terça-feira, 31 de agosto de 2010

Alta Freqüencia (2000)

Este filme de produção relativamente modesta me trouxe lembranças da série de TV “Túnel do Tempo” que eu adorava assistir quando era pequeno, e levante a mão os quarentões que não viram também. A natural do ser humano empolgar e se emocionar com histórias sobre viagens no tempo ( Quem não curtiu a trilogia - De Volta para o Futuro). “Alta Freqüência”, não foge a regra e tem o poder de cativar o espectador, e para desfrutar melhor esta brincadeira, é melhor não questionar seu ponto de partida e aceita-lo como um thriller, como filme de suspense, que sabe mexer com a emoção. Assim, o primeiro grande pré-requisito para curtir “Alta Freqüência” em toda a sua essência é: liberte-se do racional; embarque no emocional.


1999. Numa noite rara de tempestade solar, o jovem policial John Sullivan (Caviezel) encontra o aparelho de radioamador de seu falecido pai (Quaid). Ao colocar o aparelho para funcionar, John é contatado por Frank, um radioamador que, pelas conversas, parece estar vivendo no ano de 1969. O mais incrível acontece quando john percebe que aquele Frank é Frank Sullivan, seu pai. Atônito e emocionado, John tenta mudar o passado, avisando seu pai sobre o incidente que o matou. Mas ao burlar as leis da lógica, John muda outros fatos da história. Um deles é a morte de um homicida, que não acontece, deixando-o vivo para fazer mais vítimas. Agora, pai e filho correm contra o tempo para impedir um maníaco de continuar sua carreira de assassinatos.

Alta Freqüência” é o terceiro longa-metragem para cinema do competente diretor Gregory Hoblit. Após dirigir seriados policiais de TV, Hoblit iniciou uma carreira muito elogiada na tela grande, emplacando dois grandes sucessos em seqüência: “As Duas Faces de um Crime”(com Richard Gere e que revelou Edward Norton) e o excelente “Possuídos” (com Denzel Washington).

O filme é sem dúvida uma idéia intrigante, misturando ação, aventura, policial, romance e ficção científica. A parte final e bastante exagerada e nos tenta fazer acreditar em coisas altamente improváveis, mas nesta altura já estamos tão envolvidos na trama que tudo é aceitável. “Alta Freqüência” é um filme que agrada e emociona.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma Noite Fora de Série (2010)

Duas das séries cômicas mais elogiadas da atualidade, são “The Office” e “30 Rock”e ambas dependem muito de Steve Carell e Tina Fey. Ele já se destacou no cinema estrelando o papel principal de “Agente 86”, ela que já foi roteirista do “Saturday Night Live” e do excepcional "Meninas Malvadas" esta devendo, mas se destaca agora com "Uma Noite Fora de Série (Date Night)", interpretando um casal que já não tem mais surpresas um para o outro e por isso passa por um momento difícil da relação.


Para tentar dar uma revivida na emoções o casal Foster, Phil (Carell) e Claire (Fey) contratam uma babá e deixam a calma de Nova Jersey em direção ao agito de Nova York Porém, um caso de identidade trocada arremessa este casal comum numa aventura extraordinária! Phil e Claire enfrentam policiais corruptos, mafiosos impiedosos e um motorista de táxi completamente doido numa inesquecível noite de encontro a dois, durante a qual eles relembram o que os faz tão especiais um para o outro. Assim começa a ação, com os Foster sendo levados sob a mira de armas até o Central Park, fugindo em um barco a motor, participando de perseguições em alta velocidade em marcha ré, tiroteios, politicagem, prostituição, tiras corruptos e até mesmo espionagem internacional.

Outra grata surpresa do filme é a presença de um ótimo elenco de apoio, que participa de cenas menores, fazendo pontas, onde se destacam os verdadeiros Triplehorn, interpretados por James Franco (o Harry Osborn de Homem-Aranha) e Mila Kunis (a Jackie de That 70's Show), o descamisado Mark Wahlberg , o impagável J.B. Smoove como um motorista de táxi histérico e Ray Liotta no papel de Mafioso.

Mesmo em meio de toda esta confusão, muito bem filmada diga-se de passagem - está o humor dos dois protagonistas. As cenas deletadas que são exibidas junto com os créditos (e após também) mostram um pouco da criatividade de Steve Carell, que tem a língua solta e não aguenta fazer dois takes do mesmo jeito sem começar a "pirar". E Tina Fey, embarca junto, se soltando e mandando ver nos palavrões e tudo mais que lhe der vontade.

"Uma Noite Fora de Série" tem ação, comédia e muita bobagem, mas uma bobagem de primeira, não a casal com filhos que não ira se identificar com os dois no nicio do filme. Pode não ser fora de série como promete o título, mas é certamente uma boa noite fora.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os Boas-Vidas (1953)

Os boas vidas (I vitelloni; 1953) foi o terceiro longa-metragem do italiano Federico Fellini e é considerado o primeiro grande filme dirigido por Fellini.

Em Os boas vidas, Fellini busca as memórias de sua adolescência, as madrugadas, as pequenas e cortantes mesquinharias de um grupo de cinco jovens amigos, que vivem como vadios ou inúteis como diz o titulo original "vitelloni" , numa pequena cidade no interior da Itália.Eles vivem uma vida boêmia repleta de bebidas e mulheres. Sem perspectivas, cada um deles encontra um modo de escapar da monotonia da vida provinciana.

Fellini estruturou seu filme de uma forma simples e singela; o roteiro tem o formato de um caderno de notas, retirado do diário de um rapaz de interior que observa as banalidades que o rodeiam. O ritmo narrativo se dispersa se torna leve; ainda que existam momentos de grande dramaticidade como a tumultuada relação conjugal entre o sedutor Fausto e a ingênua Sandra, que será o clímax do filme. Este modo sentimental de ver a vida das primeiras obras de Fellini. O tratamento de Fellini à imagem, o olhar da câmara, permanece despojado, crítico, quase documental. Mas se formos mais fundo há por trás desse olhar que aparece mais evidentemente, um outro olhar: o olhar dos sonhos, expresso principalmente na seqüência do carnaval e na filmagem da madrugada em que, enquanto o sedutor da turma vai para o quarto com mais uma mulher, o intelectual se embeiça pela lábia dum ator e assusta-se quando descobre neste ator desejos homossexuais.

Se em momentos o filme nos parece um registro semi-documental das aventuras, frustrações, desejos e inquietudes destes cinco amigos numa cidade de interior. Em outro vivenciamos um hino de amor à vida mergulhando nas madrugadas insones e costurado pela história sentimental de Fausto e Sandra que, à boa maneira das antigas novelas globais, que após a tempestade, abre-se para o sol e termina bem. Um retrato de província. Uma crônica de costumes. Enfim, um ponto de parada obrigatório quando nos debruçamos sobre a obra cinematográfica de Federico Fellini.

Com belíssima música de Nino Rota parceiro inseparável de Fellini, Os Boas-Vidas conta com ótimo elenco, com destaque para o inesquecível Alberto Sordi (Abismo de Um Sonho), Franco Interlenghi (Vítimas da Tormenta) e Riccardo Fellini, irmão do cineasta.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dupla Implacável (2010)




Luc Besson já nos deu obras memoráveis como (O Profissional, Imensidão Azul e O Quinto Elemento),mas como roteirista e produtor de Dupla Implacável este que pode ser considerado o mais hollywoodiano dos cineastas franceses, nos deu um filme de ação continua onde o visual prevalece sobre a história.

Passado em Paris, o filme começa apresentando James Reece (Jonathan Rhys Meyers) um funcionário CDF da embaixada estadunidense que sonha em ser um agente secreto. Através do celular ele recebe ordens de uma voz misteriosa que o manda ir até o aeroporto pegar Charlie Wax (John Travolta), agente falastrão que começa a causar confusões assim que pisa em solo francês . Dali para adiante temos uma incessante sucessão de tiroteios, um punhado de correria e uma generosa porção de explosões.

O diretor Pierre Morel, que fez inesperado sucesso com Busca Implacável (Taken), tentou aqui duplicar este sucesso. Enquanto o filme de Neeson, também um absurdo, mantinha os pés um pouco mais no chão aqui temos um Travolta como um superagente e bota super nisso.

Travolta esta ótimo, e devora o filme, fazendo piadas de outros filmes seus, e aparenta se divertir mais que o espectador.

A fórmula de Besson é essa ação vertiginosa, abusando da adrenalina para deixar o público tonto enquanto a trama vagarosamente é deixada de lado.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sunshine - O Despertar de Um Século (1999)

Após três anos longe das telas, o consagrado cineasta húngaro István Szabó (vencedor de quatro prêmios em Cannes, dois em Berlim e um Oscar de filme estrangeiro por Mephisto) retornou em grande estilo neste drama o épico que inicia com a história de Ivan Sonnenschein e narra a saga de três gerações de sua família judia-húngara, de 1828 até os dias de hoje, misturando ficção com cenas de documentários históricos. O tataravô produzia um tônico revigorante cuja receita é um segredo de família. Seu filho mais velho, Ignatz, apaixona-se pela própria irmã adotiva e provoca sérias discussões em família. Na ânsia de subir na carreira de advogado, ele troca o sobrenome. Fiel defensor do império austro-húngaro acaba tendo problemas com o irmão Gustave, um revolucionário comunista. Adam, filho de Ignatz, não liga para a política. Ainda muito jovem, descobre seu talento para a esgrima e torna-se um atleta olímpico. Torna-se amante da esposa de seu irmão. Com a proximidade da II Guerra, os irmãos se convertem ao catolicismo. Adam ganha medalha de ouro nas Olimpíadas, mas quando a Alemanha invade a Hungria, nem mesmo sua reputação olímpica consegue evitar que ele e sua amante escapem dos horrores do Holocausto. Filho de Adam, Ivan, decepcionado com as promessas políticas dos comunistas de um mundo melhor, decide se arriscar e enfrenta o passado, tendo a coragem de descobrir algumas verdades sobre si mesmo.


Ao contar a história a saga da fictícia família Sonnenschein, Szabó nos da um quadro das radicais transformações políticas e sociais que abalaram a Hungria nas últimas décadas, como a divisão do império Austro-Húngaro, as duas guerras mundiais, o terror do nazismo, o domínio comunista e a derrocada da União Soviética. Todo este pano de fundo histórico é retratado com arte e precisão no filme de Szabó, seja por meio de uma excelente reconstituição de época, seja por meio da eficiente utilização de imagens de arquivo. Acima de tudo, trata-se de um trabalho de fôlego, já que o roteiro (também assinado por Szabó) se propõe a contar quase 200 anos de história em três horas de projeção nesta co-produção entre Áustria, Alemanha, Canadá e Hungria.

Sunshine recebeu várias premiações importantes, entre elas, as de Melhor Filme, Melhor Ator (Ralph Fiennes), Melhor Roteiro (Israel Horovitz e István Szabó) e Melhor Fotografia no Grande Prêmio de Cinema Europeu.

Como citou o critico Celso Sabadin – “São exatamente três horas de projeção, mas cada minuto vale a pena”.

domingo, 22 de agosto de 2010

Faces da Verdade (2008)

O diretor, roteirista e produtor Rod Lurie gosta de política. Dirigiu sete dos 18 episódios de Commander-in-Chief, série feita para a TV entre 2005 e 2006, em que a vice-presidente dos Estados Unidos, interpretada por Geena Davis, assume a presidência com a morte do titular.

Dirigiu também, em 2000, "A Conspiração/The Contender" , outro excelente filme político. Agora, assiti a este excelente “Faces da Verdade”, que discute política, valores morais e familiares, ética da justiça, liberdade de imprensa e dos graves perigos de um Poder Executivo forte demais - temas sérios, importantes, pesados, densos – em uma belíssima história, com um ritmo que parece de um thriller.

O filme pode ser visto até como uma critica ao governo Bush, tanto que quando foi lançado, nos dois últimos anos do mandato do mesmo, pairavam sobre o governo várias acusações sobre provas forjadas para, por exemplo, realizar a invasão no Iraque. Um documento governamental afirmou que o país de Saddam Hussein escondia “armas de destruição em massa”, nunca descobertas.

Faces da Verdade” que passou em branco em nossos cinemas e foi direto para o DVD merece ser descoberto. Num dos momentos de clímax do filme o advogado vivido pelo veterano Alan Alda pergunta “Qual a natureza de um governo que não tem medo de não ter de prestar contas?”. A indagação resume muito bem as intenções deste thriller político que se diz baseado em fatos reais (Iraque?) para questionar o abuso de poder do governo norte-americano, usando sempre como desculpa a defesa da “segurança nacional”.

A história é montada em cima de uma situação semelhante, após o presidente ser alvo de um atentado e culparem a Venezuela (não por acaso, um dos inimigos declarados dos Estados Unidos), o que provoca um ataque a este país sul-americano. A jornalista Rachel Armstrong (Kate Beckinsale, de “Terror na Antártida”) provará o contrário, apropriando-se de um relatório da agente da CIA (a sempre ótima Vera Farmiga de "Amor Sem Escalas") que teria isentado o país sul-americano.

Armstrong é uma repórter politica e “faminta” por histórias de grande repercussão. Em sua ansia acaba revelando a identidade da agente que trabalha encoberta. Os louros colhidos pelo furo jornalístico, que, em outros tempos, tomariam a proporção de um Watergate, são menores do que a dor de cabeça provocada pela implacável perseguição do governo para descobrir como ocorreu o vazamento da informação, comandada pelo juiz especial interpretado por Matt Dillon (o qual não gosto como ator) que esta muito bem no papel de um “pau-mandado” perverso e cínico.

O filme desconstrói a figura romântica do jornalista, como outrora visto em filmes como “ Todos os Homens do Presidente” e mostra uma nova realidade causada pelo 11 de setembro em que “a imprensa deixou de ser o cavaleiro branco para ser o dragão que todos odeiam”, como é citado a certa altura do filme.

O chamado quarto poder desaparece em meio às articulações de um governo de feições totalitárias para obrigar Rachel a revelar a sua fonte. Ela perde quase tudo, da família à liberdade, ao ser presa em função de seus princípios éticos.

Faces da Verdade” é estruturado em longas cenas com muitos diálogos. Apesar de abundantes, não cansam por conta do excelente trabalho de um elenco notável e do bom ritmo de suspense empregado pelo diretor Rod Lurie, que não deixa a peteca cair, transformando o filme num dos melhores trabalhos políticos da década.

Um filme inesquecivel. Virei fã de Rod Lurie e vou esperar pelo seu próximo trabalho com o titulo inglês "Straw Dogs" que esta em fase de pós-produção.

 

Woo quer Liam Neeson para fazer o papel título em Flying Tigers

Segundo John Woo , Neeson é o ator perfeito para estrelar seu novo épico que se passa em 1940 e retrata as batalhas aéreas no filme  "Flying Tigers".

Woo está juntando todas as peças com o objetivo de iniciar a pré-produção do filme no próximo mês na China. Enquanto ele está à caça de algum financiamento de algum estúdio americano e buscando o elenco certo, ele tem Neeson firme em sua mira: "Tem que ser uma estrela, mas é difícil encontrar o caminho certo, porque naquele tempo Chennault tinha quase 50 anos de idade. Idealmente, eu estive pensando Liam Neeson como o ator do título ", disse Woo ao Hollywood Reporter.

Então, quem é este Chennault? Ele serviu no exército americano como aviador. O Tenente-General Claire Le Chennault foi o homem que comandou os Flying Tigers, o esquadrão que treinou os pilotos de caça chineses, que lutaram contra os japoneses na Segunda Guerra Mundial. "Chennault realmente fez um grande trabalho para a China", diz Woo. "Ele realmente amou a China. Os chineses mais idosos realmente se lembram dele,e aprenderam a respeitá-lo e amá-lo. Não importa que tipo de partido estava no poder, todos gostavam dele. Chennault trabalhou com todos eles muito bem. "

E Woo também quer filmar a coisa em IMAX para conseguir o máximo impacto. Aposto que alguém vai tentar convencê-lo a filmar também em 3D,já que está é a onda do momento.

sábado, 21 de agosto de 2010

A Vida é Bela (1997)

O que um pai não faz para evitar o sofrimento de um filho, o que um home não faz para conquistar uma mulher e como podemos encarar a vida quando ela tenta nos apresentar uma das muitas dificuldades que temos de enfrentar no decorrer da mesma, estas são algumas das abordagens de “A Vida é Bela”.


“A Vida é Bela” conta-nos a história de um garçom judeu, Guido Orefice (Roberto Benigni), que se apaixona por uma bela professora, Dora (Nicoletta Braschi- esposa do diretor), tentando conquistá-la das maneiras mais inimagináveis. Ela abandona o seu noivo rico e segue o coração, casando com Guido. Anos mais tarde, em plena Segunda Guerra Mundial, Guido, Dora, seu filho e o seu tio são levados para um campo de concentração devido à sua origem. Guido é um homem capaz de tornar a vida mais bela graças à sua imaginação e à poesia com que envolve as suas ações. Por meio da imaginação e da fantasia, transformar os horrores da rotina de um campo de concentração nazista em regras de uma gincana, pelo menos aos olhos do filho de seis anos.

Como declarou o Cineasta e Ator Roberto Benigni - "O riso nos salva. Ver o outro lado das coisas, o lado surrealista e divertido, ajuda quem não quer ser pisado e esmigalhado como um graveto, ajuda a resistir à noite, mesmo que longa, longuíssima." Esta frase resume o singelo propósito por trás da história de "A Vida é Bela".

O filme conquistou crítica e público com seu espírito leve, porém crítico, e a coragem de fazer uma comédia para falar do que foi o maior drama do século 20: o Holocausto. Um filme de referência sobre o Holocausto. Se a narrativa é o modo próprio de quem conta uma história, em “A Vida é Bela” tantas são as imagens, as metáforas, as analogias que mais correto seria falar de pura poesia. Da ótima trilha sonora, aos cenários passando, sobretudo pelo próprio argumento este filme é uma obra inesquecível de humor com o mais tenebroso enquadramento. “A Vida é Bela” é um filme que não pode deixar de ser visto pelos amantes de cinema porque não há muitos filmes de humor tão puro, tão subtil e tão belo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O que vem por aí.

Josh Hartnett vai voltar a protagonizar um filme realizado por Paul McGuigan ("Paixão a Flor da Pele" e "Xeque-Mate").O roteiro será escrito por Michael Gould, e com o nome "Tomorrow", este thriller de ficção cientifica segue um homem que terá de viajar no tempo para impedir que a sua família seja morta.


'Jonah Hex', adaptação para o cinema dos quadrinhos publicados pela DC Comics, terá no seu elenco Josh Brolin,John Malkovich e Megan Fox. A historia transcorre no final da Guerra Civil americana, e o Sul escravagista foi derrotado pelo Norte abolicionista. Jonah Hex (Josh Brolin) é um mercenário desfigurado que é contratado para matar um lorde sulista (John Malkovich) que pretende reverter o desfecho da Guerra Civil. Na sua cruzada conta com a ajuda de uma prostituta lutadora (Megan Fox).

O realizador Wes Craven publicou no Flickr (site de imagens) a primeira fotografia oficial de "Pânico 4", revelando logo Ghostface, o vilão mascarado da série.A história se passa dez anos depois do terceiro filme, e conta com os mesmos Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette e novatos como Hayden Panettiere (a 'cheerleader' de "Heroes"), Emma Roberts, Marley Shelton, Adam Brody ("The OC"), Anthony Anderson, Marielle Jaffe, Nico Tortorella e Rory Culkin estão no elenco. Roger Labon Jackson, a voz de Ghostface, estará de volta para o quarto filme."Pânico 4" de Wes Craven estréia a 15 de Abril de 2011 nos EUA.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Este dia na história do Cinema...

1977 -Um dos mais populares comediantes de todos os tempos, Groucho Marx morre de pneumonia em Los Angeles, com a idade de 86 anos.


Groucho Marx, pseudônimo de Julius Henry Marx (Nova Iorque, 2 de outubro de 1890[1] – 19 de agosto de 1977) ficou conhecido como um dos mestres do humor. Fez treze filmes com seus irmãos, os Irmãos Marx, dos quais foi o terceiro por ordem de nascimento. Groucho também teve uma carreira solo bem-sucedida, especialmente como apresentador dos game shows de rádio e televisão You Bet Your Life e Tell it to Groucho.Sua aparência característica, remanescente de seus dias de vaudeville, incluía detalhes como óculos e um charuto, além de espessos bigode e sobrancelhas pintados.

Além de filmes como: Diabo a Quatro, Uma Noite na Opera, Um dia nas Corridas e Uma Noite em Casablanca, ficou famoso por suas frases, aqui cito apenas algumas delas:

• "Acho a televisão muito educativa. Toda as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro."

• "O matrimônio é a principal causa do divórcio."

• "Só há um forma de saber se um homem é honesto... pergunte-o. Se ele disser 'sim', então você sabe que ele é corrupto."

• "Eu não freqüento clubes que me aceitem como sócio."

• "Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes."

• "Por que eu deveria me importar com a posteridade? Ela nunca fez nada por mim."

• "Por trás de cada homem de sucesso há uma mulher, atrás dela está a esposa dele"

Trilogia Millennium terá remake americano

Baseado na trilogia do polemico escritor sueco Stieg Larsson, - um autor sueco que morreu em 2004 e que não chegou a ver nenhum dos seus livros serem publicados e conquistar o mundo. Os livros foram adaptados ao cinema há dois se tornaram um dos fenômenos do cinema europeu, o primeiro deles terá agora seu remake norte americano.


Os protagonistas que já estão confirmados são:Daniel Craig (007- Quantum of Solace) fará o papel de Mikael Blomkvist e Rooney Mara (A Nightmare on Elm Street ) será a hacker Lisbeth Salander. Também estão no elenco Robin Wright e Stellan Skarsgard, Wright será Erika Berger, editora de uma revista de economia (Millenium) e amante ocasional de Mikael Blomkvist, já Skarsgård será Martin Vanger, um dos vários suspeitos do sequestro de uma herdeira.

“The Girl With the Dragon Tattoo” é a adaptação do primeiro dos 3 livros e nos apresenta uma história que se centra num jornalista e numa jovem hacker que decidem investigar o misterioso desaparecimento de uma herdeira. O primeiro filme, “The Girl with the Dragon Tattoo” no original, ou “Os Homens que não Amavam as Mulheres" em português, tem a sua estreia agendada para 21 de Dezembro de 2011 nos cinemas norte americanos. Este primeiro livro foi adaptado ao cinema há dois anos num filme que se tornou um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema europeu, "Millennium: Men Who Hate Woman / Girl With the Dragon Tatoo", e foram realizados pelo diretor sueco, Niels Arden Oplev.

O primeiro filme/remake americano da saga "Millenium" que terá a assinatura de David Fincher, que embora ainda não tenha estreado, consta que a Sony ficou tão satisfeita com o resultado final de “The Social Network” (2010), que está extremamente expectante com o que David Fincher fará na sua adaptação cinematográfica do filme sueco “Os Homens Que Não Amavam As Mulheres”.

O produtor Amy Pascal, que quer David Fincher como o realizador de toda a trilogia Millennium e que tentarão filmar os filmes o mais rápido possível, e já afirmou que os filmes serão classificados como R-Rated (menores de 17 anos só podem assistir ao filme acompanhados por um adulto), de forma a explorar toda a tensão, choque e violência da obra original de Stieg Larsson. Referiu ainda que o argumento de Steven Zaillian (A Lista de Schindler) explora bastante bem o conceito de thriller do filme original.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Novo Homem Aranha

O nome do novo Homem Aranha já é conhecido, trata-se de jovem ator Andrew Garfield, que assume o lugar de Tobey Maguire. Andrew já pode ser visto em filmes como “Leões e Cordeiros” de Robert Redford e “O Mundo imaginário de Dr. Parnassus”. Ele também acabou de rodar “The Social Network” de David Fincher e relata a criação do Facebook.

O filme será dirigido por Marc Webb do ótimo “(500) Dias com Ela” e que veio de uma excelente carreia na direção de videoclipes.

O filme com estréia prevista para 2012, devera retornar a juventude do cabeça de teia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Canção de Bernadette (1943)


Este é um dos clássicos do drama religioso, produzido pela Fox, baseado no best-seller de Franz Werfel e conta a vida de Bernadette Soubirous (Jennifer Jones) uma menina de 14 anos, que vive doente, mas tem uma visão de uma "bela senhora" e nunca mais volta a sofrer com sua doença. Além disso, uma fonte aparece repentinamente próxima do local de sua visão e parece ter o poder de curar as doenças de quem se banha nela. Bernadette não muda seu comportamento pelo dom que parece ter recebido, mas sofre preconceito das pessoas à sua volta neste filme extraordinário e inspirador, também estrelado por Vincent Price, Charles Bickford e Lee J. Cobb. O filme rendeu o Oscar para Jennifer Jones em seu primeiro papel no cinema. Uma premiação correta, pois é a verdade e sinceridade de seu retrato da humilde adolescente elevada a santa em vida que torna o filme tão comovente e belo, muito superior a outros similares.


Como cita o critico Rubens Ewald Filho – “O diretor Henry King (1886-1982) soube dar à história o tom correto, nem solene nem banal, dosando a dramaticidade e fazendo Jennifer representar de forma simples e contida a fé de Bernadette, sua luta contra a incredulidade, seu romance com um camponês local, as fraquezas e ambições de seus opositores. Tudo muito sóbrio e digno. “

Além de explorar a abordagem do mito cristão, o filme é um retrato da fé pura e que tornou famosa a máxima para os que crêem nenhuma explicação é necessária, para os que não crêem nenhuma é possível.

É excepcional ainda a Trilha Musical vencedora do Oscar de Alfred Newman, um dos mais brilhantes e prolíficos compositores da história do cinema e que se tornaria a primeira a ser lançada comercialmente em disco.

Curiosamente as pequenas aparições da Virgem Maria no filme obviamente pediam uma atriz desconhecida e não-identificada, mas Darryl Zanuck, o manda-chuva da Fox na época, insistiu em usar a nada santa Linda Darnell (que apesar de geralmente interpretar ingênuas tinha a pior fama possível), provocando estupefação geral e a ira do autor Werfel, que chegou a ameaçar retirar seu nome dos créditos.

É um belíssimo filme, que pode comover até os incrédulos de coração mais duro.

domingo, 15 de agosto de 2010

A Nova Safra de Atores

Quatro jovens astros de Hollywood prometem muito sucesso, pois estão super atarefados até 2012.


AARON JOHNSON

Este inglês de 20 anos que esteve excelente em Kick Ass – Quebrando tudo  vai voltar ao papel em Kick Ass 2 – Balls to the Wall, previsto para 2012, mas antes ele aparece em Chatroom, um thiller dirigido por ninguém menos que Hideo Nakata, o mestre do terror da série o Chamado.



JAMIE BELL

Talvez você não se lembre dele, mas foi o garoto do ótimo Billy Elliot. Hoje mais velho e depois de aparecer em produções como King Kong e Um Ato de Liberdade. Agora com 24 vai estrear o épico de ação The Eagle of the Ninth, passado na Roma antiga e também uma nova versão de Jane Eyre. Por fim foi escolhido por Steven Spielberg para dar vida ao personagem Tintin, personagem infanto-juvenil criado por Hergé um dos mestres franceses dos quadrinhos.

CRIS EVANS

Este já quase veterano com 15 filmes na carreira e o inesquecível Tocha Humana da serie Quarteto Fantástico, tem pelo menos 6 trabalhos engatilhados até 2012. Entre eles podemos citar a adaptação dos quadrinhos – Scott Pilgrim vs. The World e também Captain América: The First Avenger, onde tem o papel principal.







MICHAEL FASSBENDER

Este alemão de 33 anos participou da série Band of Brothers e também de 300, no qual chamou atenção dos estúdios. Deste lá já estreou 6 produções entre elas o excelente Bastardos Inglórios de Tarantino. Ele deve participar de 9 produções até 2012, entre elas Centurion, Jonah Hex e X-Men:First Class.

FONTE: Revista Preview

O que vem por aí no mundo do cinema

O Holandês Paul Verhoeven (Robocop) deverá dirigir um filme sobre a vida de Cristo, que talvez seja baseado em seu próprio livro, que reacende as polemicas, mostrando Jesus como um revolucionário.

Robert Zemeckis, fará uma nova parceria com a Disney, no projeto Dark Life, que será um épico juvenil de ficção cientifica sobre uma civilização subaquática na terra do futuro.

Timur Bekmambetov ( Guardiões da Noite, O Procurado)esta produzindo The Darkest Hour ficção cientifica sobre uma invasão alienígena.

Vera Farmiga, bela de Amor sem Escalas vai passar para o outro lado das câmeras: ela estréia como diretora em Higher Ground, Baseado no livro de Carolyn Briggs.

Esta prevista para dezembro a estréia da animação The Smurfs, baseado no desenho criado na década de 80. Lá vem Papai Smurf, Smurfete, Gargamel e companhia.

Marc Webb ((500) Dias com Ela) ira dirigir o novo Homem Aranha, agora sem o time original, previsto para 2012.

Tom Selleck confirmou que a Disney planeja uma segunda continuação de Tres Solteirões e um Bebe, que teve o primeiro filme dirigido pelo eterno Dr. Spock (Leonard Nimoy) e foi o maior sucesso de 1987.

Os roteiristas de Predadores estão preparando o novo roteiro de Masters of the Universe, que vai trazer de volta o personagem HE-MAN, mas agora sem Dolph Lundgren.

Devido a problemas financeiros os estúdios MGM cancelarão a produção de Bond 23, como conseqüência Daniel Graig deve protagonizar a versão ianque de Os Homens que Não Amavam as Mulheres, do escritor sueco Stieg Larsson e que devera ser dirigido por David Fincher. Também Guilherme Del Toro ficou fora do comando de O Hobbit, filme que antecede a trilogia de O Senhor dos Anéis, que deve voltar para as mãos de Peter Jackson.
Daniel Graig sem Bond, esta filmando Cowboys & Aliens.

Este ano dois clássicos do cinema fazem 50 anos, são eles Psicose a obra máxima de Alfred Hitchcock e Se Meu Apartamento Falasse, a hilariante comedia estrelada por Jack Lemmon e Shirley MacLaine e dirigido pelo mestre Billy Wilder.

Em maio de 2011 teremos na telas o deus nórdico THOR estrelado por Chris Hemsworth e dirigido por Kenneth Branagh , e em julho esta confirmada a estréia de Capitão América na pele de Chris Evans.

Fonte: Revista SET

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Z (1969)

Este filme ficou durante anos proibido pela censura brasileira e ironicamente estreou no Brasil em 31 de março de 1980, aniversário do Golpe de 64.


Este é o primeiro thriller político do diretor Costa Gavras (grego de Chipre) que fez um filme de suspense, só que fazendo uma denúncia política (no que foi depois muito imitado). Esta história é baseada no caso Lambrakis, como foi originalmente apresentada na obra Z, de Vassili Vassilikos. Em 1965, Lambrakis (feito com autoridade por Montand, famoso na época por suas posições de esquerda), um professor de medicina, é assassinado quando saía de uma manifestação de paz em praça pública, a investigação sobre sua morte acabou por revelar uma rede de escândalos, corrupção e ilegalidades na polícia e no governo na qual o líder do partido de oposição se tornou Premier. Porém, em 1967, um golpe militar derrubou o governo legal. O filme revive o assassinato e a investigação numa tentativa de demonstrar como o mecanismo da corrupção fascista pode se esconder atrás da máscara da lei e da ordem.

O Gavras usa o personagem de um procurador (Trintignant) como fio condutor. Ele que investiga o caso e vai descobrindo os culpados e a ação do governo. No inicio do filme há uma explicação que já diz tudo: "Qualquer semelhança com pessoas da vida real não é uma coincidência. É intencional".

O filme envelheceu e seus recursos narrativos hoje parecem banais por terem sido muito imitados, mas tem uma ótima trilha musical de Mikis Theodorakis.

Um filme um pouco datado, mas ainda assim é historicamente importante e empolgante.

Vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro e montagem, do Grande Prêmio do Júri em Cannes - onde Trintignant também foi votado como Melhor Ator e de vários outros prêmios internacionais.

Atraídos pelo Crime (2009)


Este filme policial de Antoine Fuqua traz muito do clima de “Infiltrados”, e o diretor volta ao tema de seu “Dia de Treinamento”, ou seja, o ambiente corrompido da policia.


O roteiro se divide na trama de 3 personagens Richard Gere, Ethan Hawke e Don Cheadle que interpretam três policiais do Brooklyn, Nova York, que correm paralelos e irão convergir para um epilogo e um único local.O desfecho é sangrento e pode desagradar a alguns, mas é coerente com uma certa noção de crime/castigo que parece permear histórias em que heróis e vilões se confundem sob a mesma pele. O atormentado Gere vive o veterano que está a uma semana de se aposentar, descrente do ofício e da vida, tem como tarefa iniciar os novatos, sempre loucos por ação. Hawke, o personagem mais denso, é o policial religioso pai de família que se vê tentado a tomar para si o dinheiro de batidas contra o tráfico, para dar um lar melhor para sua esposa doente e seus filhos. E Cheadle é o detetive (Tango) infiltrado numa gangue que, depois de anos, já não consegue desvincular as amizades.

Os 3 são personagens batidos nos filmes policiais e que acaba criando alguns clichês - o personagem de Hawke é praticamente uma versão derrotada de seu policial em “Dia de Treinamento”. Fuqua fez mais um drama, mostrando os conflitos dos personagens, mas mesmo assim não faltam cenas de ação.

Mas o principal problema de Atraídos pelo Crime é mesmo o roteiro do iniciante Michael C. Martin, que se prende a um discurso antes de pensar nas situações, o texto se enfraquece. No fim, Atraídos pelo Crime não tem vigor de um filme-mosaico como Crash - No Limite, mas com as atuações de Hawke, Cheadle e Gere temos um bom filme.

sábado, 7 de agosto de 2010

Vitória Amarga (1939)

Judith Traherne ( Bette Davis) é uma jovem rica da sociedade. Um dia, seu médico Frederick Steele faz um terrível diagnóstico: ela tem um tumor no cérebro. Submetida a uma cirurgia, aparentemente ela se recupera. E também se apaixona pelo cirurgião. Mas Steele conta à sua secretária que o tumor irá reaparecer e Judith poderá morrer. Ao saber disso, ela entra em profunda depressão. Mas o médico Steele tenta de todas as formas salvar a vida da jovem.


Este foi um dos maiores sucessos de 1939, além de Bette Davis que sempre afirmou que esse foi seu personagem favorito (para interpretar).e George Brent, traz um elenco de figuras notáveis, como Geraldine Fitzgerald (que virou amiga de Bette), Humphrey Bogart,o futuro presidente Ronald Reagan e Henry Travers.

Baseado em peça de sucesso, deu a terceira indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Bette, tendo sido indicado também para Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora (Max Steiner).

A frase mais famosa é a seguinte que fala do título: "Nada pode nos machucar agora. O que temos não pode ser destruído. Essa é nossa vitória. Nossa vitória sobre a escuridão. É uma vitória porque não temos medo".

O final, quando ela tenta disfarçar sua condição e que ficou cega, é um primor e só mesmo Vivien Leigh em "E o Vento Levou" podia levar o Oscar de Bette. No gênero, uma obra-prima.

E realmente é um dos melhores melodramas de todos os tempos, francamente irresistível na sua história, capaz de provocar lágrimas nas pessoas mais cínicas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pequena miss Sunshine (2006)

Oriundos do mundo dos comerciais e videoclipes os diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris, conseguiram fazer uma mistura extremamente bem dosada de comédia e drama,fugindo das típicas grosserias escatológicas das comédias ou a pieguice dos dramas hollywoodianos da atualidade.


O filme é um tipico road-movie e lembra muito as comedias italianas de familia. No filme vamos acompanhar a insolita e hilaria viagem da desajustada familia hoover, que esta levando a pequena Olive para um concurso de beleza.

Richard (Greg Kinnear), o pai, é um mal sucedido guru de auto-ajuda tenta desesperadamente vender seu programa motivacional para atingir o sucesso. Enquanto isso, Sheryl (Toni Collette), a mãe, tenta entrosar sua excêntrica família, incluindo seu deprimido irmão (Steve Carell),um professor universitario que tentou suicidio e que acaba de sair do hospital após ser abandonado por seu namorado. Temos ainda a ala jovem: Olive (Abigail Breslin), com sete anos de idade e aspirante a rainha de concurso de beleza, e Dwayne (Paul Dano), um adolescente que lê Nietzsche e fez um voto de silêncio. Para completar a família, temos o desbocado avô (Alan Arkin), cujo comportamento maluco fez com que recentemente fosse expulso do asilo de idosos e é viciado em cocaina.

Quando Olive é convidada a participar do concurso de beleza "Little Miss Sunshine" na distante Califórnia, toda a família parte em uma velha Kombi para torcer por ela... E o resultado desse apoio é simplesmente hilário.

Esta pequena jóia do cinema independente foi descoberta durante o Festival de Sundance e mais tarde ganhou status internacional. As situações no filme são hilárias, chegando ao nonsense. Mas apesar de absurdas, são verossímeis. Essa sustentação parte da ótima interpretação de todos os atores, sendo impossível destacar apenas um. Nenhum deles fica preso em um estereótipo e disparam com igual competência os diálogos afiados escritos pelo estreante Michael Arndt, responsável pelo roteiro.

A espinha dorsal do filme é a viagem em si, mas quando a família chega ao seu destino temos um encontro com uma mensagem bem diferente. Na verdade Pequena Miss Sunshine fala sobre perdedores, vencedores e aceitação. Vale a pena conhecer esta jóia do cinema independente.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

9 - A Salvação (2009)

O estreante Shane Acker teve sua animação apadrinhada e produzida por TIM Burton, após o mesmo assistir ao curta criado como trabalho de conclusão da faculdade de Acker. E a empatia fica clara ao assistirmos a animação que contem todos os temas caros para Burton como a atmosfera sombria, objetos detalhadamente pensados e recriados e a história de um personagem solitário, que passa seus dias pensando em formas de acabar com os monstros de metal que o perseguem.


A base da historia se resume as aventuras do boneco 9 (voz original de Elijah Wood) que ao ganhar vida, se vê num mundo em que os humanos foram dizimados. Encontra uma pequena comunidade de outros como ele, escondidos das máquinas. Eles devem tomar a ofensiva de quiserem sobreviver e precisam descobrir por que as máquinas querem destrui-los. Não por acaso, aqueles que criaram os monstros que acabaram com o planeta são versões parodiadas dos nazistas e o mundo que 9 explora quando sai da sua casa é bastante similar ao que vemos em fotos da Europa destruída depois da Segunda Guerra Mundial.

Para transformar a historia do curta de Acker para o roteiro do longa-metragem, Acker teve o apoio de Pamela Pettler, que já havia trabalhado com Burton no script de A Noiva Cadáver.

Ao longo de sua aventura, 9 vai conhecendo outros como ele, que lutam para sobreviver aos ataques maquinas. Seu primeiro contato se dá com 2 (Martin Landau), exímio inventor e consertador. 5 (John C. Reilly) é o que se torna seu melhor amigo e vai junto com ele atrás de um futuro melhor. 7 (Jennifer Connely) é a menina aventureira que não sabe o que é ter medo. 8 (Fred Tatasciore) é o bruta-montes. 3 e 4 são os gêmeos curiosos e sem voz que passam o dia catalogando imagens. 6 ( Crispin Glover) é o excêntrico visionário que sabe como deter os monstros. E 1 (Christopher Plummer) é o ancião que prefere se manter escondido e salvo do que tentar mudar o mundo para melhor.

Enfim a animação produzida por Tim Burton tem visual impecável, e a cara de Tim Burton.

Terror na Antártida (2009)

Terror na Antártida (Whiteout), esta em centésimo na lista dos 100 piores filmes da última década publicada pelo site Rotten Tomatoes, que compila críticas de filmes e diz baseado nelas se um filme é bom ou não.

O filme é realmente um terror, mas para o espectador que tem um QI acima de 5% ou para quem não quer pensar ou é idiota, pois a todo momento aparece algum personagem disposto a explicar para o público o que está acontecendo na trama. Exemplo: a policial vê um rastro de sangue sobre o gelo. Aparece algum coadjuvante para dizer: “Oh, um rastro de sangue sobre o gelo”. Ou em outro momento um veículo estaciona numa gigantesca planície gelada, no meio do nada. Surge alguém para dizer: “Oh, estamos no meio do nada!”. Como diz um amigo meu, é filme bom pra passar no rádio.

Baseado na HQ independente criada por Greg Rucka e Steve Lieber, os quadrinhos têm bom ritmo, ótimo desenvolvimento de personagens, uma trama muito mais complexa e criam um forte clima de tensão, além de conseguirem de forma muito mais feliz do que a do filme para retratar a tal brancura total do título em inglês.

O diretor Dominic Sena (o mesmo de A Senha: Swordfish), conseguiu criar uma aventura que não emociona, não cria empatia com as personagens com uma trama banal e desinteressante.

Quem melhor definiu o filme foi o critico Celso Sabadin - “ O filme não é de terror. É uma aventura policial que não tem absolutamente nada de lobisomens, vampiros, zumbis, espíritos, reencarnações, PCC, Comando Vermelho, Xuxa ou qualquer outro elemento relacionado ao terror. Pode até ser um terror de filme, mas não é um filme de terror.”

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma História de Natal (1983)

Uma História de Natal (A Christmas Story, 1983), de Bob Clark , é um dos “1001 Filmes para ver antes de Morrer” citados no livro de Steven Jay Schneider, e um dos meus preferidos abordando o tema Natal, mesmo não tendo como personagem principal Papai Noel.

Baseado na história autobiográfica do humorista americano Jean Shepherd, Uma História de Natal é um dos filmes mais engraçados sobre este feriado e conta a história muito simples, humana e divertida de um garoto que deseja uma espingarda de brinquedo para o Natal.

O filme se ambienta nos anos 40, conta a história de Ralphie (Peter Billingsley) é um garotinho que sonha em ganhar uma bela espingarda vermelha de presente de Natal. A todo custo, tenta convencer seus pais superprotetores que esse é o presente ideal, mas ninguém parece querer ouví-lo, o que gera vários questionamentos negativos, inclusive do Papai-Noel. Por este e por vários motivos a espingarda torna-se um presente cada vez mais distante para ele. O filme tornou-se um clássico natalino com o passar dos anos.

O filme não só mostra as artimanhas do garoto para convencer os pais a darem o que ele quer como também oferece uma visão nostálgica da década de 40. É um filme para agradar todas as idades.

Destaque para seqüências especiais como "eu duvideodó duas vezes que você coloque a língua no poste" e o abajur de formato de perna que o pai ganha em um concurso e insiste em colocar na janela da sala!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cría Cuervos (1975)

Ganhador do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes(1976) e indicado ao Globo de Ouro(1976) bem como ao Cesar de Melhor Filme Estrangeiro, Cria Cuervos é uma obra dirigida por um dos mais importantes diretores da Espanha, Carlos Saura e esta é sua obra de maior sucesso no Brasil.


No filme, Saura faz uma analise das relações familiares durante o período franquista através da história de Ana (Geraldine Chaplin) e suas tristes lembranças de 20 anos atrás, quando aos nove anos, ela vê seus pais morrerem em um pequeno espaço de tempo. Na época, sozinha, Ana pensava ter uma estranho poder sobre a vida e a morte de seus familiares. Remorso que carregou para a fase adulta, junto com o sentimento de culpa, por achar-se a responsável pela repentina morte do pai (Héctor Alterio).

Talvez este seja o filme menos político de Saura, que em sua grande maioria abordavam o período do todo poderoso Franco, mas mesmo assim podemos fazer uma alegoria da casa de Ana com a Espanha de Franco, com seus problemas, culpas e mazelas.

O titulo provem de uma expressão popular espanhola, que reza que quem cria cuervos (não confiáveis), este lhe arrancaram os olhos.

Também fez grande sucesso na época a musica tema ouvida pela personagem Ana durante a sua infância, papel estrelado pela talentosissima menina Ana Torrente, que foi revelada em outro grande filme “ O Espírito da Colmeia”.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

As Bicicletas de Belleville (2003)

Esta sensacional animação francesa e voltada para adultos mesmo não tendo nada que proíba as crianças de vê-lo, mas são poucas as que se sentiram atraídas pela historia e o jeito francês de fazer cinema.O filme lembra muito o humor de Jaques Tati (1909-1982).


As Bicicletas de Belleville conta a história de um garotinho triste chamado Champion que é adotado por sua avó, Madame Souza. Procurando fazer a vida do garoto mais feliz, a velhinha o presenteia com um cachorro, mas o animalzinho é logo esquecido pelo menino. Ainda na esperança de motivar a criança, madame Souza descobre por acaso que o menino tem um grande interesse por bicicletas, e lhe dá uma de presente.

Tudo vai bem, e com o passar dos anos, Madame Souza faz com que seu neto se submeta a um treinamento rigoroso, com ela empunhando um apito, até o dia em que Champion se torna um grande ciclista, a ponto de participar da competição Tour de France. Mas durante a corrida, o rapaz e outros ciclistas são seqüestrados por um grupo de mafiosos ítalo-americanos.

Suspeitando da situação, Madame Souza e seu fiel cão Bruno, partem numa grande aventura à procura de Champion, e no percurso recebem a ajuda das "Trigêmeas de Belleville", três mulheres que foram cantoras de cabaré nos anos 30.

Foi para mim uma grata surpresa esta animação francesa, que tem um traço muito peculiar, diferente do que estamos acostumados a ver nas produções americanas, e uma historia muito francesa. O filme é irresistível para os fãs de animação e cinema francês, se você se enquadra em um ou em ambos os casos não deixe de ver.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Hospedeiro (2006)

Em sua estréia O Hospedeiro tornou-se rapidamente o filme mais bem sucedido da historia do cinema coreano. O Hospedeiro (Gwoemul, 2006) é o mais novo trabalho do jovem Bong Joon-ho, um nome a se prestar atenção. O filme se tornou a produção mais lucrativa da história da Coréia do Sul, foi ovacionado em diversos festivais. O filme faz uma mistura de comedia, melodrama,ficção cientifica e terror, e me acreditem funciona.


A trama começa em um laboratório de uma base militar dos Estados Unidos na Coréia do Sul. Quando um deles despeja uma substância tóxica que irá escoar até o rio Han. Obviamente, o tal líquido irá gerar um mutante, um poderoso monstro que irá aterrorizar as pessoas que usam o rio como local de diversão. Com esse início, fica a impressão de mais uma produção repetitiva com os mesmos temas e situações. Que nada! Ao longo do filme, Joon-ho revitaliza o gênero. Ele cria elementos de curiosidade e suspense, que prendem o espectador em sua narrativa.

O Hospedeiro é um filme de monstro, tipo Godzilla,mas infinitamente melhor.Tem todos os elementos característicos do estilo, além de ser uma história universal, mesmo sendo encenada na Coréia do Sul, com efeitos especiais excelentes. Esta é uma produção marcada por um humor irônico, que surge nas situações mais estapafúrdias possíveis. Um humor satírico, quase absurdo. O interessante é que o tom de comédia não desvia a sua atenção. Ele é inserido para relaxar o público nos momentos mais tensos.

Ao mesmo tempo, é também uma aventura dramática embasada com um forte comentário sociopolítico. Bong Joon-ho, junto com os co-roteiristas Baek Cheol-Hyeon e Hah Joon-Won, aproveitou um incidente real que aconteceu em 2000 na Coréia do Sul para construir sua história. O filme critica abertamente o governo local e os EUA (coisa rara, porque a censura por lá é forte).O filme ganhou 14 prêmios, inclusive os festivais de cinema fantástico de Porto e Sitges. Tem certeza que o diretor Bong Joon-Ho ainda nos trará outras surpresas guarde este nome.