terror. Após um começo relativamente lento, “O Homem de Palha” fica cada vez mais intrincado e culmina num final hoje talvez previsivel.O filme toca em pontos nem sempre faceis de serem discutidos, como a religião e o moralismo e tem como ponto principal o roteiro do dramaturgo Anthony Shaffer, que teve a idéia de escrever um longa diferente dos filmes de terror feitos na época pela produtora inglesa Hammer, que usava artifícios clássicos com sombras, portas fechando sozinhas e barulhos estranhos para assustar e acertou no roteiro, criando uma história bem diferente.

A estética camp do filme, somada às sutis referências subliminares a certas características Beatle, contrastam com o clima atmosférico, adensando o mistério até o clímax. Feitas especialmente para o filme, as canções que compõe a trilha sonora acentuam pontos crucias no desenrolar da trama. Muito embora "O Homem de Palha" não seja exatamente um musical, várias dicas para o mistério estão escondidas na cantoria que permeia o filme. Em meados de 2000, o Iron Maiden compôs uma música sobre este filme, lançada no álbum Brave New World.

Um documentário (The Wicker Man Enigma) realizado em 2001 fala da produção, e das dificuldades sofridas pela mesma. Christpher Lee celebra O Homem de Palha como o ponto alto de sua carreira, queixando-se da pouca divulgação - e subsequente repercussão baixa - do longa-metragem. Este provocativo filme de Robin Hardy, porém, segue cultuado por uma legião de fãs e críticos que o consideram uma obra prima do moderno cinema de horror. Uma coisa é certa, é muito difícil ficar indiferente ao filme.


O longa foi refilmado em 2006 nos EUA como “O Sacrifício”, com Nicolas Cage no papel principal e foi um grande fracasso.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

À Meia-luz (1940) e (1944)

O DVD lançado pela Metro/Warner nos traz as duas versões. A primeira uma produção inglesa que nunca foi lançada no Brasil e a segunda de 1944, dirigida por George Cukor.

A versão de 1940 é a primeira versão da famosa peça de teatro de Patrick Hamilton. Quando os estúdios da Metro produzirão a versão de 1944, procurou de todas as maneiras destruir esta versão (e quando não conseguiu, acabou comprando os direitos). Mas em muitos aspectos ela é melhor do que a posterior (e mais famosa).
Esta primeira versão é mais enxuta e mais fiel ao texto original, explica melhor a transformação da heroína (o filme não demora para levantar suspeitas sobre o comportamento do marido, que logo a gente desconfia e descobre esta querendo enlouquecer a esposa. Ou seja, é mais convincente do que a versão de 1944.

A versão de 1944, dirigidoa por George Cuckor, deu por sua atuação nesse filme, a diva Ingrid Bergman seu primeiro Oscar® e um Globo de Ouro. Também indicado ao prêmio da Academia, Charles Boyer vive o anti-herói vil e calculista. Com Joseph Cotten, Dame May Whitty e Angela Lansburry, então com 18 anos de idade, em sua estréia no cinema. Indicado ainda ao Oscar® nas categorias Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Fotografia em Preto e Branco, Filme e Roteiro; Vencedor também na categoria Direção de Arte-Decoração de interiores para filmes em preto e branco.

Ambas as versões envelheceram mal, e esta segunda chega a ser arrastada e perde demasiado tempo (15 minutos) mostrando como o romance do casal começou e floresceu. O que não ajuda nada o filme. Acrescenta também uma figura de alívio cômico na velha vizinha fofoqueira (Dame May Whitty).

Boyer, que faz o marido, já usava peruca, faz biquinho de francês, é mais baixo que Ingrid e não convence nunca como o marido ambicioso e desonesto, que faz tudo para enlouquecer a esposa. Embora Ingrid tenha ganho seu primeiro Oscar pelo filme (ela estava no auge de sua popularidade e o papel não lhe é adequado- apenas uma cena pode justificar o prêmio, que é a final com Boyer). Em compensação, em algumas poucas cenas com apenas 17 anos, estreou no cinema, Angela Lansbury fazendo a criada intrigante e vulgar (um desempenho brilhante e sutil que lhe deu uma indicação ao Oscar e lhe garantiu uma carreira posterior notável).

A SETE PALMOS – A Primeira Temporada (2001)

Eu já havia comprado a segunda temporada fazia algum tempo, mas somente agora tive a oportunidade de adquirir a primeira temporada e começar a  assisti-la, e é realmente um trabalho fantástico de Allan Ball, recomendo assisti-la se voce gostou de “Beleza Americana

Six Feet Under ou “A Sete Palmos” foi uma série produzida pela HBO, que foi ao ar em 2001 e terminou na quinta temporada, em 2005. A série foi criada pelo genial e premiado roteirista Alan Ball, de Beleza Americana.Na verdade a série tem a sua marca registrada, misturando humor negro, comedia, situações bizarras e fantasia.O Seriado com episódios de uma hora de duração que conta os dramas vividos pela família Fisher. Donos de uma pequena funerária a Fisher & Sons em Los Angeles. Quando um ônibus mata Nathaniel Fisher, a tragédia lança uma mortalha na volta para casa de seu filho pródigo Nate (Peter Krause - que virou astro após o seriado).Então juntamente com sua mãe Ruth, seu irmão David e a irmã Claire, eles devem acertar o negócio da família, e os muitos problemas que aparecem quando sua vida está A Sete Palmos.

Mas a história não se resume apenas a esta família disfuncional, mas também tem vários temas paralelos, sendo que os episódios sempre iniciam com a morte de alguém que vai necessitar dos serviços da família, a partir dessa premissa somos apresentados a personagens que acabam por mexer com o espectador com seus dramas, loucuras ou decepções.

Os personagens são humanos, demasiadamente humanos, ora ficam bem, ora ficam mal, ora superam seus medos, ora caem neles novamente. Os mortos fazem parte, literalmente do mundo dos vivos. Várias das mortes que adentram a Fisher & Sons no começo de cada episódio interagem com os dramas dos personagens, que, não raro, dialogam com os mortos, e que neles projetam os seus próprios pensamentos. Uma presença sempre constante e irreverente é a de Nathaniel, agradavelmente representado por Richard Jenkins. A serie foi um sucesso de público e critica recebendo varias indicações e premiações (Emmys e Globos de Ouros).

Hoje vou começar a Segunda Temporada.

Dica: Tenho adquirido bons filmes e series com pouco uso no BOOK CENTER, o sebo que fica na Rua 7 de setembro , 1035 - Procure a Rosangela ou a Suzana minhas grandes amigas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Turista (2010)

O diretor Florian Henckel von Donnersmarck que em 2006 nos deu o ótimo “ A Vida dos Outros” grande vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, volta agora com um filme que hora tenta ser hora uma comedia romântica e hora um thriller policial.

Tive a impressão que Donnersmarck tentou fazer um filme nos moldes dos clássicos “Charada” de Stanley Donen e “Ladrão de Casaca” de Alfred Hitchcock, mas o que conseguiu foi um filme com belas paisagens, filmado em Paris e Veneza com uma trama absurda.

O filme começa com uma melhor misteriosa, Angelina Jolie, que lembra Audrey Hepburn ou Grace Kelly, em um café de Paris. Ela escapa dos policiais correndo para dentro do metro, pega um trem noturno para Veneza, isto sem causar uma ruga em seu vestido ou um cabelo fora do lugar. Dentro do trem vamos encontrar Cary Grant ou melhor Johnny Depp, um prestativo professor de matemática de Wisconsin.

Ela acaba seduzindo o professor para os seus interesses,e ai começam os problemas. Acho que Angelina sacou que o filme era uma piada e se diverte no papel esbanjando sexualidade e o encontro dos dois deveria ser espirituoso e engraçado, mas Depp, no entanto, interpreta seu professor de matemática sério e com um toque de tristeza.

No mais temos todos os clichês do gênero: o homem do mistério habitual que roubou milhões de um gangster, parceiro da mulher misteriosa - os policiais da Scotland Yard que a perseguem na intenção de capturá-lo - e o gangster e seus pistoleiros que também estão no rastro do ladrão.

Junte todos e tempere com perseguições sobre os telhados de Veneza, jantar em um trem, uma cena em um cassino, vestidos de grife e uma perseguição pelos canais com Jolie no controle de um barco –táxi.

Os papéis coadjuvantes são preenchidos por atores excelentes, e este é mais um sinal da pobreza do filme, pois nenhum consegue marcar. Você tem Paul Bettany e Timothy Dalton como policiais, Steven Berkoff como o gangster e Rufus Sewell como "o inglês".

O roteiro é de Christopher McQuarrie (vencedora do Oscar por " Os Suspeitos ") e Julian Fellowes (vencedora do Oscar por" Assassinato em Gosford Park "), juntamente com von Donnersmarck. É baseado em um filme francês escrito por Jerome Salle, que foi nomeado para um Cesar.

Para ver e esquecer.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Morre o ator Pete Postlethwaite

Londres - O ator inglês de cinema e teatro Pete Postlethwaite, ganhador do Oscar em 1994 por seu papel em "Em Nome do Pai", morreu neste domingo (2) aos 64 anos após um longo tratamento contra o câncer, informou nesta segunda-feira um amigo seu, o jornalista Andrew Richardson.

Richardson assinalou que o intérprete, que continuou trabalhando durante os meses em que estava em tratamento, morreu em um hospital em Shropshire (centro-oeste da Inglaterra). A família do ator pediu à imprensa que respeite a privacidade neste momento.

Nascido em 1946 em Warrington, condado de Cheshire (noroeste inglês), Postlehwaite cursou interpretação na escola de teatro Bristol Old Vic (oeste). Começou sua carreira de ator no Everyman Theatre de Liverpool (noroeste), onde teve entre seus companheiros a atores respeitados como Bill Nighy, Jonathan Pryce e Julie Walters, atriz com a qual manteve uma relação na década dos 70.

Postlethwaite, condecorado com uma Ordem do Império Britânico em 2004, era membro veterano da prestigiosa Real Companhia de Shakespeare. Em sua carreira cinematográfica ganhou destaque por sua impecável e sutil interpretação, dando sempre grande humanidade aos personagens.

O diretor de cinema de Hollywood Steven Spielberg o descreveu como "o melhor ator do mundo" após trabalhar com ele em "O Mundo Perdido: Parque Jurássico" e "Amizade".

Recentemente, atuou em "A origem" (2010), de Christopher Nolan e seu ultimo filme foi "Atração Perigosa". Outros de seus trabalhos incluem "Os suspeitos" (1995), "O mundo perdido - Jurassic Park" (1997) e "Amistad" (1997), os dois últimos dirigidos por Steven Spielberg.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cisne Negro deve concorrer ao Oscar

Em Black Swan ("cisne negro", em inglês), Natalie Portman vive Nina, uma bailarina totalmente devota à dança. Ela é a preferida do diretor Thomas Leroy (Cassel) para o papel de primeira bailarina no balé Lago dos Cisnes, mas com a chegada de uma nova dançarina, Lily (Mila Kunis), Nina deixa de ser o centro das atenções. Além da rivalidade com Lily, ela começa a passar por situações misteriosas.

Com a direção de Darren Aronofsky, traz ainda no elenco Barbara Hershey e Winona Ryder .O filme definido como um suspense sobrenatural, ja estreiou em 1º de dezembro nos Estados Unidos e deve pintar por aqui em fevereiro. Possivelmente sera um dos indicados ao Oscar assim como foi indicado para o Globo de Ouro onde concorre aos premios de Melhor Diretor, Atriz, Atriz Coadjuvante e Melhor Filme.