terça-feira, 28 de setembro de 2010

Playing For Change - Peace through Music (2008)

Há algumas semanas tive uma experiência que me fez ver como estamos todos conectados nesta era digital, que vou relatar antes de falar do filme, ou melhor, documentário “Playing For Change: Peace Through Music”. Estava conectado no twitter quando alguém postou um dos seus vídeos favoritos e várias pessoas começaram a fazer comentários sobre o mesmo, o que acabou despertando meu interesse e acabei por me conectar no Youtube para assistir ao vídeo. Fiquei fascinado com o tal vídeo e postei o mesmo como um dos meus favoritos no Orkut. Para minha surpresa alguns dias depois uma colega de trabalho me ligou e disse que gostaria de falar comigo, fui até o seu departamento e para minha surpresa ela havia visto minha postagem do Orkut e trouxe-me o DVD para assistir.Gostaria de agradecer aos amigos que que me fizeram ter contato com este fantástico documentário.


“Playing For Change: Peace Through Music” é uma história de esperança, luta, perseverança e alegria. Dirigido por Mark Johnson e Jonathan Walls que juntos com a equipe de Playing For Change, viajaram o mundo movidos por uma paixão: conectar o mundo através da música. Sua ambiciosa jornada levou os da África do Sul pós- apartheid, através dos sítios arqueológicos do Oriente Médio, até a beleza remota do Himalaia e além. Usando a tecnologia móvel inovadora, filmaram e gravaram mais de 100 músicos, em grande parte ao ar livre em parques, praças, estradas, nas ruas de paralelepípedos e em meio a montanhas. Cada performance capturada cria uma nova combinação em que os artistas todos estão, essencialmente, realizando em conjunto, mandando uma mensagem para o mundo apesar de estarem separados por centenas ou milhares de quilômetros de distância. Playing For Change: Peace Through Music é a história desta colaboração internacional sem precedentes musicais e do notável poder da música.

“Playing For Change: Peace Through Music” é um movimento multimídia criado para inspirar, conectar e trazer paz ao mundo através da música. A idéia deste projeto surgiu a partir de uma crença comum de que a música tem o poder de quebrar barreiras e superar as distâncias entre as pessoas. Não importa se as pessoas vêm de diferentes origens geográficas, políticas, econômicas, espirituais ou ideológicos, a música tem o poder universal de transcender e unir-nos como uma raça humana. E com essa verdade firmemente fixada em nossas mentes, partimos para compartilhá-lo com o mundo.

            
Se você quiser mais informações visite o site: http://www.playingforchange.com/          

domingo, 26 de setembro de 2010

Curtas

Esta confirmado Tom Cruise vai protagonizar Missão Impossível IV sob a supervisão de J.J.Abrams e a Paramount quer o produto pronto para 2011.

Roland Emmerich, o rei dos filmes catástrofes (2012,Poseidon), vai dirigir a trilogia “Fundação” baseada na obra de Isaac Asimov.

Penélope Cruz esta em negociação para participar da quarta aventura da franquia Disney “Piratas do Caribe” ao lado de Johnny Depp e que terá a direção de Rob Marshall.

Milla Jovovich (“Resident Evil: O Recomeço“) irá interpretar Milady de Winter, um amor antigo de Athos na nova versão de “Os Três Mosqueteiros”.O roteiro é de Andrew Davies (“O Diário de Bridget Jones”) e Paul W.S. Anderson (“Resident Evil“) dirige. O filme estreia no dia 15 de abril de 2011 nos EUA nos formatos 2D e 3D.

Marvel esta conversando com a atriz Scarlett Johansson para realizar um filme solo da heroína “Viúva Negra”.A chance é grande, mas estúdio dá prioridade a "Os Vingadores".

A animação “Gnomeo e Julieta“, baseada na peça de Shakespeare “Romeu e Julieta”, tem a direção de Kelly Asbury (“Shrek 2“). As músicas do filme são do cantor inglês Elton John. A animação tem estreia prevista para fevereiro de 2011.

Par Perfeito (2010)

Esta é mais uma dentre muitas das comédias românticas bobas produzidas por hollywood, e ainda estrelada por Ashton Kutcher que se especializou neste tipo de bobagem. Par Perfeito não pode ser considerada uma das melhores. Mas para quem não perde nada realizado pelo marido de Demi Moore e o segue no Facebook e Twitter fervorosamente, fica a dica para ter assunto com ele depois.


No filme Spencer (Ashton Kutcher), é uma espécie de super assassino que conhece Jen (Katherine Heigl), quando a mesma esta de férias em Nice. Após uma intensa atração se casam em um breve intervalo de tempo. A alegria dos pombinhos é interrompida quando Spencer passa a ser perseguido por uma pessoa do seu passado que paga um grupo de atiradores para matá-lo. Pior: os assassinos podem ser qualquer um.

Enfim o filme dirigido por Robert Luketic (A Sogra) e produzido por Ashton Kutcher tem um roteiro limitado, por não mostrar nada de novo, e seu final faz qualquer idéia de imprevisibilidade falir. Com uma produção no melhor estilo 007, não chega a ser uma base de entretenimento inteligente para você perder seu tempo, só se não tiver nada melhor para fazer.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ameaça Terrorista (2009)

Neste thriller psicológico, os USA se encontra sob uma ameaça terrorista, a diferença é que esta ameaça parte de um norte-americano, Younger (Michael Sheen), que se converteu ao islamismo e armou três bombas atômicas em diferentes cidades americanas. Apesar de Younger ser facilmente localizado e preso, ele não dá as coordenadas de onde as bombas estão. É quando entra em cena o investigador H (Samuel L. Jackson) e Helen (Carrie-Anne Moss) uma agente do FBI, que terão que pressionar o terrorista para descobrir a localização exata das bombas, numa corrida alucinante contra o tempo. Um thriller que irá te surpreender e te fazer pensar no inimaginável.


Este filme é extremamente discutível uma vez que o roteiro, procura justificar o uso da tortura (que existe a milênios e dizem eles que sempre dá certo) pelos militares americanos no combate a possíveis ataques terroristas, mesmo que isso vá contra os princípios básicos, da constituição americana e os direitos do homem.

Ao assistir ao filme, fiquei com uma sensação que a extrema direita mandou fazer o filme por encomenda a fim de justificar toda a podridão existente nos bastidores do mundo militar e política. Travestido em um thriller de suspense, nos é vendida uma polêmica extremamente manipulativa e perigosa.

Se você quer aprender técnicas de tortura, eis um prato cheio

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Interlúdio (1946)

"Interlúdio" é um clássico filme de suspense psicológico do mestre Alfred Hitchcock e produzido pelo grandioso David O. Selznick . O filme trata da história de Alicia Huberman (Ingrid Bergman), filha de um espião nazista, condenado por traição contra os Estados Unidos, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial. Do outro lado esta o agente do governo Devlin (Cary Grant), que comanda a operação visando prender um grupo de espiões nazistas que vivem no Rio de Janeiro, monitorando para que tudo saia nos mais perfeitos moldes planejados.


Quando lançou “HITCHCOCK - The Definitive Study of Alfred Hitchcock” na década de 60, François Truffaut afirmou considerar “Interlúdio” (Notorious, EUA, 1946) o melhor filme da primeira fase de Alfred Hitchcock (1940-1950) em Hollywood. É uma afirmativa difícil de fazer, mas fácil de concordar. O clássico romance de espionagem compete com obras-primas do naipe de “Rebecca” (1940), único trabalho do inglês a faturar o Oscar de melhor filme, e “Festim Diabólico” (1948) – e mesmo assim, Truffaut parece ter razão. Ancorado na simplicidade narrativa e na elegância visual, Hitchcock conseguiu construir um híbrido perfeito de thriller de espionagem e drama romântico ousado.

"Interlúdio" conta com um roteiro, assinado por Ben Hecht, não sendo dos mais prováveis, tanto na trama como na execução e só funcionam pelo charme da dupla central, que por sinal nunca veio filmar no Rio sendo as cenas de estúdio ou com projeção de fundo. A cena do beijo é considerada a mais longa do cinema. O filme tem uma bela fotografia em preto-e-branco de Ted Tetzlaff e com interpretações inesquecíveis. A atuação de Ingrid Bergman é simplesmente extraordinária, digna de um Oscar. Claude Rains, indicado ao prêmio da Academia, apresenta também um ótimo trabalho. Merece ainda destaque a atuação de Cary Grant, cuja química com Ingrid Bergman é perfeita. Só o final deixa a desejar por sua lógica.

Enfim, "Interlúdio" é mais um imperdível filme do mestre do suspense.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os Mercenários (2010)

A saudade dos grandiosos anos 80 realmente bateu em Sylvester Stallone, como já havia feito em Rambo IV e Rocky Balboa, co-roteiriza, dirige e protagoniza “Os Mercenários (The Expendables)”, com o qual o astro busca, um quarto de século depois do auge do gênero, resgatar a juventude do cinema de ação.


Na trama, um grupo de "soldados da fortuna" liderados por Stallone é contratado pelo misterioso Sr. Church (Willis) para infiltrar-se em uma ilha latina e assassinar seu ditador (David Zayas, de Dexter). Chegando lá, eles conhecem a rebelde Sandra (interpretada pela brasileira Giselle Itié) e descobrem a verdadeira natureza do problema. Mas quando eles enfim escapam da ilha, Sandra prefere ficar e lutar - o que desperta em Barney um sentimento de redenção que ele desconhecia.

“Os Mercenários” tem todas as virtudes e consequentemente os defeitos que o gênero ação dos anos 80 produziu, tanto que estão lá todos os ícones da época como Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Eric Roberts e ainda fazendo uma participação especial estão Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis, numa cena onde Willis faz uma piadinha com Schwarzenegger. Ficou faltando apenas a figura de Jean-Claude Van Damme, que segundo foi comentado não teve interesse em participar da produção.

Sly acrescenta ao grupo, os ícones de ação da nova geração representados por Jason Statham e Jet Li bem como contratou atletas em nome do realismo como Randy Couture (campeão de MMA), Gary Daniels (campeão de kickboxing) e Steve Austin (astro da luta-livre).

Mas muito mais que um desfile de veteranos e iniciantes , o filme traz a tiracolo todos os clichês dos filmes de ação do anos 80, desde narcotráfico, ditador de país latino, garota durona em perigo e muito mais, tudo embalado com uma dose maior de violência, ritmo MTV, ação de videogame só ficou faltando o velho discurso político.

Enfim o filme é um amontoado de bobagens, que não se deve levar a sério. Se você quer passar um tempinho dá para se divertir com o pastiche e desfrutar, o balé pra macho das coreografias marciais, mas não sobra muita coisa para ser lembrada.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Império Contra Ataca

Completando 30 anos de existência, digam o que quiserem, mas este é o melhor filme da Saga “Guerra nas Estrelas”. Quando o primeiro filme da saga “Guerra nas Estrelas” estreou nos cinemas em 1977, causou um revolução na história do cinema, lembro que vi o filme em 3 sessões consecutivas, pois não cansava de me deslumbrar com os efeitos nunca vistos antes. Não foi para menos que o filme teve 11 indicações para o Oscar, levou sete, bateu recordes de bilheteria e criou uma legião de fãs.


Apesar de sua base não passar de uma aventura de capa-espada digna de Errol Flynn, a reformulação e a estrutura criada por George Lucas mudou para sempre o universo das aventuras espaciais.

Mas 3 anos depois Lucas consolidou sua franquia com o lançamento de “O Império Contra Ataca”, que tem mais dramaticidade e em conteúdo mais complexo.Lucas desenvolveu os personagens, ampliou o universo e conseguiu fazer cenas de ação ainda mais vibrantes que o primeiro, e parte disso devesse a contratação de Irving Kershner para a direção e Lawrence Kasdan para ajudar no roteiro.

Alem de cenas inesquecíveis como a batalha na neve e a fuga da Millenium Falcon no campo de asteróides, este segundo episodio que depois virou quinto, trouxe para a saga pontos essências como, o entrada do Mestre Yoda uma mistura de alienígena com os sábios das artes orientais. Luke enfrenta seu lado negro e sua ligação com o insuperável Darth Vader, que com a frase “Eu sou seu pai!”, faz o publico vibrar e colar na tela e ficar ávido pelo próximo capitulo.

Enfim “O Império Contra Ataca” é uma obra inesquecível, irretocável e o melhor da série.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (2009)

Este é o primeiro dos filmes baseado na trilogia Millennium, de enorme sucesso do sueco Stieg Larsson, que morreu logo após completar a mesma. Devido também ao sucesso dos filmes na Europa Hollywood já prepara sua versão que deverá ter a frente David Fincher.


O Filme narra a história de um jornalista, Mikael Blomkvist que após publicar uma história sobre um grande empresário acaba por ser condenado, no período em que espera para cumprir a pena ele é contratado por um rico empresário para investigar o desaparecimento de sua sobrinha, ocorrido a 40 anos.Em uma trama paralela temos a história de Lisbeth Salander ( a ótima Noomi Rapace) uma hacker que ira ajudar Blomkvist a desvendar o mistério. Lisbeth é dona de um passado marginal e nebuloso, além de ser vitima de seu novo tutor, que quer manipular seu dinheiro e seu corpo.

Apesar do filme com conseguir alcançar a profundidade do tema desenvolvido por Larsson, que envolve exploração sexual, tráfico de mulheres, espionagem, serial killer e muito mais, o filme é um thriller hipnótico com suas paisagens gélidas, o clima de mistério cada vez mais envolvente recheado de cenas chocantes e suspense crescente.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cinema francês perde hoje Claude Chabrol

Claude Henri Jean Chabrol nasceu em Paris em 24 de Junho de 1930, este que foi uma referência do cinema francês como crítico, ator, roteirista e diretor, Claude Chabrol morreu neste domingo (12) na França, aos 80 anos.


Enquanto estudava direito conheceu Jean-Marie Le Pen, e participou do lançamento da Nouvelle Vague, ao lado de François Truffaut ,Jacques Rivette e Jean-Luc Godard na revista "Cahiers du Cinema". Na época o diretor da revista era Andre Bazin, que montou um grupo que ficou conhecido como “os jovens turcos" de Andre Bazin, do qual Chabrol também fez parte. Tendo Bazin como mentor esse grupo deu origem a Nouvelle Vague, que abalaou os alicerces não só do cinema francês mas do cinema mundial na década de 50 propondo uma quebra das amarras aos padrões vigentes e lançando uma proposta de liberdade e experimentação de novas formas de fazer filmes.

Curiosamente, Chabrol se destacou do grupo justamente por ajudar na elaboração da Nouvelle Vague e, depois, quando realmente investe no cinema como diretor, apostar no jeito artesanal e nas formas mais canônicas do que exatamente no rompimento total com as regras. Chabrol viajou por quase todos os gêneros, dos suspenses às comédias, passando pelos filmes de guerra, de espionagem e muitas adaptações literárias que se tornaram referências históricas, como por exemplo, o seu "Madame Bovary" (1991), também momento fundamental de sua parceria com Isabelle Huppert. Mas ficou conhecido principalmente pelos filmes de suspense abertamente inspirados em Alfred Hitchcock e Fritz Lang.

Junto com Eric Rohmer escreveu "Hitchcock", uma análise aguçada da obra do mestre do suspense. Foi também o início de sua carreira como diretor,quando dirigiu "Le Beau Serge" (1958), um filme considerado uma das sementes da Nouvelle Vague.

Nos anos 60, fez uma séria de obras memoráveis, como Os Primos, Entre Amigas, As Corças e O Açougueiro.O sucesso comercial de Os Primos permitiu-lhe criar a AJYM, produtora que financiou filmes de Eric Rohmer, Jacques Rivette e Philippe de Broca.

Nos anos 80, tornou-se um especialista da análise da burguesia francesa, criticando com veemência um conformismo servindo para dissimular a efervescência de vícios e de ódios e criou uma preferência por histórias de fortes questionamentos morais provocadas ou pela falta de encaixe dos personagens no mundo ou por uma forte sensação de perseguição ou ainda de culpa. No ótimo "Ciúme - O Inferno do Amor Possessivo" (1994), ele conseguiu juntar tudo isso ao mostrar a ação do ciúme e o processo de loucura provocado em um marido tomado pela dúvida sobre se sua mulher o trai ou não.

Engraçado e divertido, Chabrol também cultivou a ironia tanto nos dramas quanto nas comédias,principalmente em "A Comédia do Poder" e "Uma Garota Dividida em Duas". Este cineasta Frances sabia como ninguém observar e absorver o mundo ao seu redor para transformá-lo na tela e, quem sabe, na realidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Escritor Fantasma (2010)

Assim como em “A Rainha”, o filme de Polanski nos coloca dentro da redoma do poder, e “O Escritor Fantasma” e ele reflete a decepção do roteirista e escritor Robert Harris , com a política da Ilha da Rainha.


Roman Polanski que atualmente vive problemas com a justiça, imprima ao seu filme um retrato do isolamento que é vida de uma celebridade sob os holofotes. Mas como celebridade e poder hoje se confundem, e é obvio que Adam Lang o personagem de Pierce Brosnan no filme é claramente inspirado em Tony Blair.

No filme Ewan McGregor faz o escritor fantasma do título, encarregado de escrever a biografia do ex-primeiro-ministro inglês Adam Lang depois que o escritor fantasma anterior aparece misteriosamente morto na praia. O substituto mal consegue trabalhar - chega na casa de praia localizada nos EUA, faz duas entrevistas com o político, e o exilado Lang precisa sair para se defender em Washington de um escândalo ligado a Guerra do Iraque.

Toda a primeira metade do filme, que acompanha o processo de ambientação do escritor, é narrada de forma brilhante. A interpretação de McGregor é magnífica, e temos sensação que seu personagem esta alheio a tudo, envolto em um ambiente nebuloso. Aos poucos McGregor, descobre que as memórias que ele esta redigindo são provas de uma conspiração sem limites.É como se O Escritor Fantasma flertasse com o gênero dos terrores de mansão mal-assombrada, então faz sentido que aos poucos a crônica sobre o isolamento do poder dê mais lugar a uma trama de mistério.

Polanski consegue nos envolver unicamente através da visão do fantasma, que acaba se afundando cada vez mais neste universo de intrigas, traições e interesses políticos. Polanski deixa clara a mensagem que o perigo não está nas marionetes políticas, mas sim em quem move as cordas em favor dos seus interesses.

BREAKING NEWS - UMA CIDADE EM ALERTA (2004)

Quando uma unidade de transmissão de notícias mostra, ao vivo, uma atrapalhada derrota de um batalhão policial por uma gangue de cinco ladrões no meio de um tiroteio, a credibilidade dos policiais cai a zero. Prometendo capturar os ladrões a todo custo, os policiais da cidade, uns trinta mil, são mobilizados para patrulhar cada uma das possíveis saídas e fronteiras da cidade. Logo, o esconderijo dos ladrões é descoberto, eles estão num prédio e tomam vários reféns, entre eles uma policial, que é forçada a liberar o circuito interno de câmeras do prédio para as estações de TV, que começam a transmitir ao vivo uma verdadeira história ao público, com todos os seus detalhes sangrentos...

Este filme do coreano Johnnie To, foi exibido no Festival de Cannes de 2004, por indicação de Quentin Tarantino. O filme discute um tema extremamente oportuno, sobre o poder e domínio da mídia em tempos de Big Brother e afins.O filme Poe em xeque como a mídia pode influenciar  e alterar a vida das pessoas, mesmo entre bandidos e policiais. O filme tem todas as boas qualidades de um filme de ação e ainda a inteligência que é deixada de lado em muitas produções.

O filme tem um estilo rápido e é cheio de referencias, que já inicia com um eletrizante tiroteio. Para fãs do bom cinema e de policiais. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SALT (2010)

Salt ou Edwin A. Salt é um oficial da CIA acusado de ser espião russo por um desertor soviético da época da Guerra Fria. A missão de Salt é evitar ser preso e provar sua inocência. Bem, este foi o roteiro desenvolvido para ser estrelado por Tom Cruise, mas ele pulou fora, certo ele. Deste modo sai Cruise e entra Angelina Jolie. No roteiro, Wimmer mudou o básico: Edwin Salt se tornou Evelyn Salt.


Evelyn Salt é uma mistura de Jason Bourne, Ethan Hunt e uma versão moderna de MacGyver, improvisando armas com todo tipo de objeto em cena, além do mais o diretor Phillip Noyce não é Paul Greengrass assim como Salt também não é Bourne. A direção de Noyce é irregular e o roteiro não envolve o espectador.

Após ver o trailer e dar uma lida da sinopse, você pode identificar Salt com um thriller, com alto teor de suspense. Apesar de possuir uma premissa favorável ao gênero, Salt acaba sendo um simples filme de ação. O que faz com que as viradas na trama, absurdas por natureza, se tornem potencialmente cômicas. Como o mistério da premissa de Salt é solucionado logo na metade do roteiro, fica difícil entrar em detalhes sem entregar demais.
O Filme inicia com Salt interrogando um agente russo que se entrega ao FBI e ao serviço secreto americano. O agente Orlov explica um plano de ataque dos russos, que treinaram crianças para que, quando adultas, infiltrassem diferentes áreas do governo americano. Orlov revela que existe um plano para matar o presidente russo, que o assassino se chama Evelyn Salt, fazendo deste modo Salt com que ela tenha que provar o contrário. Nisto se resume o “suspense” do filme.

As cenas de ação não deixam a desejar, são extremamente bem coreografadas, mas um tanto exageradas. Enquanto isso, a trama é atropelada e chega ao ponto de ser invariavelmente previsível muito antes do desfecho da trama

Apesar do bom elenco, encabeçado pela ótima Angelina Jolie, Salt tem méritos apenas em suas seqüências de ação, mas não passa de um péssimo Missão Impossível feminino.

Respondendo a pergunta do cartaz: Quem é SALT? Salt é uma diversão descerebrada.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (2010)

As adaptações de videogames para o cinema sofrem do mesmo mal que acometeu (e eventualmente ainda acomete) aos filmes de histórias em quadrinhos: direcionamento equivocado de profissionais que não conhecem o material-base suficientemente bem para entendê-lo e extrair dele seus pontos mais fortes e mitologia.” Conforme o critico Érico Borgo. Sou obrigado a concordar com ele. Hoje Hollywood se preocupa mais com os produtos indiretos que vem na rasteira do filme, bonecos, cards, etc. do que propriamente com o filme.


Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, não foge da maldição, mas começa a traçar um caminho diferente, depois que excelentes games geraram filmes medíocres e sem grande expressão em bilheteria. Hoje as editoras e desenvolvedoras de games cresceram, e preocupam-se mais com suas criaçõers. O resultado são negociações muito mais cuidadosas de marcas como Prince of Persia, que está chegando aos cinemas com o aval da Walt Disney Pictures, através da empresa de Jerry Bruckheimer que formava dipla com Don Simpson que faleceu em 1969 e com o criador Jordan Mechner a bordo do projeto. A intenção era transformar a aventura egressa dos jogos eletrônicos no novo Piratas do Caribe, a mais lucrativa série cinematográfica do superprodutor e estúdio.

O filme, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time), não esconde seus segredo e não se prende ao jogo. É tudo superlativo, épico, grandioso... os efeitos especiais e os valores de produção - a direção de fotografia de John Seale é primorosa! – vindos de um orçamento de 200 milhões de dólares. A direção coube a Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo, Amor nos Tempos do Cólera).

A história apesar de ter as raízes do game homônimo de 2003 e traz uma história que funciona sozinha. Na história o Rei Shahrman, o soberano de Pérsia é assassinado, e a culpa reacai sobre o príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) diga-se de passagem a vontade no papel. Banido, Dastan tem que relutantemente juntar forças com uma bela e misteriosa princesa Tamina (Gemma Arterton) para guardar uma adaga ancestral capaz de conjurar as areias do tempo - um presente dos deuses que pode fazer voltar o tempo e dar ao seu mestre o controle do mundo.

A trama aventuresca e acelerada é tudo o que se espera de um filme assinado pelo produtor Jerry Bruckheimer que foi feliz ao adaptar para as telonas algumas das maiores qualidades da série de games. Dastan não tem o carisma de um Jack Sparrow, mas convence com a a movimentação fluida do protagonista, as armadilhas e quebra-cabeças que são elementos consagrados do game desde o primeiro Prince of Persia (1989).

A produção se descontrola ainda no último ato, que se arrasta demais e não sabe como resolver direito os poderes da adaga do tempo. Todo o desfecho é atropelado e a idéia do retorno ao passado fica jogada sem muita lógica. Não vá esperar profundidade mas diversão não falta.

sábado, 4 de setembro de 2010

O que vem por aí

THE AMERICAN

Jack (George Clooney) é um matador impecável, porém um de seus trabalhos dá errado e ele decide se aposentar. Mas antes de mudar de vida ele tem de realizar o último trabalho em uma pequena cidade da Itália, onde Jack encontra uma nova paixão e uma razão para viver.


MACHETE
 
Após Machete (Danny Trejo) se envolver com um traficante de drogas , ele aceita uma oferta para cometer um assassinato. O Dr. Benz (Jeff Fahey) contrata o assassino para matar um senador corrupto (Robert De Niro). Para a missão, Machete conta com a ajuda de Luz (Robert Rodriguez), Padre (Chech Marin) e April (Lindsay Lohan), uma socialite que possui habilidade com armas. Enquanto se prepara, ele é perseguido pela agente Sartana (Jessica Alba).


 
TAKERS
 
Um grupo de ladrões de banco tem plano de assalto de US$ 20 milhões atrapalhado por causa de um detetive.


O ÚLTIMO EXORCISMO
 
Quando o reverendo Cotton Marcus vai para a fazenda rural de Louis Sweetzer, na Louisiana, nos EUA, ele espera realizar mais um exorcismo de "rotina" em um perturbado fanático religioso. Sweetzer, um fundamentalista, contatou o pregador carismático como último recurso, certo de que sua filha adolescente, Nell, é possuída por um demônio que deve ser exorcizado antes que aconteça uma tragédia inimaginável.Com a consciência pesada, depois de ganhar dinheiro de crentes desesperados, Cotton planeja filmar um documentário do seu último exorcismo. Mas, ao chegar à fazenda da família, ele percebe que nada poderia tê-lo preparado para o verdadeiro mal que ele irá encontrar. Agora, tarde demais para voltar atrás, o reverendo e sua equipe precisam encontrar uma maneira de salvar Nell - e a eles próprios - antes que seja tarde demais.


AMOR À DISTÂNCIA
 
Erin (Drew Barrymore) é uma jovem bem humorada que conquista o recém-solteiro Garrett (Justin Long). O relacionamento deveria ser mais um amor de verão, mas quando ambos têm de voltar para casa um dilema se inicia. Como manter a distância uma relacionamento que parecia não ter futuro e acabou se transformando em uma grande paixão?


FONTE: Cineclick

Mistura de Religião, Ação e Sobrenatural em PRIEST

Baseado no HQ da coreana Min-Woo Hyung e dirigido por Scott Charles Stewart (Legião) o filme conta a história de um padre que desobedece as regras da Igreja e se une a um xerife e a um sacerdote para tentar capturar vampiros renegados que sequestraram sua sobrinha.
O roteiro é de Cory Goodman. O elenco conta com Paul Bettany(Legião) no papel principal, vivendo Ivan Isaacs, um padre caçador de vampiros; Cam Gigandet(Crepusculo) no papel de um xerife aliado de Isaacs, Karl Urban como Black Hat, o líder dos vampiros; e Maggie Q como uma guerreira.
E como o HQ o filme será uma saga que mescla fantasia sobrenatural, iconografia católica e até mesmo temas do velho oeste.
Nos quadrinhos coreanos criados por Hyung Min-Woo, Priest apresenta Ivan Isaacs, que era um padre promissor, mas cometeu um terrível engano: libertou o anjo caído Temozarela de uma prisão de centenas de anos. Depois disso, Ivan e sua amada, Gena, foram mortos. Para se livrar de seu sofrimento, Ivan vendeu a alma para o demônio Belial. Em troca, recebeu uma segunda chance de vida, além de forças sobre-humanas. É o início de sua vingança contra Temozarela. No Brasil, suas aventuras foram publicadas pela Lumus Editora.
Priest tem estreia prevista para 13 de maio de 2011, nos Estados Unidos e em agosto no Brasil.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Origem (Inception, 2010)

Como disse a critica da Revista Preview – Mariane MorisawaChristopher Nolan acredita na capacidade do espectador, desafiando-o em um filme complexo, visualmente estonteante, instigante e emocionante”. Ela não poderia ter definido melhor o filme “A Origem”, que mesmo tendo 142 minutos de duração deixa o espectador colado na tela do inicio ao fim, e olha que tive vontade de continuar no cinema e rever o filme novamente.

Leonardo DiCaprio, o atual queridinho dos grandes diretores é Dom que comanda uma equipe de espionagem industrial, infiltrando-se nas mentes das pessoas durante os sonhos e roubando seus segredos. A equipe é contratada por um poderoso empresário (Ken Watanabe), para uma operação arriscada, a equipe em vez de roubar uma idéia devera implantar uma idéia na mente do empresário concorrente (Cillian Murphy). Dom então junta sua equipe formada por Arthur (Joseph Gordon-Levitt), Earmes (Tom Hardy),Yusuf (Dilep Rao) e a estudante Ariadne (Ellen Page). Acompanhamos então o planejamento de um golpe enquanto se aprende o essencial de cada personagem. Na hora de pôr o golpe em prática, termina o ensaio, começam os imprevistos. Nesta viagem pela mente, Nolan monta a estrutura como um labirinto, pois a muitos caminhos possíveis, sendo que neste quebra-cabeças, o diretor solta uma serie de analogias, paradigmas e simbolismos, como: o totem de Ariadne é um peão de xadrez?

O filme é um espetáculo para os olhos com imagens inebriantes e pela tensão da parte final, como a cena da van caindo da ponte ao som do tique-taque do relógio ao fundo. Não se deve subestimar a importância da trilha sonora de Hans Zimmer nesse processo. Zimmer mantém o seu tema numa escalada de notas alongadas, truque que o compositor e o diretor empregaram com "O Cavaleiro das Trevas" (especialmente na cena da balsa dos condenados) e em A Origem funciona ainda melhor.Achei uma grande sacada a musica "Non, je ne regrette rien" de Edith Piaf, que traduzido seria “Não, eu não lamento nada”, quem viu o filme vai ver a ligação.

Leonardo DiCaprio, esta ótimo como o protagonista, que tem um passado nebuloso e esta em busca da redenção, temas recorrentes nas obras de Nolan, bem como a paternidade, memórias, a frágil linha que divide sonhos e realidade bem como a tênue linha que separa heróis e vilões.

"A Origem" é uma perola nas atuais produções hollywoodianas pois defende o poder da idéia e da imaginação.Muito a para ser discutido sobre o pião - vai todo mundo rever o filme e prestar atenção na aliança ou nas roupas das crianças.

Não deixe de ver!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os Irmãos Cara de Pau (1980)

"Eles nunca serão pegos. Eles estão numa missão divina.". Esta é a frase que resume esta ótima comédia musical que fez enorme sucesso nos EUA e mais tarde tornou-se um Cult do cinema. dirigido por John Landis. Estrela o filme a dupla John Belushi e Dan Aykroyd, famosos comediantes do programa de TV "Saturday Night Live" e que depois fariam carreira de sucesso no cinema.


Jake e Elwood Blues (Belushi e Aykroyd), dois ex-gangsters, precisam ajudar a salvar o antigo orfanato em que foram criados. Para isso, decidem reunir sua antiga banda para tentar ganhar algum dinheiro honesto, e assim alcançar sua própria redenção.

Nessa missão divina, Os Blues Brothers serão perseguidos pela polícia, pelos neonazistas, pelo exército e fúria de uma ex-namorada de Jake, uma mulher misteriosa armada até os dentes.

Nos quadros musicais temos muitas canções R&B e soul, interpretadas por grandes nomes. Você vai ver e ouvir em cena nomes como James Brown,Ray Charles (ótimo), James Lee Hoker e Aretha Franklin, tocam e cantam com toda a excelência de serem os grandes nomes do “blues” e do “soul music” norte americano. Não dá para também esquecer a própria “Blues Brothers Band”, que além de contar com famosos instrumentistas, ainda tem John Belushi (neste que foi seu maior sucesso e que logo depois morreria de overdose) e Dan Aykroyd cantando muito bem (a “Blues Brother Band” é composta por: Steve Cropper, Duck Dunn, Murphy Dunne, Willie Hall, Tom Malone, Lou Marini, Matt Murphy e Alan Rubin).Além deste seleto grupo de músicos, “Os Irmãos Cara de Pau” tem ainda a participação especial de Carrie Fisher, Steven Spielberg,Frank Oz e Henry Gibson.

Para completar, o filme conta com algumas fantásticas perseguições de carro, como uma dentro de um shopping Center. Para quem gosta de ver o bom e velho blues sendo tocado por grandes nomes, esse filme é uma ótima recomendação. O problema é que o oposto também é válido: pessoas que não gostam do estilo de música vão achar o filme fraco e as constantes interrupções musicais tediosas. Mas esse é o problema com qualquer musical: ame-o ou deixe-o.

Darren Aronofsky na direção de Wolverine 2?

Hugh Jackman esta entusiasmado com a possibilidade de seu amigo Darren Aronofsky estar a frente da produção da próxima aventura solo do Wolverine.


Este com certeza não parece o tipo de filme Aronofsky, que dirigiu os excelentes “PI” e “Requiem para um Sonho”, mas dado o seu bom relacionamento com Hugh Jackman, não é nenhuma surpresa a possibilidade de ambos trabalharem juntos.

Embora este tipo de produção tenha bem mais cara de ser digido por David Slade, o mesmo foi descartado após uma reunião agendada com Jackman nesta semana.

A Fox aparentemente prefere a idéia de Slade dirigir dada a sua recente experiência em fazer “Twilight: Eclipse”. E o estúdio pode estar com medo da idéia de que a equipe por trás de “ A Fonte da Vida” de conta do recado em manter a franquia Wolverine em alta e de que Aronofsky possa fazer algo que agrade aos fãs..

Falando de filmes da Fox, a mesma ainda está procurando um diretor que assuma a frente da produção de “Deadpool” que teria a frente Robert Rodriguez, mas que esta com problemas de agenda em função de “Spy Kids 4”. Talvez o trabalho de Ryan Reynolds em “Safe House” possa significar que “Deadpool” vai ser postergado, com isso Rodriguez ainda poderia fazer o trabalho.

Fonte: Empire